Capítulo 23 - Reforço

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Antes de se converter, Edson era uma grande promessa das artes marciais mistas pois dominava vários tipos de lutas.

Ele era rápido e forte como poucos para a sua idade, mas um dia, em uma luta clandestina porque era menor de idade, ele lutou contra um jovem de Betel e o deixou cego após acertar um forte chute em sua cabeça.

Após este triste evento Edson não quis mais lutar. Richard soube da história e o convidou para ir à igreja, coisa que Edson nunca tinha feito na vida. Logo no primeiro dia em que foi a igreja, o soldado teve o seu coração tocado e entregou a sua alma ao Senhor.

Dentro do casarão, o guardião cego avançou sobre Edson e o atacou com a sua espada. O valente se defendeu e o seu oponente o ironizou.

— Parece que está com medo Edson, sabe que sou melhor do que você mesmo sem enxergar.

Edson foi atacado novamente e atingido de raspão no braço pelo seu inimigo. O valente, vendo que não podia apenas se defender atacou o seu inimigo e o desarmou. Outro guardião, um rapaz alto e forte, surgiu e o acusou.

— Covarde, como você tem coragem de atacar alguém que não enxerga?!

— Ele me atacou primeiro, eu não queria brigar.

O grandalhão atacou Edson que reagiu e o atingiu com apenas um movimento. O guardião alto foi eliminado e guardião cego fugiu. O soldado número seis ficou sozinho e resolveu voltar para junto do seu capitão.

Enquanto isso, Thomas pedia para Emerson o tirar do buraco onde havia caído. Thomas, desde pequeno nunca ficava no escuro, sempre dormia com a luz acesa e mantinha uma lanterna e uma vela com fósforos embaixo da cama.

Thomas sentiu algo pegar em sua perna e gritou. Emerson correu para dentro da mansão para pedir ajuda e não encontrou o seu capitão. Ele voltou e tentou mais uma vez alcançar seu amigo sem sucesso.

O chão onde Thomas estava ficou mole e o pé dele começou a afundar. O soldado número doze gritou para Emerson o ajudar e naquele momento, Augusto, Lucas e Daniel chegaram.

Emerson explicou o que ocorria e Augusto mandou Lucas, que era o mais forte entre eles segurá-lo pelos pés e o abaixar no buraco, assim Augusto conseguiu puxar Thomas para cima. Lucas estava mais forte que o normal e seus amigos notaram.

Enquanto Thomas era resgatado, Richard era golpeado pelas costas por Karen que o atingiu com um vaso. O valente caiu e quando a vilã ia dar o golpe final com a sua espada, Benjamim surgiu e bloqueou o ataque.

— Você sempre está brava hein Karen. — brincou Benjamim.

— Pensa que pode comigo grandão, eu vou te destroçar!

Karen atacou o valente número um enquanto Edmundo enfrentava o outro guardião que tinha lutado contra Richard.

Benjamim deu um chute no escudo de Karen e a afastou com facilidade. Vendo que não tinha chance a guardiã das trevas fugiu com o outro guardião dizendo que ainda reencontraria com os valentes.

Richard se recuperou e Benjamim perguntou.

— E aí amigão, tudo bem?

— Estou muito bem. Bem moído, mas e então, tiveram alguma pista do Brian?

— Nada, vamos voltar para falar com o meu pai e ver o que ele decide.

Os três valentes voltaram para a entrada principal da casa e se reencontraram com Cezar que já estava com a companhia de Edson.

Augusto e os valentes que o acompanhavam entraram e Emerson perguntou.

— Eu vim agora a pouco procurar pelo senhor e não o encontrei. Onde o senhor estava?

— Eu não saí daqui o tempo todo.

Emerson ficou confuso e Benjamim comentou.

— As coisas nesta casa são muito estranhas, mas e agora, o que vamos fazer?

— Vamos ter que ir a um lugar ainda mais perigoso e com certeza, Brian deve estar lá. — disse Cezar.

— E o Lúcio, onde ele está? — perguntou Edmundo.

— Exatamente no lugar para onde vamos, me sigam.

Cezar foi para a biblioteca e perguntou.

— Tudo bem por aqui Lúcio?

— Sim senhor, não houve nada por aqui.

Cezar sentou-se à mesa que havia na biblioteca e falou.

— Muito bem, vou ser breve, vocês sabem que este velho casarão foi construído junto à montanha de Escol. Este cômodo da casa dará acesso a uma rede de cavernas que poucas pessoas conhecem.

— Como assim? — indagou Richard assustado.

— A montanha de Escol é cheia de cavernas, dentro dela existem muitos lugares e com certeza, Brian deve estar sendo mantido preso em um deles. Agora, se afastem, por favor. — Cezar puxou o tapete que ficava no centro da biblioteca e abriu um alçapão que levava para dentro da caverna.

O local era bem iluminado por tochas e antes dos valentes descerem às escadas que dava acesso as cavernas, Cezar os incentivou.

— Vão e não tenham medo de nada, Deus está com vocês!

Antes de entraram na caverna Cezar pediu para Thomas, tocar a trombeta três vezes. Os dois primeiros toques foram curtos e o terceiro bem longo.

— Isto não vai denunciar a nossa chegada? — perguntou Augusto.

— Eles já sabem que estamos indo, o toque é para avisar que eles não têm a menor chance contra quem luta do lado vencedor. — respondeu Cezar que deu um último recado.

— Eu não vou com vocês, por isso se apressem.

Os valentes não entenderam e Benjamim perguntou.

— Por que o senhor não vai conosco?

— Vocês devem ir à frente, depois eu os alcanço.

— Professor, o senhor conhece bem demais está casa e as cavernas de Escol, por acaso já esteve aqui?

— Sim, eu já estive aqui Richard, na mansão e nas cavernas, tanto na dimensão espiritual como na nossa, mas não podemos perdem mais tempo, depois conversamos, vão!

Após a ordem de Cezar, um inesperado reforço, vestindo as roupas de valente e com as armas douradas apareceu para reforçar o esquadrão.

Esquadrão dos Valentes: O resgate do soldado feridoWhere stories live. Discover now