Capítulo 34

17.3K 2.4K 128
                                    

Fui para casa um pouco decepcionado por não vê-la

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


Fui para casa um pouco decepcionado por não vê-la. Eu queria dizer algo, falar para sermos amigos talvez? Independente de não ficarmos mais juntos não significa que eu não precise dela, protegê-la, ver que está bem nem que seja de longe.
Isso soa meio ridículo de se pensar já que era exatamente isso que eu não queria que ela fizesse com o outro.

Estou sendo hipócrita vendo só o meu lado da história. Penso que talvez se ela ficar com outro cara e ele a tratar com eu tratei por a mesma manter contato comigo que sou o ex?!
Eu seria capaz de mata-lo, de acabar com ele por ao menos aumentar o tom de voz com ela como eu fiz, de insinuar que ela era... Como eu fiz!

Eu fiz tudo isso.

Me odeio agora por pensar que ela está sofrendo, nenhuma mulher merece passar por isso. Aliás, ninguém merece, e principalmente elas que foram feitas para serem cuidadas e amadas.
Não quero imaginar alguém fazendo isso com a minha filha ou a minha tia.
Sou capaz de mover meio mundo para acabar com a raça do miserável.

Por isso que estou a caminho de casa dela. Depois de almoçar com a minha filha não fiquei em paz até pegar o carro e vir vê-la. Me desculpar  por ter sido um filho da puta e aceitar se a mesma não quiser me perdoar.

Entretanto quando dobro a esquina que dá para a sua casa vejo um aglomerado de pessoas no meio da rua quase em frente a casa dela, meu peito erra uma batida ao imaginar várias cenas de Mariana estirada no chão.
Paro o caro de qualquer maneira, abro a porta e vou para lá sentindo minhas pernas tremeram, meu sangue esquentar e o medo tomar conta de todo o meu ser.

Apressei os passos e em instantes estava empurrando as pessoas que me impediam de comprovar que não era ela ali. Entretanto como uma facada se alojado em meu peito, senti todo o sangue fugir quando a vi no chão caída e sangrando.

— Sai da minha frente! — Gritei assustando a todos. Tinha gente tirando fotos, o que me enfureceu e fez com que eu tomasse e os arremessassem na rua. — Saíam todos daqui bando de urubus Miseráveis!

Rugi e me abaixei ao seu lado, toquei seu rosto de anjo e senti que eu não estava preparado para perde-la. O que diabos aconteceu? Porque ela está aqui assim?

Me virei pronto para perguntar algo a alguém daquelas muitas pessoas que estavam ali e me deparei com uma ambulância parada e os paramédicos saindo de dentro com pressa e agilidade. As que horas ela chegará que eu não vi ou ouvi?

— O senhor tem que sair daí. Precisamos leva-la agora mesmo. — Um deles falou enquanto outros dois tiravam uma maca de dentro.

— Eu não vou sair de perto dela! — Falei alto em tom decidido, porém eu precisava saber o que tinha acontecido.

Ele não me deu ouvidos.

— A moça foi atropelada e não sabemos ainda seu estado. Por isso vou falar uma última vez senhor... Se afaste dela e nos deixe fazer o nosso trabalho.

 MARIANA ©  - OGG 1 [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora