Solidão

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Já faz uma semana que belinha foi embora, me pego lembrando dos seus olhinhos triste ao se despedir, sei que se eu tivesse pedido para ela não ir ela teria me obedecido. Mas como podia eu  impedir que ela tivesse um futuro? que tivesse pais que a amavam  ? creio que uma parte de mim fica feliz por ela estar sendo feliz, e  a outra fica triste por ela estar sendo feliz sem mim .
As horas se arrastam, vejo a professora escrevendo no quadro enquanto balança seu  bumbum avantajado, os meninos faltam babar atento ao movimento da professora. Me sinto aliviada por saber que daqui a dois dias
será a formatura ,poderei  sumir no mundo trilhando meu próprio caminho.
Chegando  no orfanato me deito em minha cama que já estar pequena demais para mim,minhas pernas ficam dependurada  ,  abraço um travesseiro e deixo as lágrimas rolarem. Não consigo aceitar que simplesmente não verei belinha mais, ela era como se fosse  minha irmã, eu aprendi a amar com ela, antes dela eu não amava nada nem ninguém mais ao vê-la  eu comecei a crer na vida, no amor, crer em Deus. Ela preencheu  minha vida, fez com que eu tivesse motivo para existir. Me levanto, vou até o espelho e nele está refletida uma menina pálida com os olhos vermelhos, e diante daquela estranha eu faço uma promessa  .                                      
Não importa o que aconteça eu serei feliz, nem que seja preciso raptar a felicidade e prende-la num potinho.















Amor Improvável Where stories live. Discover now