Capítulo 16

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Marina

Acordo com dores no corpo,olho em volta e vejo uma senhora entrando pela porta com uma bandeja nas mãos.Quando me acordada,me da um sorriso.

-Oi pequena,que bom que acordou,o médico esta subindo jaja ele esta aqui,tente não se mover muito,acho que esta com o braço quebrado,mas imobilizei e chamei o medico como o Leo mandou.Trouxe uma sopa para lhe dar,confie em mim,vai ficar tudo bem.- e passa a mão no meu cabelo o tirando do meu rosto.

-Quem é a senhora?Meu braço dói muito mesmo,mas minha cabeça também dói,me ajuda,por favor.-e começo a chorar.

-Calma pequena,eu vou te ajudar,o Leo passou dos limites,tanto que chamou desesperado e estou aqui pra te ajudar,sou a Isa,trabalho com a familia do Leo antes mesmo dele nascer,hoje não era dia de eu vir mas como me ligou,e ainda bem que ligou,eu vim.-a campainha toca,ela sai apressadamente. Em seguida ouço vozes.

-Oi Marina,como se sente? Vou dar uma olhada em você e fazer o que puder pra ajudar,ta bom?Sou o Doutor Daniel,trabalho aqui no morro.Vou Ajuda la a se sentar.-e pega no meu braço e dou um grito- Desculpe,deixe me ver isso.Hum.....nada bom,vamos ter que leva la até o posto,preciso de raio x -ele diz e vira se para porta,então vejo que ele esta ali,maldito,que ódio,porque me machucou tanto?

-Se não tem outro jeito.-fala e sai.

-Venha minha filha,vou ajuda la! - diz dona Isa,nossa que simpática e esta me tratando com tanto carinho.

Levanto e ela coloca sobre meus ombros uma coberta bem levinha,ando com dificuldades,e vou em direção a rua,quando saio no portão vejo um carro muito bonito e quem estava no volante era Raposão.Do outro lado da rua com seus capangas estava o Robocop. Ele fingia que eu não estava ali e continuou falando com os meninos sem olhar pra mim.

-Entre minha filha,abaixe a cabeça,vou acompanha la ao posto.-Entramos no carro,o médico foi com o carro dele,logo estávamos no posto,fui muito bem atendida,meu braço não estava quebrado,foi apenas uma torção muito forte,foi imobilizado,mas o dr Daniel disse que melhoraria rápido e me deu remédio para dores musculares. Claro que havia muitos hematomas,mas dei graças a Deus de não ter quebrado nada,pois como cuidaria da minha mãe?Voltamos pra casa do Robocop, ele não estava,dona Isa me levou até o quarto e desceu com a bandeja que havia trazido antes,pois nem foi mexido,disse que iria me trazer outra sopa.

Deitei na cama,fiquei ali tentando imaginar o que faria pra que minha mãe não notasse como ele havia me machucado tanto.

-Toma minha filha,quero ver o prato limpo,não quero desculpas,coma tudo,venha.-estava muito boa e comi tudo.Dona Isa disse que já eram dez horas da noite e que iria embora mas voltava na manhã seguinte.Deu tchau e foi embora,fiquei ali naquele quarto estranho,Onde será que estava aquele idiota?

Quando cheguei do posto notei que minhas malas  de roupas estavam no quarto,ele deve ter mandado alguém trazer.Resolvo tomar um banho.Nossa que dificuldade,tirar a roupa nunca foi tão dolorido,mas consegui,a aguá estava tão boa que não me apressei,fiquei ali debaixo do chuveiro,sentindo a água descer pelo meu corpo,enquanto isso meu pensamento varria o morro tentando adivinhar onde ele estava,aquele ogro,maldito.Só não entendi porque eu estava pensando nele se estava com raiva por tudo que me fez. - Mari,Mari,não vai cair na tentação de uma pessoa tão malvada!..-dou risada dos meus pensamentos. Desligo o chuveiro,me seco com muita dificuldade,dei preferencia pra um pijama de botões na frente,pois assim facilitaria vesti lo,e um short curto,afinal estava muito calor dentro de casa.Sai do banheiro e dou de cara com ele ali,em pé,encostado na porta do quarto.

-E aí morena?-fala olhando pra mim.

-E aí o que?Veio acabar com o que começou?-digo me sentando na cama.

-Me responde direito porra,mesmo com tudo isso ainda continua marrenta? Só vim saber como estava,mas se preferir to vazando.-fala e me da as costas.

Abaixo a cabeça e fico quieta,ele vai embora,não sei porque mas gostaria que ele voltasse.Bom,melhor me deitar,amanhã tenho que ir ver a mamãe.

Destinos traçados no morro- CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora