Maria flor

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Da janela do meu quarto eu vejo os piscas -piscas brilhando, as árvores de natal enfeitadas, umas grandes, outras pequenas, vejo crianças sorridente abrindo presente e recebendo abraços calorosos dos pais. Nunca tive uma família de verdade sempre estive aqui neste orfanato, fui trazida para cá quando ainda era recém -nascida, fui encontrada jogada numa lata de lixo. ..Hoje vivo aqui de favor, já completei meus 18 anos era para mim já ter saído daqui para dar lugar a uma criança mas por eu ter repetido um ano na escola eu só vou me formar esse ano então a diretora me permitiu ficar aqui até me formar.
- Maria flor, estamos te esperando lá embaixo no salão.
A voz retumbante de larissa ressoa, ela é a encarregada da faxina aqui no orfanato, ela não gosta de mim, está sempre fazendo questão de me lembrar que estava na hora de eu ir embora .Hoje tem uma comemoração de natal aqui devo dizer que odeio, são tão frias, todas as crianças ficam com aquelas caras triste não suporto isso.,mas não quero ser chamada na diretoria então me encaminho para o salão. Os outros órfãos estão sentados na beira da pequena árvore feita de litros  descartáveis, abrindo os poucos presente que continha ali, esses presente era doado por aquelas pessoas que queria se sentir melhor no natal então fazia uma boa ação. Eu me sento afastada num puf velho e fico pensando em como sentirei saudades desses pestinhas,eles me vêem como a irmã mais velha. .
- florzinha, florzinha olha só o que eu encontrei  !!!!!
Eu nem precisava olhar para saber quem era dona daquela voz doce ,eu a pego no colo  e encho de beijinhos sua bochecha rosada. Era  belinha, a órfã mais nova do orfanato, ela tinha 6anos, e era como se fosse a mascote daqui todos bajulava muito ela.
-gostou  florzinha?
Ela segurava um urso de pelúcia velho com alguns remendos, seus olhos brilhava como se fosse o melhor presente do mundo.
-É maravilhoso belinha
-é para vc florzinha.
Ela estende o urso  na minha direção e eu sinto os meus olhos marejarem ao pegar -lo.
-obrigada princesa, e eu também tenho um presente para você.
-o que é florzinha?
-feche os olhos e estenda a mão.
Ela assim o fez, e eu depositei em sua mão um saquinho de doces. quando ela abriu os olhos seu sorriso se ampliou e ela me abraçou apertado.
-obrigado florzinha.
Logo ela tava na beira da árvore dividindo os doces com as outras crianças. se a diretora soubesse que era eu quem invadia a cantina a noite para roubar doce eu estaria ferrada  ,mas valia a pena pra ver aquele sorriso das crianças.  sentamos ao redor da árvore e eu contei um conto natalino para as crianças, belinha adormeceu no meu colo, eu levei ela para o quarto, depositando ela na beliche..Fiquei olhando seu leve ressonar, me lembrando do quanto eu tive que insistir para a diretora deixar ela vir dormir neste quarto pois onde ela dormia as crianças mais velha batiam nela por acordar chorando a noite. Deitei na. minha cama que já estava pequena demais pra mim me abracei ao  travesseiro e chorei, chorei até o sono me invadir .



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Amor Improvável Where stories live. Discover now