21- A Conquista - Parte II

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Trevor beija minha nuca fazendo com que eu involuntariamente curve o pescoço, ele segura forte meu ombro e gira meu corpo para que fiquemos frente a frente.

-No jogo da honestidade, você transou depois do nosso último encontro?- pergunta ele.

Paro por alguns instantes.

-Masturbação conta?- pergunto confuso. Ele me prende em um abraço, nos deixando extremamente próximos.

-Masturbação é? E eu posso saber em quem estava pensando?

Imediatamente sinto meu rosto queimando, abro a boca mas não consigo dizer estando diante dele.

-Ok, acho que já sei a resposta. Ótimo, se me garantir que será sempre honesto o teste de HIV da noite passada pode ser o último, eu serei tão franco e fiel quanto você.- diz me olhando nos olhos.

-Certo, temos um acordo.- digo decidido.

-Ótimo.- diz me beijando em seguida, ele põe a mão em meu peito e me empurra contra a parede.

Seus beijos começam a descer em uma trilha que passava pelo pescoço, peitoral e barriga até finalmente chegar a altura da minha cueca. As coisas que Trevor havia feito até aquele momento já haviam me deixado arfando e com o membro duro. Ele olha para cima.

-Eu já me diverti muito até agora, mas acho que está na hora de te mostrar o que é prazer.

E antes que eu entenda do que está falando ele abaixa a cueca e abocanha meu membro, imediatamente solto um gemido alto e incontrolável.

Ele começa um vai e vem voraz, usando a língua com maestria, o Imperador estava me fazendo perder a razão, mas então alguém bate na porta, era a vendedora.

-Os senhores estão bem?- pergunta. O Imperador para rapidamente.

-Estamos, eu apenas pisei no pé do meu amigo quando fui amarrar a gravata.- diz pacientemente como se nada estivesse acontecendo. A vendedora se dá por satisfeita com a resposta e vai embora. Eu precisava tentar me controlar.

Logo em seguida Trevor volta ao trabalho, sem qualquer aviso ele engole todo o meu membro. Minhas pernas ficam bambas e a respiração falha.

-Assim você não ajuda.- digo sem saber se a mensagem foi suficientemente clara.

Ele faz isso mais algumas vezes e eu entre gemidos agradeço por estar de costas para a parede.

Agora eu entendia os motivos de Trevor para insistir tanta em profundidade. Então passa a se concentrar na glande (mais conhecida como cabeça), entre lambidas e sucções, aquilo me leva ao céu.

De repente eu percebo o que está prestes a acontecer, mas não tenho condições para falar, meu membro lança um jato de esperma entre sua boca e seu rosto.

-Me desculpe, eu tentei avisar mas...- tento me explicar mas percebo que sorria paro.

Ele se levanta e me beija, comicamente grande parte dos nossos poucos beijos tinham gosto de esperma, totalmente diferente do que as pessoas sonham, não era morango, nem chocolate, mas devido a situação era muito melhor.

Depois disso provamos realmente os ternos, antes de  sairmos do provador preciso limpar os resquícios do acontecido no rosto de Trevor, compramos uma dúzia deles, então saímos da loja, jogamos as sacolas no banco de trás e partimos.

Enquanto dirigia ele olha para mim algumas vezes, parecia querer perguntar algo.

-O que foi?- pergunto. Ele reúne a coragem necessária e depois de um suspiro diz.

-Sebastian, o que acha de ir ao meu sítio esse fim de semana? Você pode dizer aos seus pais que é uma viagem de trabalho, posso ser seu álibi.

Olho para ele sem acreditar que havia ficado apreensivo pra perguntar aquilo, mas antes que eu responda me lembro de algo.

-Mas é Páscoa, eu achei que ia ficar com a minha família.

-Tudo bem, eu entendi.- diz ele um pouco magoado.

-Me desculpe, não precisa ficar assim.

O restante da viagem foi silenciosa, Trevor se mostrava frio. Quando chegamos à empresa me troco e pego minhas coisas de faculdade, me despeço dele mas ele não responde.

No carro da faculdade tento compreender a situação de Trevor, já era a segunda vez que havia negado suas tentativas de aproximação. Sentia que ele queria me conhecer de outras formas, mais descontraído, ou que eu possa lhe conhecer fora do terno e gravata, mesmo com todos os acontecimentos só agora havia percebido que Trevor não estava esperando algo tão raso entre nós, não me via como um brinquedo. Encosto a cabeça no vidro pensativo, mas isso não demora muito, meu telefone toca e no outro lado da linha estava meu pai.

-Oi.

-Oi filho, sua mãe teve outro desmaio.

-Meu pai nunca me ligava pra avisar isso então fico apreensivo, teria acontecido algo mais grave?

-O que aconteceu?

-Então, fomos ao hospital universitário, mas quando chegamos os médicos me avisaram que ela seria transferida para um hospital particular, pois as contas seriam pagas pela Imperial Construtora, vocês aí tem um plano de saúde desses?- pergunta admirado e curioso.

-Pois é, que bom- digo,- desculpa pai, mas eu preciso desligar agora.- me aproximo do motorista.

-Oi, o senhor poderia voltar? Acho que esqueci uma coisa na minha sala.

Ele assente e pegamos o contorno mais próximo, no elevador bato o pé ansioso.

-Já de volta?- pergunta a secretária em tom amigável, assinto com a cabeça.

Abro o porta da sala de Trevor e o encontro de pé no meio da sala atendendo um telefonema, assim que me vê ele desliga e fecha a cara.

Ando até o Imperador e enrosco meus braços em seu pescoço, ele se desequilibra e caímos no chão. Lhe dou um beijo com todo o calor que ele merecia, no começo sou negado mas aos poucos ganho a resposta de seus lábios.

-Eu mudei de idéia, quero ir com você, quero estar com você na Páscoa, no Natal, até no meu aniversário.

Um sorriso imenso surge em seu rosto, mas não era isso que eu queria, queria beija-lo.



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