Capítulo 33 -

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Assim que chegamos em casa todos se dividem e vão para os banheiros

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Assim que chegamos em casa todos se dividem e vão para os banheiros . Eu ainda estou um pouco aérea por conta do que aconteceu agora a pouco.
E totalmente "chocada", não sei se é essa a palavra apropriada para descrever o que senti quando o vi daquele jeito.
Abro a porta do quarto da minha prima, coloco a bolsa em cima da cama e fico parada olhando o nada. Sinto meus olhos embarçarem por conta das lágrimas que estou segurando. Eu não sabia que se apaixonar era desse jeito. Que tipo de paixão é essa? Em que o outro te oprimi e que ter o direito de impor algo a você.

— Agora explica que merda tá acontecendo? — Deise aparece de dentro do banheiro só com uma toalha enrolada no corpo. — Todo mundo percebeu que você não tá bem Mari, Marcelo queria ir lá falar com Vinícius e exigir uma explicação.

Ela diz e começa a se vestir.

Pego o celular e mostro a maldita mensagem.

Ela grunhi.

— Ele viu?

— Tocou e ele foi olhar. Eu não sei, quando voltei do banheiro ele já estava com o celular na mão. — Ela xinga.

— Miserável, eu odeio esse Rone. Por mim que morra e pegue o caminho certo para o inferno. — Rosna. — Odiei ele no momento em que pus meus olhos, mas quando eu cheguei aqui e o vi querendo opinar na tua roupa e dizendo “ Comigo você não sai parecendo uma qualquer ”. Eu juro por Deus que se você não tivesse terminado com ele naquele dia não falava mais contigo. — Esbraveja e eu me recordo daquele fatídico dia.

Talvez seja uma sina, atrair homens idiotas e machistas.
Por fim decido não contar a Deise a atitude desprezível de Vinícius e vou para o banheiro tomar um banho quente e dormir até não querer mais.

Entro debaixo do jato d'água e sinto meu corpo relaxar, penso se ele ainda está lá ou foi para casa. Penso também como reagiu depois que caiu em si. Mas isso não importa, pelo menos não agora. Agora eu só preciso descansar.

Na manhã seguinte adentro o colégio com passos firmes, tentando demonstrar com esse simples movimento que eu estou bem, o que na verdade é uma mentira. Eu não estou nem um pouquinho bem, a verdade é que até às que tentam ser fortes um dia fraqueza.

As pessoas me olham quando passo, talvez seja por conta da maquiagem. Eu não sei. Momentos atrás antes de sair de casa eu acabei contando a Deise o que aconteceu ontem a noite e como já podia esperar ela xingou horrores.

Porém não seria ela se me deixasse sair de casa com minha simples e habitual calça Skinny. Na suas palavras eu tenho que mostrar que estou para cima, e não é um simples término que vai me deixar mal. Nessa manhã eu fui a sua fantoche enquanto ela me vestia como uma secretaria de vídeos pornográficos.

— Deise não acha que está exagerando não? — Perguntei ao me olhar no espelho, me deparando com uma saia lápis de couro marrom que vai até o joelho, uma blusa do botões preta e um salto também preto. Ela fez um rabo de cavalo em meu cabelo com fios soltos e insistiu para que eu pusesse o óculos. A partir daí não questionei absolutamente mais nada.

 MARIANA ©  - OGG 1 [COMPLETO]Where stories live. Discover now