Temporada 2 - Capítulo 5| "Cidade da chuva"

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Amanheceu

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Amanheceu. O sol pouco ardente iluminou as janelas do enorme prédio da Rainwood High, que desta vez se acordara em silêncio. As aulas só retornariam à tarde, e até lá o colégio estaria em um profundo luto, assim como todos aqueles que tinham qualquer consideração pela garota que foi assassinada na noite passada. Claire Jensen tinha dezessete anos quando foi atacada em sua própria casa.

Nenhum daqueles jovens teve uma boa noite de sono, mas Jenny parecia carregar uma culpa multiplicada. A menina passou a noite encarando a única foto que guardara dela e suas duas amigas, Claire e Suzen. Não existia mais um trio. Não existia mais uma dupla. Agora seria só ela, a única garota restante. Se tivesse de escolher um figurino para esta manhã, Jennifer deixaria de lado o rosa, e certamente permitiria que o medo e a solidão se misturassem em um sobretudo de cor preta.

Delegacia de Rainwood, 14 de fevereiro, 11:00 horas da manhã.

Seus olhos pareciam cansados. A coloração lilás debaixo de seus cílios demonstrava o quão repetitivo e inacabável lhe parecia aquele pesadelo. Jaremy Fitzgerald sabia que a qualquer momento tudo poderia dar errado mais uma vez, mas ele tinha a esperança de talvez voltar para casa são e salvo. Não como o vilão.

— E quanto à faca? Alguma ideia de como ela tenha ido parar naquela sala? — Moose perguntou.

— Nenhuma. Talvez... talvez tenha sido pega na marcenaria. Eu já disse que trabalho com o meu pai nos domingos? — Jaremy questionou, depois de outros quase quarenta minutos de interrogatório.

— Já. Pela terceira vez. — Moose suspirou.

— Só quero ter certeza de que não vou ser chamado de assassino de novo por algo que eu não fiz. — o garoto juntou seus dedos sobre a mesa. — Mais alguma pergunta, xerife? — Jaremy fixou seus olhos cansados no emblema dourado na farda do policial.

— Nenhuma. Obrigado por ajudar, e desculpe pelo... — o menino deixou a mesa antes que o homem terminasse a frase.

Estranhamente, Jaremy não era o único que sentia certo incômodo no olhar do xerife naquela manhã. Para ele, o caso estava encerrado. Mas qualquer que fosse o mistério que rodeava o apartamento das novas moradoras em uma rua próxima, não parecia estar perto de acabar.

Apartamento 114, 11:25 da manhã.

— Então... eu não sei se pesquisei pela coisa certa, mas parece que você tinha razão. — Melissa exclamou, enquanto segurava o telefone com uma das mãos e utilizava a outra para arrastar o cursor do mouse sobre a tela.

— Sobre o quê? Os pesadelos? — Millye instigou, do outro lado da linha.

— Exato. Eu achei um pouco complicado, então não li a matéria inteira. Mas pesadelos são "facilmente associados a lembranças quando se trata de um ambiente específico". — a loira respondeu. — Bem, Millye. Era pra essa droga significar algo ruim? — perguntou.

Shout, Run, Survive [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now