Capítulo 15

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Robocop

Acho que não escutei direito e pergunto.

-Repete o que você disse,acho que escutei errado,você é o que?-olho nos olhos pra ver se não esta mentindo.

-É isso mesmo,já namorei mas nunca passei de trocas de beijos.-caralho a mina fica igual pimentão.

-Faz o seguinte morena,desce pra sua casa,dez horas te busco.-saio dali e vou pro meu quarto.

Porra,agora é que eu não vou tirar mesmo essa mina da minha cabeça,será que disse a verdade ou só esta esperando que eu tenha pena dela?Mas não volto atrás de jeito nenhum.Tomo um banho rapidamente e desço pra boca.

-Vou atender a comunidade uma hora e depois manda circular.-deixo os vapor avisado e entro na boca,Raposão já esta la fazendo a contabilidade.Comprimento com toque de irmão e sento na minha mesa.

-Da um dez aí  depois que eu ouvir a comunidade,preciso trocar umas ideias com tu.Já é?-digo pro Raposão.

-Já é!-ele responde.

Passo uma hora ouvindo reclamações,porra de povo que acha que eu sou Deus,mas consigo ajudar alguns,preciso da comunidade do meu lado,e até gosto de ver o povo tranquilo.Mas já cansei,bora resolver os meus problemas agora.

- Caralho Raposão,se liga no vou te contar.- digo tudo do começo ao fim.

- E aí irmão? Tive essa atitude porque não consigo parar de pensar naquela marrenta,vai ser assim e pronto.- percebo que ele está pensativo.

- Olha só Robocop,só peço pra tu ir devagar la com dona Marta,a velha num ta boa não. Mas aqui prevalece o que tu manda,e  to junto pra o que der e vier.- levanta e da um toque na minha mão.

- Já é irmão, vamo tomar uma que to muito careta,mas bola um beck aí pra nós. - digo e me levanto indo verificar o carregamento de armas que tinha chegado hoje.
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Marina

Não posso esconder da minha mãe o que houve ,mas como contar tudo para ela é acalma la ao mesmo tempo? Chego em casa e encontro dona Dirce na cozinha preparando o jantar. Aproveito que minha mãe está vindo pra sala e digo que preciso conversar com elas.

Conto toda conversa que tive com o Robocop,minha mãe cai em lágrimas e diz que jamais aceitará isso,desesperada pede pra eu pegar poucas peças de roupas e colocar numa mochila discreta e diz que vamos embora do Morro.Estou um pouco perdida mas seja o que Deus quiser,vou agora mesmo embora daqui, depois peço ajuda pro meu pai,vai dar tudo certo.

Coloco a mochila nas costas,ajeito mamãe na sua cadeira e começo a descer o Morro,estou tremendo igual vara verde, tomara que eu não encontre nenhum dos vapores e muito  e menos o Robocop. Estou quase chegando na entrada da comunidade e um vapor pergunta.

- E aí dona Marta,ta melhor?
- Estou sim meu filho ,por favor pode chamar um táxi pra mim?Estou com pressa.- antes dele responder o radio dele toca.

- Fala patrão,tranquilidade? - ele atende depressa,gelo ao ouvir a voz dele.

- Porra Gambá, num vai subir com a grana das vendas não ?Tá de perreco? - ele pergunta.

- Tô subindo patrão, vou só chamar um táxi aqui pra dona Marta.- ferrou,agora to morta.

- Como é que é?Segura ela que to descendo.- e desliga.

Minha mãe diz que está atrasada que tem que ir ao médico mas o garoto diz que não pode desobedecer a ordem. Ela começa  chorar e eu a abraço e digo que tudo vai ficar bem.

De repente ouço uma moto parando com tudo do meu lado,olho e vejo mais umas oito parando logo atrás,a tal segurança que eles dizem.

-Tá pensando que tem otário aqui? Achou que passaria por aqui despercebida? Caralho,já falei a Real pra tu marrenta,aqui  num tem caô .- sinto o rosto arder com o tapa que eu levo.

- Aqui é bandido,num é comédia não !Menor,leva dona Marta de volta pra casa dela,a garota vai comigo.- vira pra minha mãe - Aí essa desgraça de filha que tu tem resolveu me enfrentar,tudo isso é pra ela aprender me respeitar,mas a senhora relaxa,vou cuidar direitinho dela,prometo que ela vai pra casa amanhã,e não tenta mudar a situação que já to irado e a senhora me conhece,é isso ou prendo ela a força mesmo?- ele me encara com ódio.

- Mamãe,vai ficar tudo bem! Ouviu? Amanhã a gente se vê,vou ficar bem,não é Robocop?- e olho pra ele com olhar de tristeza,ele vira sobe na moto e manda eu subir também ,e assim faço. Olho pra traz e vejo minha mãe chorando,isso acaba comigo.

Subimos o Morro sendo seguido por aquele bando e claro chamando a atenção de todos. Ele entra na garagem e descemos da moto,me pega pelo braço com força e me joga no chão da sala.

- Porra morena não te dei a Real? Não fiz acordo com tu,filha da puta, vai aprender a não brincar comigo.

Pega meus braços e me puxa com tudo pro segundo andar da casa,para enfrente uma porta e abre.

- Aqui você vai dormir no tempo que for me servir.- antes que eu entre sou jogada no chão ,sinto ele me dando alguns socos e chutes,mas a dor é tão forte que desmaio.


Destinos traçados no morro- CONCLUÍDOWhere stories live. Discover now