Remus, Aurora e Sirius estavam se evitando depois do acontecimento em Hogsmeade, eles procuravam ficar um longe do outro e a jovem de cabelos áureos estava magoada com a situação, mas por fim, ela resolveu esconder os seus sentimentos de todos os seus amigos, com a exceção de Dorcas Meadowes.
— Você precisa comer. – Dorcas empurrou um prato cheio de tortas de abóbora para Aurora — Ou vai acabar ficando doente. Aurora, você pode prestar atenção em mim?
— Eu não quero comer nada. – Aurora olhou na direção de Remus que havia se sentado em um canto afastado da mesa — Ele parece estar melhor sem mim.
— Aurora, você não fez nada de errado. – Dorcas confortou a sua amiga — Você sabe que Sirius errou em te beijar na frente do seu namorado.
— Eu deveria ter evitado ele.
— Você pode parar de se culpar? Sirius foi um idiota e Remus está sendo idiota em ficar te evitando sem nenhum motivo.
— Eu só quero chorar, Dorcas.
— Nem pensar, Aurora! - Dorcas repreendeu a sua melhor amiga — Você não vai chorar por causa deles. Eu não dou dois dias para ele voltar a falar com você.
— Eu não dou uma hora para ele terminar comigo.
— Você é tão desanimada. – Dorcas deu risada.
— Obrigada por me confortar bem, Dorcas.
— De nada. – ela parou de dar risada e olhou para a entrada do Salão Principal — Veja só o traidor de amigos entrando para o almoço.
— Você acha que eles já voltaram a se falar?
— Não. Ele está vindo na nossa direção. Vamos fingir que ele não existe, Aurora.
Aurora e Dorcas desviaram o seu olhar e Sirius passou ao lado delas no mesmo momento em que um pergaminho médio caiu no chão.
— Se você não pegar esse maldito pergaminho, eu pego. – Dorcas sussurrou.
— Mas você falou para nós fingirmos que ele não existe, Dorcas!
— E ele é um papel?
— Tudo bem. – Aurora pegou com cuidado o pergaminho e entregou para Dorcas — Leia você.
— Ele pediu desculpas e escreveu que foi um idiota e sem noção.
— Verdade? – Aurora arregalou os olhos e arrancou o pergaminho das mãos de sua amiga — Por Merlim, ele assumiu que é um idiota e sem noção.
— Marlene deveria aprender com ele. – Dorcas riu e tomou um gole do seu suco de abóbora — Você vai aceitar as desculpas?
— Não.
Aurora se levantou da mesa da Grifinória, jogou o papel dentro de um cálice de água e teve a convicção de que Sirius havia visto a sua reação. A garota de cabelos loiros atravessou o Salão Principal mas uma coruja impediu a sua ida para o pátio ao jogar uma carta em seus pés. Ela abriu a carta após ver quem havia lhe enviado, era de sua mãe. A carta estava manchada com marcas de lágrimas.
Aurora,
Eu sinto muito por estar lhe contando uma coisa tão ruim sem poder olhar em seus olhos. Não conte ao seu irmão. O seu pai sofreu um acidente e infelizmente não conseguiu resistir. Sinto muito mesmo.
De sua mãe.
Aurora sentiu o seu coração ardendo em seu peito e precisou se apoiar em um canto da mesa da Grifinória para não desmoronar ali mesmo. Alguns alunos a encararam com um olhar confuso e ela só sentia vontade gritar para todo mundo dar ouvidos. Mas, ela só teve forças para cair no choro como uma criança.
— Aurora? – Lily colocou a mão sobre o ombro de Aurora — Você está bem?
Aurora guardou a carta em sua mochila e correu até o corredor ao lado do Salão Principal. Ela não precisava falar com ninguém, só precisava de um tempo para entender o porquê de coisas tão ruins estarem acontecendo em sua vida ao mesmo tempo.
— O que aconteceu, Lily? – Remus perguntou ao ver a menina de cabelos ruivos voltando para a mesa com um olhar extremamente preocupado — Ela está bem?
— Ela não está nada bem. Você não viu o que aconteceu? Ela saiu correndo e chorando.
— Ela leu um papel antes de sair correndo do salão. – Peter comentou — Aurora deve ter lido alguma coisa que a fez chorar daquele jeito.
— Eu vi o Sirius jogando um papel do lado de Aurora.
— Sirius? – Remus encarou Lily com uma expressão desconfiada em seu rosto. Ele olhou para Sirius que estava sentado no final da mesa com James.
— Remus, não pense em fazer o que você está pensando fazer. – Lily o advertiu — Você vai ser expulso.
— Por quê? – Remus se levantou da mesa — Ele errou duas vezes seguidas.
— Ele é seu amigo! – Lily deu um soco na mesa e viu Remus se afastar até Sirius — É um completo idiota.
O garoto chamou Sirius até a entrada do Salão Principal e eles ficaram se encarando por alguns minutos. Remus cerrou os seus punhos e atingiu um soco em cheio na direção do nariz de Sirius, o garoto sentiu o impacto em seu rosto e cambaleou para o lado.
— O que você escreveu naquele maldito papel? O que você escreveu? – Remus gritou bem perto do rosto de Sirius.
— Você está maluco? – Sirius gritou enquanto passava a mão em seu nariz dolorido – Eu pedi desculpas para a sua namoradinha e ela jogou o meu bilhete dentro da água. Você quebrou o meu nariz!
— Cala a boca! Como eu posso acreditar em alguém como você?
— Alguém como eu? – Sirius avançou para cima de Remus com as sobrancelhas franzidas. Ele foi segurado por James após um tempo — Me larga!
— Vocês vão ser expulsos se continuarem com essa briga ridícula! – Lily interferiu aos gritos histéricos.
— Briga ridícula. – Remus caçoou — Ele beijou a minha namorada na minha frente e eu estou errado em ficar bravo com ele! – ele gritou de novo e avançou na direção de Sirius.
— Vocês dois! Parem!
Aurora interferiu na briga ao escutar os gritos histéricos de Remus e Sirius. Ela se colocou entre os dois garotos e começou a gritar sermões para eles enquanto era assistida por todos os alunos que se reuniam no Salão Principal.
— Os dois erraram e nem se importaram comigo! Vocês só se preocupam em enaltecer o ego de vocês com uma briga. Os dois são completos idiotas!
Então, a voz severa da professora Minerva McGonagall ecoou no saguão e assustou todos os alunos que se reuniam para assistir a briga dos três adolescentes do sexto ano.
— Black! Lupin! Waterhouse! Na minha sala, agora!
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COURAGE - REMUS LUPIN
FanfictionEm meados da década de 1970, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts se tornou a segunda casa de Aurora Waterhouse, uma nascida-trouxa que tinha sido agraciada por uma habilidade conhecida como legilimência. Pertencente à Grifinória, a bruxa se enq...