Juliano vila -lobos

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Quem diria que eu estaria nesta situação,me sinto como um adolescente novamente, essa menina me põe louco. Percebo que a noção de amor que eu tinha era totalmente equivocada. O que sinto por essa menina é algo que não tem como explicar,só a sua singela presença me basta.
-Está com a cabeça aonde? indaga Manuel
-ora, ora, minha cabeça está no lugar de sempre.
Continuo a fazer o requeijão  amanhã levaria para vender na feira, me orgulho de ser o melhor neste quesito. Então vejo minha filha correndo em minha direção gritando, eu e Manuel largamos tudo no mesmo instante e fomos ao seu alcance. seguro ela pelos ombros.
-Que aconteceu minha filha?
-mari.....Maria. .....ca ca.....caiu
-caiu? da onde filha?
-Do. .do.....do pé de pitomba
Não vi nada, sentir como se o mundo girasse de cabeça para baixo. Então comecei a correr, quando mais me aproximava mais medo tinha. Logo eu a vi, deitada no chão de bruços  parecia morta. cair de joelho ao seu lado, e peguei ela no colo, do seu nariz e da sua boca saia sangue. A essa hora já estava rodeado de gente,laurinha chorava num canto.
-Ela está viva? indaga Manuel
Averiguei e para meu espanto ela não tinha pulso.
-Ela não está respirando. indaguei .
O silêncio prevaleceu e eu me vi curvando sobre o corpinho frágil de Maria flor e colando meus lábios aos dela tento lhe enviar ar,vida,.Não sei quanto tempo fico fazendo respiração boca a boca só paro quando sinto sua respiração normalizando. Ela está viva, viva. Me levanto com ela no meu colo.
--Manuel vamos para o hospital agora .
Manuel me segue até o saveiro, logo estamos cortando estradas ,ele dirije, eu estou sentado no banco de trás com flor no meu colo,ele acordou mas parece atordoada.
Já faz uma hora de que flor entrou na emergência.,fico andando de lá para cá numa atitude clara de nervosismo. O médico nos informou que agora flor passa bem, ela teve sorte dizendo ele pois só quebrou uma costela,ela terá alta amanhã, dormirá aqui hoje em observação.Mandei Manuel buscar uma muda de roupa para mim hoje pois vou dormir aqui no hospital. Entro no quarto imensamente branco e a vejo encolhida na cama .Me aproximo lentamente, ela dorme serenamente como um anjo. No seu rosto há uns arranhões, e uns hematomas roxos que eu não havia visto antes, acaricio sua bochecha que antes era rosada mas agora está pálida.
-Ela está sedada, só acordará mais tarde.
Me viro e encontro uma enfermeira .
-Ela ficará bem?
-Sim . amanhã sua filha poderá ir para casa.
-Ela não é minha filha.
-Desculpe
Ela saiu do quarto e eu fiquei novamente sozinho com flor.Filha"""se eu quisesse ficar com flor eu teria que aceitar que esses pequenos enganos seria algo constante.
Mais tarde Manuel chegou com minhas roupas,e uma peça para Maria flor ,ele se ofereceu para ficar mais eu não aceitei queria eu ficar pessoalmente . Sentando numa cadeira próximo a Janela vejo o dia converter em noite, uma noite fria e triste sem nenhuma estrela no céu.
-juliano. .....
Essa voz, me viro e encontro aquele par de olhos azuis fixos em mim, me aproximo da cama e pego sua mão entre as minhas.
-Estou aqui anjo
-aonde estou?
-No hospital, você caiu de uma árvore.
-é mesmo. ....eu. ...achei que fosse morrer
-Não fala isso nem de brincadeira.
Ela tenta se levantar e solta um gemido de dor, eu a amparo no mesmo instante.
-Não levanta querida  você quebrou uma costela
-sério?
-sim.
No dia seguinte eu levantei com uma senhora dor nas costas após dormir na cadeira. Tomei um banho e fui para a lanchonete do hospital tomar um café. Quando
voltei as enfermeira já havia ajudado flor tomar banho .Ela estava vestida a roupa que Manuel havia trazido. Mais tarde o médico deu alta mais recomendando repouso absoluto, nada de estripulias,pela cara dela percebi que teria trabalho para manter -la na cama. Lá para as 10 da manhã Manuel veio nos buscar, eu levei flor no colo até o carro, paramos para comprar os remédios para dor que o médico receitou. Flor foi deitada no banco de trás do carro com a cabeça no meu colo,eu me vi acariciando seus fios loiros. chegando em casa eu a carreguei no colo escadas acima pois ela estava sentindo muito dor,  pedi para dona nana preparar um chá e trazer aqui.Flor tomou o chá, e logo estava dormindo recostada em travesseiros.  Olhei para aquele rostinho lindo e agradecir a Deus por não ter tirado ela de mim, agora sei que não viveria em um mundo que ela não existisse  .









Amor Improvável Where stories live. Discover now