Robocop
Acho que não escutei direito e pergunto.
-Repete o que você disse,acho que escutei errado,você é o que?-olho nos olhos pra ver se não esta mentindo.
-É isso mesmo,já namorei mas nunca passei de trocas de beijos.-caralho a mina fica igual pimentão.
-Faz o seguinte morena,desce pra sua casa,dez horas te busco.-saio dali e vou pro meu quarto.
Porra,agora é que eu não vou tirar mesmo essa mina da minha cabeça,será que disse a verdade ou só esta esperando que eu tenha pena dela?Mas não volto atrás de jeito nenhum.Tomo um banho rapidamente e desço pra boca.
-Vou atender a comunidade uma hora e depois manda circular.-deixo os vapor avisado e entro na boca,Raposão já esta la fazendo a contabilidade.Comprimento com toque de irmão e sento na minha mesa.
-Da um dez aí depois que eu ouvir a comunidade,preciso trocar umas ideias com tu.Já é?-digo pro Raposão.
-Já é!-ele responde.
Passo uma hora ouvindo reclamações,porra de povo que acha que eu sou Deus,mas consigo ajudar alguns,preciso da comunidade do meu lado,e até gosto de ver o povo tranquilo.Mas já cansei,bora resolver os meus problemas agora.
- Caralho Raposão,se liga no vou te contar.- digo tudo do começo ao fim.
- E aí irmão? Tive essa atitude porque não consigo parar de pensar naquela marrenta,vai ser assim e pronto.- percebo que ele está pensativo.
- Olha só Robocop,só peço pra tu ir devagar la com dona Marta,a velha num ta boa não. Mas aqui prevalece o que tu manda,e to junto pra o que der e vier.- levanta e da um toque na minha mão.
- Já é irmão, vamo tomar uma que to muito careta,mas bola um beck aí pra nós. - digo e me levanto indo verificar o carregamento de armas que tinha chegado hoje.
______________________________________________________________________Marina
Não posso esconder da minha mãe o que houve ,mas como contar tudo para ela é acalma la ao mesmo tempo? Chego em casa e encontro dona Dirce na cozinha preparando o jantar. Aproveito que minha mãe está vindo pra sala e digo que preciso conversar com elas.
Conto toda conversa que tive com o Robocop,minha mãe cai em lágrimas e diz que jamais aceitará isso,desesperada pede pra eu pegar poucas peças de roupas e colocar numa mochila discreta e diz que vamos embora do Morro.Estou um pouco perdida mas seja o que Deus quiser,vou agora mesmo embora daqui, depois peço ajuda pro meu pai,vai dar tudo certo.
Coloco a mochila nas costas,ajeito mamãe na sua cadeira e começo a descer o Morro,estou tremendo igual vara verde, tomara que eu não encontre nenhum dos vapores e muito e menos o Robocop. Estou quase chegando na entrada da comunidade e um vapor pergunta.
- E aí dona Marta,ta melhor?
- Estou sim meu filho ,por favor pode chamar um táxi pra mim?Estou com pressa.- antes dele responder o radio dele toca.- Fala patrão,tranquilidade? - ele atende depressa,gelo ao ouvir a voz dele.
- Porra Gambá, num vai subir com a grana das vendas não ?Tá de perreco? - ele pergunta.
- Tô subindo patrão, vou só chamar um táxi aqui pra dona Marta.- ferrou,agora to morta.
- Como é que é?Segura ela que to descendo.- e desliga.
Minha mãe diz que está atrasada que tem que ir ao médico mas o garoto diz que não pode desobedecer a ordem. Ela começa chorar e eu a abraço e digo que tudo vai ficar bem.
De repente ouço uma moto parando com tudo do meu lado,olho e vejo mais umas oito parando logo atrás,a tal segurança que eles dizem.
-Tá pensando que tem otário aqui? Achou que passaria por aqui despercebida? Caralho,já falei a Real pra tu marrenta,aqui num tem caô .- sinto o rosto arder com o tapa que eu levo.
- Aqui é bandido,num é comédia não !Menor,leva dona Marta de volta pra casa dela,a garota vai comigo.- vira pra minha mãe - Aí essa desgraça de filha que tu tem resolveu me enfrentar,tudo isso é pra ela aprender me respeitar,mas a senhora relaxa,vou cuidar direitinho dela,prometo que ela vai pra casa amanhã,e não tenta mudar a situação que já to irado e a senhora me conhece,é isso ou prendo ela a força mesmo?- ele me encara com ódio.
- Mamãe,vai ficar tudo bem! Ouviu? Amanhã a gente se vê,vou ficar bem,não é Robocop?- e olho pra ele com olhar de tristeza,ele vira sobe na moto e manda eu subir também ,e assim faço. Olho pra traz e vejo minha mãe chorando,isso acaba comigo.
Subimos o Morro sendo seguido por aquele bando e claro chamando a atenção de todos. Ele entra na garagem e descemos da moto,me pega pelo braço com força e me joga no chão da sala.
- Porra morena não te dei a Real? Não fiz acordo com tu,filha da puta, vai aprender a não brincar comigo.
Pega meus braços e me puxa com tudo pro segundo andar da casa,para enfrente uma porta e abre.
- Aqui você vai dormir no tempo que for me servir.- antes que eu entre sou jogada no chão ,sinto ele me dando alguns socos e chutes,mas a dor é tão forte que desmaio.
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Destinos traçados no morro- CONCLUÍDO
RomanceMarina é uma garota brasileira,mas morou fora do pais desde os cinco anos de idade,agora voltou as pressas para cuidar de sua mãe que estava muito doente.Educada num país de primeiro mundo ela se choca com a realidade que bate em sua porta. Leonardo...