80- Todo O Brilho Da Noite

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Depois daquela conversa fui para minha sala, na saída não encontrei Caroline, apenas uma Valentina perdida no meio do pátio, assim que me vê vem apressada ao meu encontro.

-Oi Sebastian, você viu para onde a Carol foi?- pergunta.

-Não, depois da nossa conversa eu não vi mais ela. Bem, ela me convidou pra festa de hoje a noite aqui na faculdade e eu recusei, também esclareci que aquele tempo que havia pedido era definitivo.

-Hum, isso explica a cara emburrada com que estava durante as aulas.- diz pensativa.

-Sério, eu não queria magoar os sentimentos dela mas...

-Mas nada.- diz me interrompendo.- Você fez a coisa certa, não importa se vai deixar uma pessoa com raiva ou triste, verdade é sempre a melhor a melhor opção.

-Certo, acho que a Caroline não vai querer conversar comigo, mas se puder ser o ombro amigo caso ela precise eu ficaria muito agradecido.

-Pode deixar, eu fazer um boquete de consolo nela.

-Bem, não sei se vai querer, mas livre ela está.- digo balançando os ombros.

-Ótimo,- diz esfregando as mãos de forma maligna.- brincadeira, eu sei que ela não me quer, essa umas da frustrações que eu guardo na caixinha da tristeza e escondo a chave.

Era incrível ver como Tina era madura às vezes e capaz de lidar com suas mágoas e problemas tão bem.

-Só posso te desejar boa sorte. Mas se me der licença​ eu preciso eu, tem alguém me esperando no trabalho.- digo me despedindo dela.

-Aproveite a noite com seu garanhão.

-Nossa, você e o Trevor falam as coisas de uma forma tão livre, eu mal consigo falar membro sem ficar vermelho.

-Mas por acaso ele é alguma coisa além de um garanhão?- pergunta rindo.- E além do mais, isso faz de você uma pessoa fofinha, é isso dá vontade até um mim de te descer a vara.- diz gargalhando.

-Ok, acho que é melhor eu ir antes que você me sequestre e jogue na sua cama.- disso começando a correr.- Tchau.

Como de costume o carro da empresa estava aninha espera no estacionamento, entro nele e digo ao motorista para partirmos.

A sorte que tinha com o trânsito rumo a empresa parecia não estar funcionando naquela noite, próximo a metade do trajeto me vejo preso em um engarrafamento, quando, entediado ponho os fones de ouvido e ponho as músicas em modo aleatório, estava cansado para ficar escolhendo as músicas, felizmente meu celular estava ajudando, variando entre Sia, BTS, Ed Sheeran, Shawn Mendes e por aí em diante.

Depois de dezenas de pequenos avanços e paradas finalmente o trânsito volta a fluir. Quando finalmente chego a empresa saio do carro correndo em direção ao elevador, ao chegar no escritório do Imperador caminho apressado até a porta, Alice já arrumava suas coisas para ir embora.

-Boa noite.- digo sem muita calma ou perda de tempo.

-Boa noite, o Trevor está te esperando, está todo animado.- diz sorrindo e seguindo para o elevador.

Sem demora abro a porta e encontro Trevor sentado sobre a mesa com os braços cruzados, estava sério, até um pouco estranho digasse de passagem.

-Oi Trevor, me desculpe pelo atraso, o trânsito estava complicado e não deu mesmo pra chegar antes mas...

Ele se levanta, calado segue até mim e me calando com seu dedo sobre meus lábios, por alguns instantes apenas nos encaramos naquela situação

-Hoje eu não quero ouvir desculpas, uma confirmação é tudo o que importa, vêm comigo.- então segura uma das minhas mãos e me guia até a estante de livros, mesmo sem entender nada lhe sigo.

Ele puxa um livro e as paredes se abrem e uma grande escada desce, subimos em silêncio pelos mais de trinta degraus, já na merda do caminho percebo a luz da noite que iluminava o caminho.

Quando finalmente chegamos estou bem no centro do imenso terraço do prédio, o vento soprava vento e razoavelmente frio, no céu uma redonda e cintilante lua cheia.

A nossa frente havia uma mesa com um bolo de chocolate e um balde com uma garrafa de champanhe dentro, duas taças esperavam ao lado.

Trevor me abraça por trás enquanto observo tudo aquilo.

-Te amo.

-Pra que tudo isso? É tão bonito.

-Diz isso pra comemorar algo muito especial. Vá em frente, dê uma boa olhada.- diz me soltando.

Caminho até a mesa e vejo aquilo encantado, sobre o bolo havia uma frase escrita com glacê: VIRE-SE...

Faço o que ela está pedindo, diante de mim encontro Trevor de joelhos com uma pequena caixinha de veludo vermelha, fico imóvel, meu cérebro em choque não conseguia acreditar no que estava acontecendo.

O vento batia tão forte que sentia que podia me levar embora pela forma que me sentia flutuante.

Ele abre o pequeno pacote em suas mãos revelando duas belíssimas alianças de prata.

-Sebastian, aceita se casar comigo?

Continua...

Gay Por Dinheiro ( Romance Gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora