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*Daniel Nascimento on*
Segunda-feira e estávamos tendo uma reunião para decidir as novas cidades que receberão o Improvável e Os Breves, sempre os fãs nos mandam mensagens pedindo sua respectiva cidade, mas não é sempre possível realizar o pedido, algo que é bem triste.

-Pois bem, fechamos em Campinas então? -Elídio perguntou, se ajeitando na cadeira.

-Aparentemente sim -Bruno, nosso diretor/empresário/o cara que cuida desses bangs, respondeu- Vocês ainda terão que passar em alguns eventos no final de ano, mas nada tão corrido. Ainda tem as propagandas também.

-Beleza, Rio de Janeiro também? -Andy perguntou e o Bruno concordou.

-Acho que seria bem legal fazermos alguma oficina no período de férias - Falei- Muitas pessoas perguntam sobre nossa oficina e quando vamos participar na do Marcão também.

- Então -Bruno apontou para o calendário gigante que estava na parede, com as nossas futuras apresentações marcadas. - Acho que poderemos arrumar um espaço nas primeiras semanas de julho, mas acho que ficaria bem cansativo.

- Depois resolvemos sobre -Me levantei- Além do mais, temos que falar com o pessoal do financeiro também.

- Tranquilo -Bruno concordou- Finalizamos então.

- tá tão calor que a minha única vontade é ficar de frente para o ventilador e dormir uma soneca deliciosa -Elídio se levantou, pegando o celular que estava na mesa e colocando no bolso.

- Só quero meu vinho de Portugal -Andy se levantou - Saudades daquele lugar.

- Relaxa que no meio do ano estaremos lá- Eu falei.

- É mesmo - Andy falou. Fomos caminhamos juntos pelo corredor parando em frente ao escritório - Ainda temos que falar o Pablo sobre o próximo vídeo do canal hein?

- Puts - Falei- Vai lá com o Elídio, acho que agora é a leva de janeiro já.

- Sim, é sim, e eu tenho que ir mesmo? -Elídio falou se espreguiçando e relaxando em seguida.

- Acho que é algo bem simples - Andy colocou as mãos na cintura, respirando fundo. - Semana que vem é o Em Breves no Atibaia, né?

- Eu não lembro -Respondi- Acho que é sim. Postaram os links para a venda?

- Sim, a Maiara cuidou disso ontem enquanto estávamos na Think. -Elídio respondeu.

- Eu postei um stories hoje também. -Andy comentou

- Beleza, tudo certo então - Falei e meu telefone começou a tocar. -Vou ali atender

- Tabom, vai lá - Andy falou, entrando no escritório.

- Eu vou deitar naquele sofá e tirar uma soneca, meu deus do céu -Elídio arrumou o cabelo e saiu andando, atendi o telefone sem ver quem era.

- Alô?- Perguntei, indo para um terraço. Nosso escritório não era tão grande assim. Tinha o Elevador, e assim que você sai dele, dá de cara com uma sala de 'recepção' com uma janela grande, com portas que dão acesso a um terraço, de vista para outros prédios comerciais. Os corredores do lado esquerdo e direito dão acesso aos escritórios e um estúdio, respectivamente. Tinha uma sala para descanso também. Era bem aconchegante.

- Alô, Daniel? - A voz é do Diego Fiyero, grande amigo da faculdade. Ele fazia o curso de fotografia, e eu de Rádio e TV. Tínhamos amigos em comum, então acabamos nos conhecendo. Desde esse dia, ele se tornou um amigão para mim e é um dos poucos que mantenho contato desde a faculdade. Depois que nos formamos, cada um seguiu seu rumo, mas ainda conseguimos manter contato, e estamos aí até hoje. Faz mais de 10 anos.

- Eae Diego, tudo bem? -Falei me encostando na parede, observando a vista.

- Tudo ótimo e contigo?

- Eu to bem, fala ai quer alguma coisa? -Perguntei.

- Então, preciso perguntar se você tem espaço na sua agenda para mim?

- Cara se for para um encontro, eu sempre tenho espaço para você, amor- Falei zoando.

- Marcado então, hoje nove em ponto gatinho -Rimos- Quero jantar em um lugar top.

- Já to pesquisando

- Agora sério, brincadeiras a parte- rimos, e ele continuou- Como você sabe, estou dando aula de História da Fotografia na Yule e queria saber se meu parça poderia comparecer a nossa exposição?

- Exposição sobre...? -Perguntei

- Não é MINHA exposição, e sim dos alunos, envolvendo algumas matérias. É um trabalho final do primeiro ano, e é sobre A Arte da Fotografia e irão apresentar algumas técnicas básicas também. Como são duas salas, eles irão retratar e explicar sobre isso, e a maneira prática da coisa. Óbvio que eu acabei de falar foi um resumo, envolve mais coisas.

- Ah sim, entendi sim - Falei - E quando vai ser isso?

- Vai ser na sexta-feira, sem ser nessa na outra. -Ele respondeu- Os alunos entregarão os trabalhos essa semana, é o tempo de corrigir e acertar o que tiver de acertar para expor.

- Fecho então, se fosse de quinta não daria, mas eu sei que você sabe disso. -Respondi- Quer que eu chame os meninos também?

- Você que sabe. Eu te chamei porque sei que você é amante da fotografia -Diego falou

- Faz tanto tempo que não paro para tirar foto, que minha câmera deve estar caindo aos pedaços -Eu falei, caminhando por entre o terraço. - Então beleza, que horas vai ser?

- Vai das 8 da manhã até as 17 horas da tarde -Ele respondeu- Nossa exposição começara meio dia. Não vai ser apenas os alunos de fotografia expondo. É de graça a entrada.

- Tabom, eu irei ver com os meninos se eles querem ir, mas provavelmente não.

- Só de você ir já é importante -Ele falou- Vêm com o óculos, assim quase ninguém vai te reconhecer.

- Boa ideia -Eu ri, falando nele aonde ele está?- Eu irei sim, segundo minha memória de elefante, não terei nada nessa sexta.

- Muito obrigado, Dani. É importante demais. -Sorri com a empolgação dele.

- Não precisa agradecer, você sabe que para o que precisar só falar.

- Já que é assim, mano preciso de um conselho. -Diego falou e eu parei de andar. Pensando bem, acho que irei me sentar nos sofás da recepção.
Entrei e me sentei em um, esperando Fiyero falar.

- Pode falar.

- Acho que estou gostando de uma aluna- Diego soltou de uma vez e foi o suficiente para eu arregalar os olhos.

- Oi? -Quase me engasgo com a saliva- Quanto tempo?

- Não cara, ela entrou nesse ano. Acho que estou sentindo umas coisas desde o primeiro dia.

- Meu deus Fiyero, cuidado com isso. As vezes não vale a pena perder seu emprego por causa disso. -Ajeitei o cabelo, mudando o celular de orelha.

- Não irei perder nada não. Acho que é só platônico, relaxa. Mas ainda assim estou preocupado.

-Sexta, você me mostra quem é essa garota.

- Mostro sim, ela é linda demais -Diego falou

- Só não me traí com essa ai viu? Estou aqui primeiro -Eu fiz uma voz mais afeminada e caímos na risada.

- Sem viadagem agora -Diego falou- Eu to ferrado e não sei o que fazer.

- Ela já notou isso? Você sabe se é correspondido? -Perguntei.

- Sei disfarçar muito bem e acho que não-Fiyero falou

- Eu acho melhor você parar com isso, antes que seja tarde-Me ajeitei no sofá.

- Eu sei cara, mas não sei como. Parece que voltei a ter 15 anos de novo.

- Todo apaixonado -Zoei- Olha Diego, a gente conversa pessoalmente sobre esse assunto. Vai ser melhor

-Beleza Dani, obrigado cara. O convite foi feito e aceito. Fico feliz, só liguei para falar sobre isso.

- E para ouvir minha voz, claro - Rimos- Tchau Diego, nos vemos.

- Tchau, Dani - Desligamos o telefone. Okay, acho que essa história vai arranjar umas confusões master. Me levantei rumo ao escritório, ainda tinha muita coisa para organizar, e ficar pensando no problema do meu amigo agora, não poderia ser uma opção.

*Daniel Nascimento off*

✨✨✨

*Gabriela Oliveira on*

Esse final de semana foi uma loucura. Sábado passei o dia inteiro editando as fotos tiradas na entrevista com os Barbixas e domingo passei o dia com a Maria fazendo nosso trabalho que deveria ser entregue nessa semana.

Estávamos ansiosas demais, porque a exposição seria nossa nota final do ano, e precisamos garantir um dez, claro. A exposição dos alunos do curso de fotografia será sobre A Arte da Fotografia e cada grupo falaria sobre desde a possível criação até os dias de hoje, englobando todo o conceito de Arte e Fotografia e os entrelaçando, até qual momento a fotografia pode virar uma arte?.

É um trabalho difícil, pois teríamos que pesquisar em vários sites e livros, e ainda teríamos que fazer o banner para a exposição. Somos um grupo de 5, e eu e a Maria somos responsáveis por montar os textos, porque somos as melhores nesse assunto. Acabou que no final, dando tudo certo e eu indo para casa 23 horas da noite.
Hoje no trabalho foi o dia de mandar as fotos editadas da entrevista para o pessoal do design para montar as páginas da revista, montar o novo layout do site, editar postagens, ligações e mais ligações.

Responder questionamentos, me atualizar das pessoas que estão fazendo sucesso para mandar para o pessoal do jornalismo. Tudo uma correria. Só lembro de sair correndo para conseguir pegar o ônibus para a faculdade. Chegando lá Maria já estava sentada no banco de madeira do pátio, conversando com nosso professor Diego, aos sorrisos.

Ele é o nosso 'condutor' do projeto, como nossa sala ficou com A Arte da Fotografia, e como envolve a história, ninguém melhor como o próprio professor de história da fotografia, para nos auxiliar sobre isso. Me aproximei devagar do dois e fui notada pela Maria.

-Flávia! Bebê!-Maria sorriu se ajeitando no banco e abrindo um espaço ao seu lado para eu me sentar.

-Oi Mar-sorri- Oi professor- Acenei e fui retribuída.

-Você não vai acreditar -Mar sorriu empolgada.

-O que?-perguntei

-Professor falou que teremos uma visita especial na nossa exposição-Maria deu um mini surto- ele só não falou quem, mas disse que se a gente olhar minuciosamente no dia, mataremos a charada.

-Ah que legal-sorri verdadeiramente.
-Ele é especial para mim, claro. Somos amigos por muito tempo e ele gosta de fotografia, então decidi convidá-lo. Ele pode me dar um opinião -Diego sorriu e quase que Maria derreteu do meu lado. Eu estava achando estranho, porque ele deveria estar na sala dos professores e não aqui.

-Entendi - Falei - você não poderia dar pelo menos uma dica.

- Ele é famoso -Diego falou

- Isso nós já sabemos -Maria falou, o encarando.

- Aguardem- Ele falou rindo- Já prepararam o banner?

- Só faltar organizar e mandar para a gráfica - Maria respondeu por mim.

- Ah que bom -Ele falou e o sinal bateu -Bom, garotas, nos vemos amanhã na nossa aula. -Arqueei a sobrancelha e eu e Maria nos levantamos.

- Tchau professor-Maria sorriu, acenando enquanto ele se distanciava. É verdade, não teremos aula com ele hoje, mas o que ele estava fazendo aqui no pátio com a Maria? Acenei também e eu e Maria começamos a andar para nossa sala.

- Maria, o que o professor estava fazendo aqui, com você? -Perguntei

- Eu pedi para falar com ele, sobre nosso trabalho é claro, e ai ele resolveu vir para cá, para conversarmos direito.

- Vocês não pareciam conversar sobre o trabalho, quando eu estava me aproximando. - Falei

- Não conversamos sobre só isso-Maria sorriu, olhando para o chão - Conversamos sobre a exposição, sobre notas, sobre os professores...

- Ai meu deus Maria, toma cuidado, se relacionar com professores, ainda mais no último período do primeiro ano. - Falei, entrando na sala, nos sentamos nas nas primeiras carteiras de frente para a lousa.

- Eu seeeeeei -Mar colocou a bolsa em cima da mesa, retirando o caderno e o estojo. Colocando a bolsa no chão em seguida. -Mas ele é tão gato e está me dando atenção.

- Ele está, porque ele é o professor - Eu falei, também pegando minhas coisas e colocando a bolsa no chão.

- Ai Gabriela, você não deixa eu me iludir um pouquinho

- Minha função é exatamente essa -Falei- você lembra, um pouco depois do começo do ano, que você começou a gostar do Lucas? Eu disse para você não se iludir, mas você não escutou meus conselhos. Depois ficou usando roupa preta por uma semana, sem falar no tanto de guloseimas que você se entupiu de comer depois que ficou sabendo que ele já estava namorando.

- Olha, eu sei que sou uma pobre iludida. Mas dessa vez, sinto que está sendo recíproco- ela falou e a professora entra na sala.

- Eu preciso falar do Daniel Nascimento também? -Perguntei, abrindo meu caderno- você me disse que ele estava te olhando de uma forma diferente, quando fui ver, ele te tratou como ele trata todas as pessoas.

- Ah! -Mar falou, olhando a professora escrever na lousa o tema da aula de hoje. - O Dani é uma exceção, ele é famoso, eu não queria me iludir.

- Mas se iludiu, por muito tempo aliás. Até hoje continua assim.

- E tem como não gostar daquele ser humano? - Encerramos o assunto, porque nossa professora de Técnicas de Iluminação de retratos começou a falar. Aquele seria um dia cansativo.

✨✨✨

Terça-feira, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira. Todos os dias passamos organizando os últimos detalhes do trabalho e no último entregamos. Correria enorme no trabalho, porque saiu uma notícia esplendorosa no meio da semana.

E lá vai as postagens nos sites e na revista. As encomendas feitas pelos usuários aumentaram nos últimos dias, devido a publicação da entrevista com os Barbixas. A 'Think'' está crescendo e não poderíamos ficar mais feliz. Encerrar o ano, fazendo parte da Elite das revistas poderia ser uma conquista e tanto, para todos na empresa e saber que estamos caminhando para isso, e não falta taanto assim, é gratificante.

Na quinta-feira, Maria foi sozinha ao Improvável de novo e, junto com ela, eu mandei uma cópia da revista para que ela entregue para eles em meu nome e da revista. E foi exatamente isso que ela fez, quando chegou em casa, mandou eu olhar no Instagram da Cia. Barbixas. Quando o fiz, lá estava um vídeo dos três fazendo uma propaganda fofa para a revista, mostrando as páginas com as entrevistas e marcando meu user e o da empresa.

Não pude deixar de surtar um pouco ao elogiarem as fotos escolhidas e tiradas pela minha pessoa.

O meu número de seguidores começou a aumentar significativamente e eu mandei um textinho agradecendo em nome da empresa.

Eu abracei Mar e ela me mostrou a foto que tirou com eles. Ela estava entre o Dani ( que segurava a revista, mostrando para a câmera, fazendo uma cara de surpresa) e o Andy (que estava com um sorrisão). o Elídio estava agachado em sua frente, junto com o Andrei Moscheto (possivelmente o Mestre de cerimônia da noite) . Ambos sorrindo. Andrés Giraldo (músico da noite) estava do lado do Andy, com os braços abertos e a Bella Marcatti (a convidada) estava ao lado do Dani sorrindo. Aquela foto era linda.

Nesse meio tempo, Maria estava 100% iludida, dizendo que o Fiyero estava muito próximo da gente e pediu (novamente) para que sempre que estivessem conversando, eu saísse e os deixasse a sós. Fiz o que ela pediu, até porque se não fizesse ela ficaria mil vezes chateada e voltaria com as roupas pretas.

A mesma coisa aconteceu, quando ela chegou em casa pós Improvável, depois de me mostrar as fotos e os agradecimentos com a revista, ela me disse que o Daniel estava mesmo parecendo interessado nela e a olhava de maneira fixa. A abraçou apertado,
e ainda perguntou se estava tudo bem.

Decidi apenas escutar e concordar algumas vezes. Eu não iria estragar a ilusão dela, ela precisa aprender com os erros e acertos da vida, não é mesmo?

Sábado, foi um dia de 'descanso'.

Metade do dia ajudei minha mãe a fazer as tarefas de casa, e a outra metade fiquei assistindo série. Domingo, resolvemos fazer uma faxina geral na casa. Depois disso, eu e minha mãe estávamos esgotadas, mas mesmo assim fomos passear no shopping e visitar a casa da minha irmã mais velha. Que já é casada. Quando chegamos em casa, fomos dormir como uma pedra.

A semana foi a mesma correria de sempre, ainda mais quando recebemos a notícia de que gostaram muito do trabalho do nosso grupo e os professores envolvidos nos deram 10 como nota, após apresentarmos. Para o dia, tivemos que dividir quem faria a apresentação em cada momento, éramos cinco pessoas para cinco horas de exposição. Fiquei com a primeira hora, às meio dia (começo da nossa exposição) até uma hora e Maria com o segundo. E assim sucessivamente, cada uma pessoa ficou com uma hora para permanecer no banner apresentando.

Nossas falas já estavam decoras quando chegou quinta-feira e para a tristeza de Maria, ficaríamos pós horário na faculdade para organizar a exposição e deixar tudo pronto. Ou seja, talvez não daria para bater cartão no Improvável.

Quando chegou a hora de 'ir embora', metade desceu ao pátio, lugar onde fica a exposição de a arte da fotografia e a outra parte da sala permaneceu, porque a parte prática ficaria lá.
Colocamos o Banner pendurado em tipo um biombo e uma mesa na frente, forrada com um pano azul e uma câmera Canon EOS Rebel T6i em cima no canto esquerdo, no meio uma pasta com algumas imagens contendo algumas informações sobre a evolução da fotografia e os principais fotógrafos. No canto direito, uma mini pilha de lembrancinhas, que eram saquinhos com M&M e um mini chaveiro de lente de câmera fotográfica, com um bilhete escrito a data e o nome do projeto.

Estava tudo fofinho e nossa cara.

Diego estava passando em casa uma das mesas, conversando com os grupos, quando chegou no nosso, não deixou de falar com a gente.

- Cadê o restante do grupo? -Diego perguntou, quando viu apenas eu e Maria organizando a mesa.

- Lila e Thiago não puderam ficar porque tinham compromissos marcados, o Matheus ficou doente e está no hospital tomando soro. Estamos com medo de que ele não consiga vir amanhã - Respondi- Ai restou eu e Maria para organizar as coisas hoje.

- Pelo menos eles ajudaram na construção do trabalho né?- Diego questionou e Maria concordou.

- Sim, ajudaram bastante -sorriu.

- Ah, que bom. - Diego colocou as mãos nos bolsos da calça. - Está ficando incrível a organização de vocês.

- Muito Obrigada professor- Maria agradeceu, essa era a hora que eu permanecia em silêncio, eu não podia sair porque estava ocupada organizando a mesa, mas em silêncio eu teria que ficar.

- Não precisa agradecer -Ele sorriu- Legal a ideia de colocar a câmera na mesa, como decoração.

- Foi ideia da Gabriela-Maria sorriu levemente- ela sempre tem boas ideias.

- Parabéns Gabriela -Diego sorriu para mim, retribui e acenei com a cabeça- O que mais está pensando para a decoração? -ele perguntou me encarando, perguntando diretamente para mim. Virei um pouco, olhando disfarçadamente para Maria, que me olhava com certo fogo nos olhos.

- hã, eu não sei ainda. Como o trabalho é em equipe, preciso da opinião de todos e todos precisam colaborar também. Por exemplo, Maria teve uma ideia ótima de colocar recorte de câmeras e colar na mesa. Como uma estampa sabe? -Eu disse, vendo ele arquear a sobrancelha com uma cara confusa- ela é genial também. -Sorri, tentando fazer com que a atenção se voltasse para Maria, antes que ela explodisse.

- Ta certo, talvez ficaria legal. Mas seria uma poluição visual. Gostei desse jeito simples que está-Ele disse e quase Maria me estrangulava. Eu tentei. O telefone do professor começou a tocar, antes que Maria falasse alguma coisa. E ele atendeu ali mesmo.

- Fala cara -Diego falou, arrumando os cabelos castanhos para trás. -Tudo e contigo?

Eu e a Maria tentamos focar em outras coisas ao invés de prestar atenção na conversa, mas estava sendo impossível.

-Sim, é amanhã -pausa- tudo bem, eu imaginei que eles não iam querer. Mas você vai vir né? -pausa longa- a partir do meio dia começa, da tempo para você vir no primeiro horário. -pausa- Beleza, qualquer coisa me liga. Ou melhor, me liga para eu encontrar com você amanhã. -Pausa- beleza cara. Já começou ai? -pausa- Se der tempo, irei sim. -pausa- fechou então. É aqui perto relaxa- pausa- obrigado, até. -Diego terminou a ligação, guardando o celular. - Bom meninas, to vendo que já terminaram por aqui. Estão liberadas.

- Okay professor- Maria falou- Sei que não é da minha conta, mas com quem o senhor estava falando?

- Com meu convidado especial -Diego sorriu- Ele virá amanhã, mas somente no primeiro horário, porque de tarde estará ocupado.

- Gabriela que estará aqui -Maria falou- Depois você me conta quem é? -concordei.

-Eu acho que vocês já conhecem ele, mas enfim, tchau até amanhã. -ele saiu andando.

-Quem será que vai ser? -Maria pegou nossas bolsas debaixo da mesa e me entregou a minha.

-Bom a única dica que ele deu foi que a gente conhece - Comentei, enquanto caminhávamos observando alguns alunos guardando as coisas.

-Não consigo pensar em ninguém agora -Maria deu ombros. Nos despedimos e ela disse que tentaria ir ao Improvável, ainda dava tempo. Era 20:40 na noite. Se ela saísse correndo, daria. Fui para o ponto de ônibus, que me levaria ao trem. Respirei fundo, cansada.

Hoje o dia foi corrido.

UNLIKELY - D.NOnde histórias criam vida. Descubra agora