MARIANA © - OGG 1 [COMPLETO]

Capítulo 18

Levantei sem graça com o olhar de Vinícius, voltei minha atenção a Alice e ela me olhava com expectativa. Eu sinto que isso está ficando sério numa medida alarmante mas eu não posso negar esse pedido a ela. Eu não consigo!

Sorri de um jeito que dizia você "ganhou sua diabinha", e concordei.

- eba... - Comemorou eufórica porém levou o dedinho ao queixo como se estivesse analisando algo e então disse: - mas eu não sei o seu nome e nem o papai.

Eu queria rir da sua inocência, que continuasse assim por muitos e muitos anos. Mal sabia ela que Vinícius não só sabia o meu nome como conhecia certas partes do meu corpo até melhor que eu. Mas essa parte ela não vai saber, nunca!

- O meu nome é Mariana, mas gosto que me chame de Mari. - Falei sorrindo com aquela menina que estava me encantando cada vez mais. - E eu e o seu pai já nos conhecemos.

Eu disse e nesse momento Vinícius levantou, eu me segurei para não rir da cara que ele fez.

- Trabalhamos no mesmo colégio. Sou professora e ele o diretor. - Completei e ouvi quando ele soltou um suspiro de alívio claramente.

O que ele pensou?

- que legal... - Sussurrou e bocejou, se encolhendo tomando cuidado para não derrubar o soro em seu bracinho.

- Durma querida e amanhã já estará em casa. - Acariciei seu cabelo loiro que com certeza não puxará ao do pai e ela foi fechando os olhos até começar a ressonar.

Tadinha estava morrendo de sono.

Me virei para Vinícius que me olhava de uma maneira diferente do habitual, e sem falar nada ele se aproximou em passos cautelosos e segurou minha nuca trazendo seus lábios aos meus. Foi um beijo calmo e gostoso, sem pressa e que me tirou de órbita por minutos, ele segurou minha cintura com a outra mão e juntou nossos corpos e eu senti o quanto estava duro, rapidamente me afastei e olhei a garotinha.

- Você é louco?! - Sussurrei e ele sorriu - Controla isso que você tem no meio das pernas Vinícius, estamos no hospital e sua filha está dormindo bem ali. - Apontei

O repreendi e ele me puxou outra vez só para sussurrar em meu ouvido.

- Já é a segunda vez que me repreende hoje, parecendo até que é minha mulher, e eu gosto disso. - Senti minhas pernas gelatinarem e uma vibração tomar conta de todo o meu corpo.

E então um arranhar de garganta o fez afastar e eu agradeçi mentalmente que tenham interrompido.

- Desculpem atrapalhar. - A Tia de Vinícius entrou no quarto e foi se sentar perto de Alice.

- Eu preciso ir embora, suponho que amanhã você não vá para o colégio? - Ele balançou a cabeça negando - Bom então eu já vou indo. Tchau senhora e dá um beijo na Alice quando ela acordar. - Falei um pouco mais alto e fui me direcionando a saída quando ele pegou meu braço me fazendo parar.

O olhei confusa.

- Eu te levo até a saída e te coloco e um taxi com alguém da minha total confiança. - Falou sério não dando espaço para questionamentos e eu não retruquei, então fomos até a saída com ele mechendo no celular.

Me surpreendi ao ver ele tirando a jaqueta e vestindo-a em mim, sem ao menos me deixar falar nada. Okay.

- Obrigado por tratar bem a minha filha - Disse olhando atentamente o meu rosto.

- E porque eu não a trataria? Ela é um doce. - Falei e vi um olhar sombrio tomar o lugar daquele brilhante de poucos segundos atrás.

Subitamente olhamos quando um carro virou a esquina e veio em nossa direção.

- Tchau Mariana. - Se despediu com frieza assim que um Uber parou a nossa frente.

Entrei e apenas dei um aceno de cabeça, ele fechou a porta e cumprimentou o motorista, muito bonito por sinal e ficou em pé ali, quando o carro deu partida eu olhei para trás e ele ainda estava lá olhando atentamente até virarmos a esquina.

Não entendi a sua mudança abrupta de humor e também não fiquei pensando muito nisso porque rapidamente o sono venceu. Assim que cheguei na frente da minha casa rapidamente desci, estava bêbada de sono e tinha que acordar às seis e já se passavam das três da madrugada.

O motorista do Uber me surpreendeu ao dizer que estava tudo certo com Vinícius a corrida. O mesmo também ficou parado até ter certeza que eu entrará em casa e só assim se foi.

Como Deise não viria dormir essa noite em casa, tomei um banho quente e fui dormir, estava morrendo de fome também porém o sono foi maior e eu deixei para comer ao acordar.

Quando deu seis e meia eu decidi levantar, já tinha adiantado o alarme duas vezes para tirar mais uma soneca, porém se não me levantasse naquela hora iria me atrasar e isso é uma falta grave.

Já pronta eu sai do quarto com minha bolsa em mãos e dei de cara com minha prima terminando de preparar o café, no seu rosto brotando um sorrisinho satisfeito. É parece que alguém teve uma noite muito boa.

- Um certo alguém acordou com muita coragem e não estou falando de mim porque vou tomar o seu café. - Falei sorrindo e ela me deu língua.

- Há ha que engraçada. Meu amor você quis dizer que eu levantei com muita coragem. Quem te falou que eu dormir? - Piscou um olho e se sentou começando a comer.

Só agora pude perceber que ela não estava arrumada para o trabalho.

- Não vai trabalhar?

- Hoje não. - Disse e deu mais um de seus sorrisinhos. Então virou para mim com uma careta - Você tem visto a Francine? A mulher sumiu.

- Tenho a visto no colégio, porém quando temos um tempo para conversar ela está vidrada no celular e eu não a Interrompo. - Digo.

- Sei... Sabe se ela manteu contato com aquele gato dono da boate?

- Não sei te dizer. Mas eu acho que não. Francine se sente um pouco retraída perto dos homens, não sei o que aconteceu com ela para ser assim ou se ela sempre foi desse jeito.

A verdade é que ela está um pouco distante desde aquele dia.

Assim que terminei o café Deise veio me deixar no colégio. A diretoria seguiu fechada toda a manhã, e toda a vez que eu me encontrava passando em frente a ela, algo apertava meu peito... Saudades!

Eu estava com saudades daquele Golias Bruto.

Mais um para comemorar os 2k de seguidores. ❤👏👏👏👏

Vcs são top, aprendi a amar cada uma de vcs.

Aquele abraço e até a próxima com esse casal explosivo. Kkk