Para sempre

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Caminhava pensativa ao lado de Rodrigo, que na verdade, ia um pouco distante. Às vezes aproximava-se de mim só para saber como eu estava, mas quando distraia-se com algo, se distanciava novamente. Eu já não parava de pensar no que me acontecera mais cedo. O céu havia alcançado uma tonalidade de azul bem forte, o sol inclinava-se devagar, mostrando que logo o fim do dia chegaria. O som das ondas quebrando soavam como música juntamente com as gaivotas que sobrevoavam acima de nossas cabeças. O vento chacoalhava meu cabelo de um lado para o outro, mas eu não me importava. As palavras de Vilma não saiam da minha cabeça. Depois de ouví-la chamar meu pai de palerma e que facilmente teria Rodrigo em sua cama, meu ser encheu-se de um sentimento que não consigo descrever. Vendo que havia feito besteira, escondi-me atrás de um grande refrigerador com tanta rapidez que me surpreendi. Não podia deixar que me visse, afinal, precisava descobrir mais detalhes. Não consegui vê para onde havia ido, mas notando que não estava mais no banco, corri para onde todos encontravam-se e ela ainda não estava lá.

- Viu a Vilma? - meu pai perguntou ao me vê aproximar-se e aquilo me magoou de tal maneira que tive vontade de chorar. Ela o considerava um palerma... Confesso que nunca mais tinha ouvido aquele termo desde a infância...

Balancei a cabeça em negação, beijando-lhe o rosto. Ele sorriu, empurrando o óculos para mais perto dos olhos. Tornei-me para Rodrigo, que comia alguma coisa sem nem perceber que eu o olhava. De fato, tinha que concordar com ela... aquele homem era lindo... Mas meu pai não merecia aquilo... então lembrei-me do meu romance proibido. Também não merecia isso...

De repente, senti braços fortes passarem pela minha cintura e pernas, erguendo-me, me fazendo gritar e sorrir. Rodrigo girou algumas vezes me mantendo em seus braços e inacreditavelmente, tive uma sensação de liberdade e confiança. Era espantoso a capacidade que ele tinha de me fazer feliz.

Em seguida, sentou-se na areia, me mantendo consigo e quando nossas gargalhadas se findaram, me olhou um pouco e quis saber:

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Em seguida, sentou-se na areia, me mantendo consigo e quando nossas gargalhadas se findaram, me olhou um pouco e quis saber:

- Está tudo bem?

Voltando a lembrar, apoiei minha cabeça em seu ombro, perdendo-me novamente em reflexões. Eu parecia uma criança deitada em seu colo. Ele começou a acariciar minha cabeça e me senti tão bem quando um beijo breve e carinhoso estalou perto dos meus olhos. Depois de algum tempo, lhe respondi:

- Sim, está! Mas estou incomodada com algo.

- O quê? - quis saber, tirando alguns fios de cabelo que insistiam cair no meu rosto por conta do vento. Fitei seus olhos esverdeados.

- Você acha que a Vilma gosta do meu pai?

Ele franziu as sobrancelhas, erguendo o rosto para pensar.

- Sinceramente, não sei.

- O que você acha desse relacionamento?

Voltou a me encarar, erguendo os ombros.

- Acredito que seja bom para o seu pai. Nunca o vi reclamar.

Cada resposta me despertava mais curiosidade.

- Acha que te contaria caso estivesse insatisfeito com algo?

- Acho que sim, mas por que essa preocupação agora?

Vi sua cara de inquietude e me contive. Ela disse que o teria facilmente em sua cama. Seria aquilo um desejo concretizado?

- Não é nada!- falei, olhando para o mar... o céu já tinha uma cor alaranjada. O sol estava próximo a se findar no horizonte. - É melhor voltarmos. Já vai escurecer.

Ele segurou meu queixo e me fez olhá-lo. Minha preocupação era tão nítida e o incomodou:

- Você está muito quieta. Isso não é normal!

Respirei fundo, mas me esforcei em amenizar sua impressão. Me ergui e fiquei de frente para ele, o encarando muito próxima.

- Vamos tomar um banho no mar?

Antes de responder algo, levantou-se e estendeu as mãos para me ajudar no mesmo. Depressa, segurei - o e me puxou com tanta força que tombei em seu corpo, sentindo-o me abraçar. Nossos rostos estavam próximos e ele beijou meu nariz com meiguice. Senti um frio na barriga e uma grande satisfação. Tive medo. Estou apaixonada.

- Vamos apostar uma corrida?- propôs, sorrindo. Nem hesitei em responder:

- Você vai perder.

Tentei me desprender dele com rapidez para correr, mas me segurou a cintura, me impulsionando para trás, dessa forma, disparando na minha frente. Caí de joelhos sorrindo, enquanto ele corria mais a frente. Me impulsionei na areia e ergui-me em um pulo, afim de alcança-lo. Próximo das ondas, reduziu a velocidade e mais atrás, só o avisei "Lá vou eu!", saltando em suas costas, o fazendo gargalhar muito. Segurei-me em seus ombros e minhas pernas prenderam em sua cintura. As mãos fortes apertaram a parte detrás das minhas coxas e devagar, começamos a entrar no mar. As ondas não estavam muitos fortes, mas nos fazia flutuar rapidamente.

Quando a água atingiu seu peito, me puxou para sua frente e novamente nos encaramos. Eu estava na mesma altura que ele, o que o fez apoiar sua testa na minha, fechando os olhos.

- O que você fez comigo? - sussurrou, enquanto eu beijava-lhe o rosto em várias partes.

- Nada demais. Só estamos seguindo nossos instintos.

- Não é somente isso. Eu simplesmente perco a razão quando estou perto de você.

Comecei a passar a mão em seus cabelos lisos e macios, puxando levemente para cima. Continuou:

- Inicialmente, só te via como a sobrinha que havia se tornando uma mulher gostosa. Agora, sinto como se você fizesse parte de mim. Não por razões consanguíneas, mas sentimentais mesmo. Preciso tê-la para sempre.

Ele me falava aquilo me olhando fixamente e antes que as lágrimas quisessem borbulhar em meu olhos, me beijou com ardência. Seus braços me apertavam a cintura com tanta força que parecia que desejava me unir à ele. Suas mãos rápidas puxaram meu biquíni para cima, mostrando meus seios e apertou um deles devagar, sentindo a carne na sua palma. Minha boca desceu até seu pescoço, passando a língua e sugando levemente para não marcar, sentindo o sabor salgado da praia. As carícias nos faziam gemer ao mesmo tempo e ansiosa, disse ao pé do seu ouvido:
- Será um prazer ser sua para sempre...
Ele me olhou, deixando um sorriso estampar em seu rosto e o senti puxar minha calcinha para o lado. Não sei quando o havia tirado da bermuda, mas seu pau já encostava em mim, roçando entre meus lábios, debaixo d'água. Depois, forçou devagar entrar na minha abertura. Aquela sensação era tão boa...
Quando enfim a cabeça entrou com dificuldade, o tronco deslizou pra dentro, me fazendo arquear para trás a fim de ser investida, parecendo boiar sobre a água. Meus seios apontaram para ele, fazendo-o suga-los um de cada vez, enquanto me puxava pela cintura várias vezes para intensificar a penetração. Estava em êxtase e me mantive calma quando percebi que logo gozaria. Quando meu corpo começou a reagir involuntariamente à chegada do climax, Rodrigo apressou-se e gemeu junto comigo de forma libertadora, afinal, não precisávamos nos conter para não sermos ouvidos. Levantei meu corpo com a ajuda de uma onda e envolvi meus braços em seu pescoço, buscando-lhe a boca para um beijo que selaria o ápice da nossa união. Por mais que fosse errado ou perigoso, eu compraria aquela ideia. Ficaríamos juntos, para todo o sempre.

IRMÃO DO MEU PAIWhere stories live. Discover now