CAPÍTULO TRINTA E TRÊS

8.2K 917 575
                                    

Sirius e Aurora colocaram em prática o seu plano para encontrar Edward. Sem muito sucesso, eles pararam em uma região mais distante da floresta, montando ali uma barraca para passarem a noite, com a ajuda de suas varinhas. Os dois jovens a protegeram com alguns feitiços em caso de serem encontrados por um aliado de Voldemort.

Há dois dias, eles procuravam pelo menino em todos os locais possíveis. Aurora se segurava para não desabar em lágrimas por pensar em inúmeras possibilidades do que teria acontecido ao seu irmão, enquanto Sirius tentava a acalmar, sem êxito.

Aurora sentou-se ao lado de um arbusto ao lançar o último Protego sobre o abrigo antes da calada da noite, e pensou na discussão com Remus. Ela levou um choque de realidade quando se lembrou do acontecimento, depois desejou, infantilmente, que Remus não teria surtado daquela maneira e era apenas um pesadelo. Entretanto, apenas ela e Sirius, sentado ao seu lado, estavam na busca por seu irmão. Aurora encarou o seu amigo de canto e pousou a sua cabeça em seu ombro esquerdo delicadamente.

— Ele vai voltar.

— Não vai. – Aurora retrucou e balançou a sua cabeça para os lados — E se voltar, eu não quero olhar para ele por um bom tempo.

— Sei. – Sirius riu — Você não está preocupada com ele?

— Não. – ela mentiu, descaradamente — Estou preocupada com Edward. Fico pensando se vou conseguir vê-lo de novo. – Aurora fungou e esfregou suavemente a mão em seus olhos.

— Ele está bem, Aurora.

— Eu espero.

Eles se levantaram e entraram na cabana provisória, afim de descansar para o dia de amanhã. Aurora não pregou os olhos por muito tempo durante a noite, ela se revirara sobre as mantas que havia conjurado sobre o chão gélido. Por outro lado, Sirius dormia profundamente como uma criança, ao lado de Aurora.

A jovem não conseguia parar de pensar em Remus, e apenas desejava receber uma carta de seu namorado sobre a sua situação. Ela sentia remorso em relação às palavras do Aluado sobre a sua animagia, mas era impossível não ponderar sobre ele.

Quando Aurora acordou no dia seguinte, levou alguns minutos até lembrar da real situação. Ela pulou da cama e viu Sirius roncando, então, mexeu as mãos sobre o cobertor do garoto para acordá-lo.

— Sirius. É hora de acordar.

— Não. – murmurou, como uma criança de dez anos — Cinco minutos.

— Levanta, Sirius! – Aurora gritou e empurrou o seu amigo no chão gélido da cabana. O garoto se assustou e sentou. Depois, Sirius encarou Aurora com os olhos inchados de sono — Eu não vou mandar de novo.

— Droga, eu estou cansado.

Ela e Sirius tomaram café em silêncio. Sirius notou o olhar cansado de Aurora após uma noite sem um descanso válido. Quando terminaram a refeição, eles arrumaram os seus pertences, mas Aurora demorou um certo tempo para escrever uma carta para Remus. Ao vê-la escrevendo as saudações, Sirius balançou a cabeça como descrença e pigarreou, chamando a atenção de Waterhouse.

— Você falou que não estava preocupada com ele.

— Segundo a carta, não sou eu quem se preocupou com Remus. – Aurora assinou o pergaminho com as iniciais de Sirius. O garoto desacreditou de sua atitude e deu uma risada sarcástica — Parece a sua letra, não?

— Nem um pouco. – Sirius duvidou, e espiou sobre a carta — É mentira. Pode admitir que me usou durante a noite para escrever a carta, Aurora.

— Eu não sou idiota, Sirius.

COURAGE - REMUS LUPINOnde as histórias ganham vida. Descobre agora