12- MÁGOAS NO OUTONO 🍁

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Quando chegou até o seu carro, Sarah se recusou a olhar para trás. Sabia que ele estava lhe seguindo, mas não fazia ideia do que ele queria.

Amaldiçoou mil vezes por nunca colocar suas chaves de forma acessível, sempre a jogava de qualquer maneira dentro da bolsa. Agora precisava vasculhar cada bolso, e estava muito aflita pois sabia que ele estava se aproximando.

- Droga... Droga, onde coloquei estas chaves? - sussurrou.

- Sarah!

Ela o ignorou mais uma vez.

Conseguiu encontrar as chaves e abriu o carro, mas sentiu a mão dele segurando seu braço com delicadeza a impedindo de entrar.

- Sarah, por quê você está me ignorando? - ele perguntou um pouco nervoso.

Ela o encarou com uma expressão séria. Afinal que direito ele tinha de segurá-la daquela forma? Mas agora sabia que não tinha como fugir daquela conversa.

Antony continuou:

- Acho que precisamos conversar.

Sarah bufou, depois abaixou a cabeça se recusando a encará-lo, o que o deixou ainda mais irritado.

- Será que você pode, pelo menos, me olhar nos olhos?

Ela não tinha nada para conversar com ele, queria mesmo ir embora. Mas ele levou a mão em seu queixo de forma delicada lhe implorando para encará-lo. Aquele toque tão íntimo foi capaz de mexer com tudo nela.

- Não tenho nada para falar com você. Me deixe ir embora.

Antony a soltou e fitou o chão rapidamente soltando um sorriso, depois a encarou.

- Mas eu sim tenho muitas coisas a dizer.

Ela sentiu seu rosto queimar, ele a observava como se fosse capaz de ler seus pensamentos.

Houve um instante de silêncio, o coração de Sarah parecia que fosse saltar do peito numa ansiedade absurda, até que finalmente ela falou:

- Não tenho tempo, estou atrasada para um compromisso... - mentiu se virando de costas para entrar no carro.

Na verdade, ela não queria mesmo falar com ele.

De repente Antony se colocou à frente dela e fechou a porta prensado o corpo de Sarah contra o veículo. Ela sentiu cada centímetro dos músculos dele tocá-la, estavam próximo demais... naquele instante engoliu seco.

- Eu juro que estou me segurando para não te beijar agora mesmo - ele disse olhando dentro de seus olhos.

Sarah piscou várias vezes, desejava que ele parasse com aquele joguinho, entretanto, seu corpo ardia implorando pelo contrário.

- Por favor... Antony...me solte! - ela pediu pausadamente e arfando.

No mesmo instante percebeu que ele obedeceu. Seus braços estavam finalmente livres das mãos fortes dele. Uma mistura de alívio e decepção invadiu seu peito. A presença desse homem lhe deixava perturbada.

- Por que você está assim...tão indiferente...? eu pensei que...

- Que eu fosse cair aos seus pés Antony?- respondeu o interrompendo.

Ele ficou surpreso com suas palavras.

- Me desculpe, acho que fui um tolo vindo até você - ele falou se virando de costas.

Sarah no entanto se sentiu incomodada, era como se ele a estivesse culpando pela situação, então falou:

- Você desapareceu, disse que poderíamos ser amigos...

TORCENDO POR NÓS (Completo e Reescrito)Where stories live. Discover now