...

31 17 13
                                    

Carlos uma vez me falou que devido ao fato de ele ter outra pessoa, eu não precisava me prender a ele, mas pediu para que eu contasse quando quisesse ficar com outro cara, senão ele iria considerar traição

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Carlos uma vez me falou que devido ao fato de ele ter outra pessoa, eu não precisava me prender a ele, mas pediu para que eu contasse quando quisesse ficar com outro cara, senão ele iria considerar traição.

- Vai doer muito em saber que você vai estar com outro, que sente desejo em outro - disse ele - mas é importante que você me conte

Eu fiquei com outro cara, mas não consegui contar pra ele antes de acontecer.

(...)

Depois que vim morar aqui perto de Safira, o pessoal lá do bairro se aproximou de mim novamente. Então saímos bastante juntos em grupo , fazíamos cinemas caseiros e íamos à pizzaria. Os cinemas caseiros aconteciam na casa de Andressa.

Quando nos reuníamos somavamos em torno de quinze jovens. Sempre assistíamos à filmes de terror, então sempre apagavamos as luzes. Ali havia bastante oportunidades para beijar alguém, mas não foi nesses cineminhas que eu o traí.

(...)

Carlos nunca soube desses cinemas caseiros que eu participei, pelo menos eu acho que não. Eu só comentava com ele sobre os passeios em grupo, mas ele nunca gostava de quando eu saía com a galera, pois no grupo havia muitos garotos. E ele temia que pudesse acontecer algum lance meu com outro cara.

E aconteceu.

Numa ida à praia fiquei com o Anderson, irmão da Andressa. Estávamos brincando de futebol de areia. Ele estava como atacante e eu nas marcações. Éramos de times rivais. Durante o jogo, quando eu estava o marcando para que a Safira, que era do time dele não passasse a bola pra ele, entre um empurrão e outro ele segurou minha mão, olhou nos meus olhos e me beijou. Eu podia ter empurrado ele? Podia. Eu poderia ter o impedido? Podia. Mas eu fiz alguma dessas coisas? NÃO. Pelo contrário, eu o beijei também.

Claro que lembrei de Carlos naquele momento, mas não deixei de retribuir o beijo de Anderson. Não sei ao certo porque não o impedi. Na verdade, passei um mês retribuindo aos beijos dele.

(...)

Anderson não sabia do meu caso com Carlos, então sempre que ele tinha a oportunidade de me abraçar e mostrar que tinha um lance comigo, ele o fazia. Até mesmo porque nós dois éramos solteiros. Ele não se importava com quem estava presente, pois quase nunca ficávamos à sós, sempre ficávamos em grupo.

Mas eu não conseguia relaxar e Safira percebia isso.

Mas teve um momento em que eu não consegui mais esconder de Carlos, então contei de Anderson pra ele. Carlos ficou muito irritado mesmo eu dizendo que não havia contado antes por falta de coragem. Mas contei, pois havia prometido não esconder isso dele.

Carlos chorou e ficou sem falar comigo por horas. Eu não contei pessoalmente, e sim por mensagens. E eu pirei com a ausência dele. Eu gosto de ver ele bem, então quando ele fica mal eu não sei como reagir. Principalmente quando eu sou a causa.

(...)

Depois de uns dias ele resolveu me desculpar, pois mesmo com a demora, eu contei.

Mas sinceramente, não acho que o motivo de não ter contato seja o que realmente o deixou desta forma. Acho que foi ciúmes.

No dia seguinte nos encontramos, mas ele ainda estava mal. Ele agiu super estranho comigo. Ele até tentou disfarçar, mas eu percebi. E eu até que entendia o lado dele, mas estava me sentindo mal naquele clima.

Fomos para um lugar mais reservado para ficarmos mais a vontade. Eu não sabia o que falar, tentei agir como se nada tivesse acontecido. Mas aí ele quis me beijar, só que ele recuou e fechou os olhos e só depois me beijou, como se estivesse se preparando. Como se fosse algo difícil, ou como se houvesse um obstáculo. Eu fiquei muito magoada. Ele não conseguia me beijar, pelo simples fato de eu ter beijado outro. Então ficamos lá, deitados e calados. Até que eu decidi falar algo.

- Vai ficar agindo assim comigo ? Viemos aqui para ficarmos olhando para o teto?

- Eu nem queria estar aqui - disse ele ainda olhando para o teto.

- E por que veio, então? - perguntei intrigada

- Porque você quis vim.

- Então vamos embora.

- Não. Já estamos aqui, vou pagar de qualquer forma.

Comecei a chorar, mas não deixei ele perceber. Eu quis sair correndo, mas fiquei com medo do que aconteceria se eu agisse de tal forma. Então levantei devagar, arrumei minha bolsa e fui em direção a porta pra ir embora. Carlos se levantou rapidamente e me segurou pelo braço quando eu já tinha aberto a porta.

- Onde você estar indo ? - ele perguntou meio nervoso.

- Embora - falei

- Por quê?

- Você só veio por causa de mim, então já pode ir. Porque eu já vou. Ou então você fica aí sozinho, já que vai pagar deve qualquer forma. - falei com raiva

- você tem certeza que vai embora ? - ele perguntou, manso.

- Tenho! - Falei e então ele soltou meu braço

- Tudo bem. Então vai - Disse ele e voltou para a cama.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A Garota do Túnel 🌼 EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora