Os olhos de Aurora se abriram lentamente e ela sentiu as mãos geladas de Remus tocando o seu rosto para analisar a sua temperatura corporal. A garota estava pálida, com os olhos marejados de lágrimas e ligeiramente suada como reação da maldição que concedia dor ao oponente em um duelo. Era a pior sensação e era quase impossível acreditar que alguém faria esse feitiço sem ressentimentos.
— Por Merlim. – Sirius suspirou de alívio — Eu achei que você não fosse acordar tão cedo.
— Sirius, você pode ser menos desagradável?
— Eu estou preocupado, é diferente. – o garoto se indignou — Ela é a minha melhor amiga e é a sua namorada, se ela não acordasse, nós estaríamos ferrados.
Aurora demorou alguns minutos para entender a situação, o feitiço havia transtornado diversas partes de sua cabeça e ela sentia uma forte dor em seus músculos. Remus notou a expressão confusa no olhar de sua namorada e acariciou os seus cabelos loiros e embaraçados.
— Ei, está tudo bem. Estamos em um lugar seguro. – ele deu um sorriso fraco com a intenção de acalmar Aurora — Como você se sente?
— Fraca.
— Ela precisa de água e comida. É melhor voltarmos para a sua casa, Remus. – Sirius concluiu ao notar a palidez intensa no rosto de sua amiga — Agora, ou ela vai acabar morrendo aos poucos.
— Não seja dramático.
— É sério. Eu não quero que você fique sem ela por um descuido. – Sirius demonstrava seriedade em suas palavras — Nós chegamos lá em menos de um minuto.
Remus e Sirius apoiaram Aurora em seus braços e caminharam até a saída de uma casa abandonada em uma rua deserta. O caminho foi silencioso e eles chegaram em menos de cinco minutos na casa da família de Remus.
— Você é pesada, Aurora. – Sirius riu e colocou a garota no sofá junto de Remus. Ele recebeu um olhar fraco de Aurora e sentiu uma dor de cabeça insuportável. Ele se sentou no sofá e se contorceu para os lados.
— Ela pode estar fraca mas ainda tem os seus poderes.
— Desculpa, Aurora. Eu não queria te ofender com a brincadeira. – Sirius se desculpou com gritos abafados e fechou os olhos ao sentir a dor se afastando aos poucos — Eu tenho medo dela.
— Vá buscar água e alguma coisa para ela comer com a minha mãe. – Remus pediu.
— Eu sou o seu elfo doméstico?
— Se ela morrer, eu te mato. Você mesmo disse que eu poderia perder ela por um descuido. – Remus retrucou com o garoto — Você só pode estar brincando comigo.
— Já vou.
Sirius resmungou algumas palavras sem nexo e arrastou os seus pés em direção a cozinha para buscar água e comida para Aurora.
— A minha cabeça está latejando de dor. – Aurora falou com dificuldade e Remus a olhou com atenção e carinho.
— Eu imagino mas você vai ficar melhor, eu lhe garanto.
— Aqui.
O garoto de cabelos escuros voltou com um cálice de água e um prato com tortas de abóbora e estava acompanhado da família Lupin e do irmão mais novo de Aurora Waterhouse, Edward. O menino de onze anos correu até a sua irmã e segurou a sua mão com cuidado e preocupação.
— O que aconteceu com vocês? – Lyall perguntou.
O garoto com cicatrizes lupinas envolvendo o seu rosto contou sobre o acontecimento recente. Por fim, Lyall decidiu comunicar imediatamente o Ministério da Magia sobre o ataque violento aos garotos.
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COURAGE - REMUS LUPIN
FanfictionEm meados da década de 1970, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts se tornou a segunda casa de Aurora Waterhouse, uma nascida-trouxa que tinha sido agraciada por uma habilidade conhecida como legilimência. Pertencente à Grifinória, a bruxa se enq...