Capítulo 1

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Uma semana de luto até tudo voltar ao normal

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Uma semana de luto até tudo voltar ao normal. Diretor Gomes era uma pessoa muito boa, gente fina pra caralho, mas o mundo é assim, injusto.
Entretanto, aqui estamos, nós prontos para mais um dia de aula, as coisas não podem parar de maneira nenhuma. Uma morte é apenas uma morte.

O engraçado nisso tudo é que a secretaria de educação não avisou se teria ou não outro diretor, provavelmente sim, porém não sabemos quem peste é, já que até agora não deu as caras.
Mais de meia hora já tinham passado e nada da pessoa chegar.

— Eu não vou esperar é nada, os alunos tem que ter aula!

Francine, a professora de matemática resmungou, e não é que ela está certa, muita falta de consideração da secretaria de educação não avisar nada, nos deixando ao léu.

— Fran tem razão. Os alunos estão esperando. Já perdermos o primeiro horário inteiro. Se houver um novo diretor ele que espere até estarmos desocupados, ou ele pensa que a gente é o que? Eu hein! — Eu digo a todos presentes na diretoria.

Até então eu não tinha ideia de que o novo diretor já estava ali, e que essa pessoa que vos fala estava de costas para porta e não viu quando foi aberta. Que merda hein!

— Peço perdão pelo atraso. E assim como vocês, também não sou um desocupado! — Senti minha pele esquentar, e tive certeza que seus olhos estavam em mim — Eu já estou aqui agora vamos ao que interessa.

Foi direto e eu tremia, confesso.

Todos naquela sala se calaram quando ele começou a falar, o timbre de voz confesso que gelou a espinha, mais foi só isso mesmo. Um tom grave e arrepiante.
Eu me encontrava de pé em frente a mesa, ou seja, ficaria cara a cara com ele e isso não era nada bom devido a minha língua grande.

Que nada. Ele atrasa e os errados somos nós? Porcaria nenhuma.

O professor Caio que estava ao meu lado se afastou, então ele apareceu no meu campo de visão, e que visão diga-se de passagem.
O homem deve ter uns dois metros de altura, o cabelo amarrado com um elástico e uma cara de homem mal que molha a calcinha e te deixa febril.     Ele não olhou pra mim não, parece que já pegou cisma comigo, mas também não me importei. Mas que é bonito é, Jesus!

— A partir de hoje eu serei o diretor e responsável pelo colégio estadual Andrade

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— A partir de hoje eu serei o diretor e responsável pelo colégio estadual Andrade. — Diz o óbvio — Meu nome é Vinícius Monteiro, Diretor Monteiro para todos! A partir de hoje tudo volta a normalidade, não admito qualquer erro ou falta, roupas dentro dos padrões do colégio e não teremos quaisquer problemas. — Ao dizer isso olha para mim.

Tá de brincadeira. O que tem de errado com a minha roupa?

Depois de falar sobre ética e moral, fomos enfim liberados.

— Eu vou te falar viu, é cada coisa que me aparece. — Resmungo. Caio me acompanha.

— Não gostei desse cara. — Ele diz — Trazer um cara a qual não conhecemos pra guiar o colégio. Trabalho aqui a mais de seis anos, eu deveria está lá.

Sua indignação e visível.

— Não me importo com isso. Se o colocaram é porque é competente. - Ralho — Só não gostei de querer ensinar ética e moral. Vá pra puta que pariu.

Odeio quem se acha superior. Vim de Salvador, só Deus e minha mãe sabe o quanto eu lutei pra fazer faculdade. Uma mulher jovem e negra. Se estou aqui é por esforço e foco e graças a minha mãe que trabalhou dobrado pra me ajudar. Ranço.

Moro em São Paulo tem três anos, desde então sou professora de Ciências aqui no Andrade. Logo quando cheguei fui morar com a minha prima, fiz um concurso e passei por obra de Deus.
Não me arrependo de nada que fiz para chegar até onde estou. Faria tudo outra vez.

Sai da sala dos professores indo para o quinto B, e assim que atravessei a porta já dei de cara com Golias vindo, o mesmo olhou no relógio e passou direto.

Fui em direção contrária e nem bem cheguei já ouvi os resmungos dos alunos. O dia vai ser longo.

***

Como sempre, sou a última a sair do colégio. Já passa das treze horas quando Deise chega. Eu ainda não tenho um carro por isso ela faz questão de vim me buscar todos os dias. Eu é que não dispenso.

— Mulher tu não sabe? — Eu mal entro e ela já começa a falar. — Alberto me chamou para jantar — Diz eufórica.

— Isso é por conta da comida? — Brinco.

— Atá Mari. Tu sabe que tem meses que estou de olho nele. Além de ser lindo é super educado. — Suspira sonhadora.

O mal da minha prima é sempre ser romântica demais.

— Vá em frente bebê. Embuceta ele e vamos ver se tu desencalha de vez. - Gargalho alto e ela me acompanha.

Estávamos tão distraída que não prestamos atenção na camionete que vinha atrás, ela passou com toda velocidade por nós, faltando pouco pra Deise sair da pista.

— Babaca seja lá quem for. — Grito mesmo sabendo que quem quer que seja não vai me ouvir.







 MARIANA ©  - OGG 1 [COMPLETO]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora