27- Medo Ou Fome? (Quase Lá)

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Acordo cedo e faço as malas, minha mãe insiste em ajudar mas digo que ela devia se concentrar no café, não seria fácil inventar uma desculpa para levar roupas casuais a uma viagem de negócios

Depois disso vou para o banheiro, de banho tomado (sem sabonete caídos ou qualquer outra surpresa) e dentes escovados me encaro no espelho, meu cabelo quando bagunçado passava da altura dos olhos, estava na hora de apará-los, precisava parecer alguém que trabalhava na Imperial Construtora.

Enrolo a toalha na cintura e sigo para o quarto cantarolando o refrão de Unstoppable da Sia, tranco a porta atrás de mim e desato o nó na minha cintura fazendo com que a toalha caia no chão.

-Quanta animação.

Me viro assustado e encontro Trevor sorridente me observando.

-O que faz aqui? (É outro pesadelo erótico por acaso?)

-Se acalme, sua mãe me pediu para que viesse chamá-lo, o café está pronto.

-Diga a ela que eu já vou então.

-Você acha mesmo- diz ele se aproximando de mim - que vou sair e perder essa visão?

Seu braço agarra minha cintura e me puxa pra perto dele e me beija, não vou negar, saber que meus pais estavam do outro lado da parede era excitante, um perigo que deixava as coisas mais interessantes.

Logo as mãos de Trevor começam a descer, então uma delas começa a escorregar mais sorrateira, quando percebo aonde ele quer chegar me afasto.

-Ok, entendi o recado.- diz ele fazendo sinal de rendição com as mãos.

Então me visto e saímos do quarto, para o café minha mãe havia feito seus lendários pães de queijo, aqueles que todos falam.mas que só acontecem em ocasiões muito especiais, comparados a eles um eclipse solar era como uma nuvem tapando o sol.

-Precisamos nos apressar.- diz Trevor quando já estava sentado pegando seu primeiro pão de queijo,- a agenda é bem apertada, um atraso e tudo desanda.

-Ok.- digo pegando um também, ciúmes? Claro que não. (Meus! Todos meus!) De certa forma sua pressa me alivia, isso significava que ele teria menos tempo com meus pais, e logo, menos chances de usar seu charme ou pôr tudo a perder.

Esvazio o copo de café e me levanto.

-Estou pronto.- anuncio.

-Perfeito, busque sua mala e podemos ir.

Faço o que ele pede e vamos para a porta de casa, minha mãe começa o processo padrão de despedida.

-Ligue para avisar quando chegar e para dar notícias suas. Tem certeza de que não esqueceu nada?

-Mãe, tudo bem, eu vou ficar bem, são só alguns dias.- então uso um álibi muito estranho, sutilmente falso.- Vou estar com o Trevor, pode confiar nele, é um homem responsável, não vai deixar que ninguém me faça nada de ruim.

Ele põe a mão sobre o meu ombro, ela convencida assente.

Feito isso entramos no carro de Trevor e partimos. Depois de alguns minutos em silêncio resolvo fazer uma pergunta.

-Então, para onde vamos afinal?

-Eu tenho uma fazenda na região serrana do estado, é um dos meus lugares favoritos.

-Olha só, de empresário a cowboy, quem diria?- digo irônico, ele ri.

-É melhor ir se preparando para ser enlaçado é montado, e Sebastian, sobre o que falou com sua mãe sobre eu não deixar que ninguém faça mal, é verdade.

-Eu sei.- digo sem perceber aonde ele queria chegar.

-Você não me entendeu, eu não vou permitir que te façam mal, mas é comigo que devia se preocupar, comigo e com as coisas que eu vou fazer.

Ela abre um sorriso malicioso. Ouvir aquilo faz com que meu corpo se arrepie.

Algumas horas de viagem se passam, conversamos sobre poucas coisas, na maioria do tempo estávamos cantando junto com o som de seu carro. Trevor tinha um excelente gosto musical: Sia, Jão, Pitty, Bebe Rexha, Brynn Cartelli e Rihanna eram os principais, mas às vezes surgia um rock ou algo mais country. A viagem foi divertida mas cansativa.

Quando chegamos a propriedade somos recebidos por dois seguranças, assim que vêem que se tratava de Trevor abrem o portão.

-Não precisa se preocupar, eles são os únicos funcionários aqui, dispensei o restante para que pudéssemos ter toda a paz e privacidade que um casal desejaria.

A casa de campo do Imperador era imensa, as paredes eram um jogo de madeira escura e gesso puramente branco, tinha um design futurista.

Ele estaciona na garagem que fica na lateral, então saímos, ela faz questão de carregar a minha mala, assim que entramos na casa fico sem reação, o lugar era incrível, a sala de estar era facilmente do tamanho da minha casa inteira, era feita em preto e branco como na parte de fora.

-O que achou?- pergunta orgulhoso.

-É maravilhoso.

-Que bom que gostou.- ele me beija.- eu que projetei tudo aqui. Mas agora vamos para a cozinha, vou preparar o nosso almoço e depois de comermos vamos descansar.

-Mas é de tarde, a noite não foi feita pra isso?- pergunto intrigado.

-Geralmente sim, mas acho melhor seguir meu conselho, por que essa noite eu não vou te dar descanso.

Minha garganta de repente fica seca, mais do que nunca sou envolvido por um misto de medo e excitação, iria perder minha virgindade, e seria naquele lugar, meu membro endurece e meu estômago se revira, seria medo ou fome? Então Trevor me dá um sorriso apaixonado e tenho certeza, era fome.

Gay Por Dinheiro ( Romance Gay )Where stories live. Discover now