Capítulo 24 - Precipício

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Os valentes desceram a escada de pedra em fila indiana com Benjamim à frente. Agora eles eram onze devido ao reforço que acabou de chegar. Ao chegarem ao final da escada, eles iniciaram a caminhada pela caverna seguindo as tochas que iluminavam o local.

Depois de alguns minutos caminhando eles chegaram a um trecho onde havia mais espaço para andar. Assim, eles se dividiram em dois grupos com os maiores a frente e os menores atrás.

Tudo parecia tranquilo, mas dezenas de seres infernais surgiram bloqueando o caminho. Alguns soldados se assustaram, mas Benjamim gritou.

— Ataquem! Eles não são de nada!

Os valentes derrotaram facilmente os seres infernais, mas Emerson caiu durante a luta e cortou o seu braço, Lúcio tinha pavor de ver sangue e passou mal, mas Augusto amarrou um pedaço da sua camiseta no braço de Emerson e ajudou Lúcio a se levantar.

Muita névoa negra se formou onde eles estavam e Benjamim, que se sentia cada vez mais forte, pediu para que eles andassem com cuidado para não se machucarem.

Richard ficou com fome depois da luta.

— Pessoal, não sei vocês, mas eu fiquei com fome depois daquela luta. Será que não tem uma lanchonete por aqui?

— Também fiquei com fome e com sede, hoje eu nem tomei café. — falou Thomas.

— Eu também estou com sede, será que não tem água por aqui? — perguntou Edmundo.

— Vocês deviam ter bebido água antes de descermos pra cá! — reclamou Benjamim.

— A gente não pensou que não tivesse água aqui. — falou Daniel.

— Vamos parar de reclamar gente, vocês parecem crianças!

Augusto também ficou impaciente com seus amigos e uma pequena discussão teve início entre os soldados. Naquele momento seis guardiões das trevas surgiram fechando o caminho. Um deles gritou.

— Vocês não vão passar por aqui!

Benjamim sorriu e ordenou que Augusto, Richard, Edmundo, Lucas e Edson avançassem juntamente com ele contra os guardiões deixando o restante na retaguarda.

Daniel provocou o último soldado que tinha se unido a eles.

— Parece que ele não acredita muita em suas habilidades.

— E nas suas também não. — respondeu o soldado recém-chegado.

Benjamim e seus amigos tomaram à dianteira e atacaram os guardiões que eram muito bem treinados. Eles ofereceram muita resistência, mas não foram capazes de enfrentar Benjamim, que derrotou o seu oponente utilizando muito força.

Augusto venceu seu adversário mostrando muita habilidade e Richard venceu o seu inimigo contando com a ajuda de seu primo.

Edson derrotou o seu oponente usando sua espada e aplicando golpes com os pés. Lucas, assim como Benjamim, venceu com facilidade o seu oponente por também estar mais forte que o normal. Edmundo lutou contra um adversário bem maior do que ele e foi derrubado.

— Você luta igual a uma menina.

O guardião caçoou de Edmundo e ergueu sua espada para eliminá-lo, mas foi atingido pelas costas.

— O que você tem contra as meninas? — perguntou Natália que era o soldado que havia integrado o grupo pouco antes dos valentes entrarem na caverna.

Natália havia tomado à camiseta de Nicolas e assim que entrou no casarão a sua camiseta ficou com o seu nome e com o número onze, que seria de Nicolas.

Os valentes comemoravam quando uma guardiã das trevas surgiu de uma passagem secreta e tentou atingir Benjamim com uma espada. Natália, muito atenta, usou o seu escudo e defendeu Benjamim. A guardiã fugiu e Benjamim agradeceu.

— Obrigado Natália.

— Não tem do que grandão, mas tome cuidado, até aqui as mulheres te atacam. — Natália piscou para Benjamim que ficou sem graça.

Após a vitória, Keila, que observa tudo do local onde Brian estava preso reclamou.

— Malditos, derrotaram facilmente os seres infernais e alguns dos meus melhores guardiões.

— Me deixe ir lá tia, eu vou ter o maior prazer de derrotar aqueles idiotas, principalmente aquela intrometida da Natália que nem devia estar aqui. — pediu Karen, que ficou irada ao ver Natália com os soldados, já Amanda mostrava-se assustada.

— Eles estão se aproximando daqui tia.

— Eu sei, mas se acalmem meninas, ainda temos muitas surpresas para eles, vejam.

Os valentes continuaram marchando e se depararam com uma ponte de madeira muita estreita, abaixo dela havia um grande precipício o qual não era possível ver a sua profundidade.

Com Benjamim à frente, eles iniciaram a travessia da ponte que balançava muito, Emerson passou mal porque tinha medo de altura e parou. Os soldados atrás dele reclamaram pedindo para que ele prosseguisse.

Como estavam andando na ordem numérica, cinco valentes chegaram ao final da ponte e cinco ficaram parados atrás de Emerson que estava com os olhos fechados segurando com muita força as cordas que dava sustentação a ponte.

— Emerson, abra os olhos e olhe apenas para frente, não olhe pra baixo, vamos, continue a andar, o Brian depende da gente, vamos, você consegue! — incentivou Benjamim.

Emerson abriu os olhos e se movimentou lentamente para frente, mas quando ele estava próximo do fim da ponte seres infernais montados em morcegos gigantes surgiram sobrevoando a ponte.

Os soldados que estavam na ponte pegaram suas armas e se defenderam enquanto Emerson caiu de joelhos e ficou paralisado. Edmundo levou um golpe muito forte de um morcego gigante e quase caiu da ponte, ele jogou seu escudo para dentro da ponte e segurou-se na corda pelo lado de fora.

A ponte balançava e Benjamim mandou Lúcio ajudar Edmundo. O valente estendeu a sua mão e conseguiu trazer o pequeno soldado para o lado de dentro da ponte.

Morcegos gigantes também atacaram os valentes que estavam do lado de fora da ponte. Benjamim se livrou dos morcegos que o atacavam, entrou na ponte, colocou Emerson nos ombros e o retirou dali mandando que os outros valentes o seguissem.

Quando tudo parecia resolvido, um deles foi atingido com força e lançado para fora da ponte rumo ao precipício.

Esquadrão dos Valentes: O resgate do soldado feridoWhere stories live. Discover now