45- Perguntas Sem Resposta

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Quando paramos nossos corpos estão encharcados de suor e com a respiração apressada.

-Vamos tomar um banho e depois você vai para a faculdade.- diz seguindo para a porta lateral.

Ligo um dos chuveiros ao lado do de Trevor e a água começa a cair, ele pára sua limpeza e passa a me observar.

-O que foi?- pergunto.

-Acabe isso rápido.- pede.- Tenho algo especia preparado para essa noite e caso não se apresse vai acabar acontecendo aqui e agora.

-Tenha dó, você me fodeu essa manhã, e na noite passada, seu tesão não acaba não?- pergunto quase revoltado.

-Mas é claro que não, pra começo de conversa você deveria se acalmar, afinal eu não pedi segundo round em nenhuma das vezes e acredite, eu queria. E o que fizemos essa manhã foi culpa da sua "bolacha", e quanto a noite passada, você bem que estava pedindo mais.

-Ok, ok, sobre a noite passada eu admito, a situação me deixou animado.

-Hum, então quer dizer que você também gosta de sexo perigoso?- pergunta levantando uma das sobrancelhas.

-É pode ser.- digo saindo do chuveiro e me secando.- E o jeito bruto de hoje de manhã, também foi bacana.

-Olha só, bom saber disso.- assim que ponho a toalha de volta Trevor passa a mão pela minha cintura e me puxa de volta para debaixo da água e começa a beijar meu pescoço, seu membro duro roça minhas costas. Imediatamente o meu responde, sua mão segue até ele e começa a acariciá-lo, mas sem masturbar realmente.

-Ei, e os planos pra hoje a noite?- pergunto protestando.

-Ah, certo. Mas antes...- ele me vira e começa um beijo intenso que logo é retribuído, agora era eu quem precisava sair pra assegurar os planos daquela noite.

Depois de me secar "de novo" e me vestir espero Trevor fazer o mesmo e então voltamos a sua sala.

-Vou pedir para que o carro te leve.- avisa.

Então me dirijo a porta, à noite as coisas iriam esquentar, então não custava riscar o primeiro fósforo, dar a ele uma idéia do que precisava fazer. Paro com a porta aberta e olho para trás.

-E Trevor,- digo e espero que olhe para mim.- O certo é bolacha.

Saio da sala vendo seu olhar confuso. Encaro para a secretária, ela sorri.

-Grande dia.- comenta ela. Então detrás da porta ouve-se um grito de Trevor.

-Bolacha é o que eu vou dar no seu traseiro.- ao ouvir isso a garota parece se assustar e olha pra mim.

-Pois é, grande dia. Até a noite.- digo e vou para o elevador.

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A faculdade definitivamente era tediosa comparada ao meu emprego, bem, estudar odontologia é bom, mas transar é do caralho (literalmente).

E a melhor parte é receber um trabalho e saber que você ter tempo de fazê-lo. Tudo corria bem, pelo menos até a hora do intervalo, seria a primeira vez que encontraria Caroline depois de dar um tempo em nosso relacionamento, eu podia ficar dentro da sala, mas isso me daria um ar de culpado, deveria eu sair e agir como se nada tivesse acontecido? Não, poderia parecer indiferença. Dar uma de sofrido? Bem, isso daria a entender que eu ainda queria ficar com ela.

Entre tantas probabilidades decido pela menos difícil, sair e rezar para não ser visto.

Isso funcionou muito bem pelos primeiros quarenta e cinco segundos, até Tina me chamar com um grito que toda a faculdade ouviu. Finjo estar feliz por finalmente ter as encontrado.

-Ah, aí estão vocês.- na mesa estava Caroline, Tina e Igor-Então, feliz Páscoa atrasada, me desculpem não ter respondido às mensagens, estava viajando a trabalho.- digo tentando ser convincente.

-Ah tudo bem. Posso imaginar como o emprego novo é cansativo.- diz Caroline, percebo que ela se referia ao fato de ter pedido um tempo.

-Pois é.

-Está trabalhando aonde?- pergunta Igor curioso.

-Na Imperial Construtora.- digo meio incomodado, eu sabia que aquele sempre fôra o sonho dele, imediatamente seu queixo cai.

-Não acredito. Como você conseguiu? Toda vaga lá é disputadíssima.

-Pois é, acho que souberam da minha história e tiveram pena, mas sou só um faz-tudo.- digo tentando desviar.

-Ah! Pára de mentir Sebastian.- grita Valentina, a observo assustada.- É óbvio que te contrataram por que você é um homão da porra! Aposto que aquelas tias quarentonas ficam loucas quando você passa.

Todos riem, eu apenas tento acompanhar, as idéias de Tina começavam a ficam preocupantes.

-Então Sebastian, já conheceu o Imperador?- perguntou Igor.

-O que ? Não! Eu já disse, sou só um faz-tudo.- digo nervoso.

-Calma rapaz, é só brincadeira, ninguém nunca viu o dono da empresa, ele é praticamente uma lenda, o cara criou a empresa do zero.- diz.

-Sério isso?- pergunto e ele assente.

-Mas é claro que não aparece, alguém cresce rápido assim só pode significar uma coisa.- diz Caroline.

-O que?- pergunto.

Mas nesse momento o sinal toca e ela se levanta.

-Foi mal, agora eu tenho prova, até depois.

Sem o que fazer sigo para minha sala, as aulas seguiram normalmente mas a  verdade era que eu mal estava prestando atenção, tudo o que eu queria era uma resposta, e sabia que o único que poderia dar realmente era Trevor.

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