Temporada 3 - Capítulo 8| "Fantasmas da noite"

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Ilha de Shallow Wood, manhã de 24 de dezembro — Véspera de natal

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Ilha de Shallow Wood, manhã de 24 de dezembro — Véspera de natal.

As palavras que saíram da boca de Sam eram em sua maioria incompletas. Ele continuava perplexo com o que aconteceu desde as cinco horas da manhã, quando assistiram à explosão na floresta. O garoto alegou ter ouvido Mike dizer que tinha algo errado. Havia um barulho incômodo atrás dele. Sem dúvidas, era uma armadilha.

— E então as... as chamas. Eu pude ouvir o barulho da madeira se contorcendo em vermelhidão. Foi horrível. E aí eu... corri. Voltei para o salão mas não cheguei a tempo. — ele encarava suas mãos ainda sujas com a poeira do subsolo.

— Minha nossa. Pelo menos você conseguiu escapar. — Jesse deitou sua cabeça sobre o peito dele.

— Não, Jesse. Aquele homem, ele... ele morreu. Ele tinha uma vida como qualquer um de nós. Porque podia ter sido qualquer um de nós! — Sam se afastou dela.

— Eu sei disso... — com sua voz calma, continuou a repetir aquelas três palavras até que ele se tranquilizasse outra vez. — Tenta dormir um pouco.

O xerife Tom chegou na pousada perto das nove horas da manhã. Ainda era um mistério para todos o que de fato havia acontecido naquela cabana, mas a equipe policial prometeu que descobriria o mais rápido possível. Para Kendra, que continuara sentada na escada, sozinha, tremendo, isso não era o suficiente.

— Está me dizendo que... — seus suspiros oscilantes a atrapalhavam. — que meu marido foi assassinado e não vão me deixar enterrá-lo?

— Eu sinto muito, senhorita Smith. Só estou dizendo que é muito cedo. Os destroços continuam repletos de fumaça. É difícil termos certeza ainda, mas o corpo provavelmente... — Tom tentava explicar.

— Foi queimado até que não sobrasse nada. Eu já entendi. — Kendra levantou e caminhou até a entrada da pousada outra vez. — E agora você e os seus oficiais pretendem seguir em frente com um terrível festival que se tornará um evento sangrento! Parabéns, xerife.

— Kendra, espere. Eu sei... sei que deve ser a coisa mais traumatizante pela qual já passou. Eu entendo isso. — ele suspirou.

— Não. Nunca vai entender. — a porta se fechou assim que ela deixou a área externa.

Jesse se aproximou logo após a partida da mulher. Tom ainda mantinha sua cabeça entre os braços. Os olhos fechados, uma sensação horrível de não saber o que estava fazendo.

— O que acha que devem fazer a respeito? — a garota perguntou calmamente, sem querer assustá-lo.

— Olá, Jesse. Eu não faço a mínima ideia. O festival natalino deveria ocorrer amanhã. E daqui a dois dias, logo após as comemorações, os barcos chegarão à marina. Todos vão deixar a ilha em dois dias. Talvez só devêssemos torcer pra que isso acabe logo. — seus olhos cansados se fecharam por um instante. Tom relaxou seus ombros sobre o apoio na varanda.

Shout, Run, Survive [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now