CAPÍTULO TRINTA E OITO

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Uma brisa suave agitou as cortinas do quarto de Aurora, permitindo que os raios solares entrassem e despertassem Remus de uma noite boa de sono. Ele debruçou o seu corpo na cama e se deparou com a sua namorada dormindo como uma criança, arrancando-lhe um sorriso apaixonado por estar novamente com ela. O garoto se aproximou e começou a acariciar gentilmente a pele descoberta de Aurora.

— Isso faz cocégas, Remus. – Aurora cochichou.

— Eu não percebi que você estava acordada.

— Eu não estava, foi você quem me acordou.

— Desculpa. – ele riu e brincou com o cabelo sedoso de Aurora. Em seguida, Aurora encarou um brilho nos olhos do garoto.

— O que foi?

— Eu sou a pessoa mais feliz do mundo.

— Você já me disse a mesma coisa durante todos os últimos dias.

— É o preço por me convidar para passar as férias com você. – brincou Remus.

Aurora deu um sorriso tímido e o garoto bateu levemente com o dedo indicador em seu nariz. Ela poderia afirmar por todos os deuses do mundo que este verão fora o melhor de sua vida, e ela realmente não esperava admitir tal fato, já que havia discutido com Remus durante o ano escolar.

— Alguém não está nem um pouco feliz por não conseguir entrar em sua casa.

A risada de Remus invadiu os pensamentos de Aurora, e ela prestou atenção na janela do seu quarto. Uma coruja cinzenta batia o seu bico contra o vidro fechado da janela e ela carregava uma carta presa aos seus pequenos pés.

— Como você não viu a outra janela aberta?

A garota acariciou as penas da coruja e a ave retribuiu com uma fraca mordida em sua mão direita, deixando a carta enrolada cair aos pés de Waterhouse. Quando Aurora abaixou para pegar o pergaminho, a coruja voou pelo quarto até encontrar a janela para voltar ao seu destino inicial.

— É um filhote. Ela nem esperou você responder a carta.

— Provavelmente.

— Quem mandou? – Remus perguntou, curioso.

— Sirius. – Aurora reconheceu o envelope de outras cartas de seu melhor amigo. Ela abriu e leu em voz alta.

Aurora,

Acredito que já saiba que hoje e amanhã não estarei com os Potter. Os Van Storm me convidaram a pedido de Adhara para que eu ficasse por aqui por conta de nossa nova amizade. Já estava ciente pelos tios de Adhara. Joseph Van Storm me pediu para que eu distraíse a cabeça dos acontecimentos recentes que ocorreram na família deles.

Pode até debochar do quão nobre e bom estou sendo com ela, mas consigo ver explicitamente que Adhara não está nada bem e isso me preocupa, ela me ajudou na Torre de Astronomia e agora é a minha vez de retribuir esse favor.

Hoje consegui ver que por debaixo da fachada séria e sem emoção se esconde uma garota tímida e compreensiva com todos, além de existir alguém que ela ama, mas que é idiota o bastante para não perceber o que ela sente.

De Sirius Black, o amor da sua vida.

— É incrível a paixão de Sirius por socos. – Remus ironizou ao ouvir a assinatura de Sirius ao término da carta — Se ele ainda estiver gostando de você, eu vou amaldiçoar ele.

— Ele brinca assim o tempo todo. Eu não dou a mínima e você deveria fazer o mesmo.

— Tudo bem. – Remus resmungou e mudou o ritmo da conversa com um novo assunto — Você percebeu que ele acabou de se referir como um idiota na carta?

COURAGE - REMUS LUPINOnde as histórias ganham vida. Descobre agora