Maria flor

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Vejo os raios de sol atravessarem o vão da minha janela, me  levanto ,tomo um banho demorado,visto uma bermuda preta, uma regata branca, um allstar. Me olho no espelho, olheiras rochas enfeitam os contornos de meus olhos ,também pudera desde que juliano me deixou no meu quarto não consegui pregar os olhos .Via ele em tudo, na parede, no teto, no meu edredom, ainda sinto seu cheiro em mim ,impregnado na minha pele, na minha alma. Batidas insistente na porta me desperta do meu torpor, corro e abro a porta. Laurinha estava parada com o uniforme azul da escola e uma escova de cabelo nas mãos.
-Penteia meus cabelos florzinha! !!!!
-Entra aí amor
Ela entra no meu quarto e se senta na ponta da cama, eu desembaraço seus cabelos e faço duas Maria chiquinha, ela ficou linda.
-Está linda Laurinha para suas voltas as aulas.
Ela mira no espelho e remexe de lá para cá.
-Fiquei mesmo florzinha, obrigada  .
Eu abracei ela  apertado, eu amava essa menina, ela me fazia sentir completa .
-Eu queria que você fosse minha mãe
Eu olhei para aquele rostinho tão doce e tão parecido com o pai e desejei no mais profundo do meu ser que tivesse sido eu sua mãe.
-vamos tomar café ,senão você vai se atrasar.Apos o café,Manuel foi levar laurinha para a escola, ela queria que fosse seu pai a levar- la mas este não podia ,estava cuidando da vacinação do gado. Com laurinha na escola eu fiquei praticamente sozinha, logo fui ajudar dona nana nas tarefas domésticas .vespando a hora do almoço, Juliano chegou em casa,tomou um banho e deitou. Pela sua expressão notei que ele estava muito cansado. Manuel foi buscar laurinha na escola, eu fui com ele,adorava passear ver coisas novas,fiquei olhando pelo vidro as vitrines das lojas.  Na volta eu e laurinha viemos cantando e batendo nas poltronas como se fosse instrumentos. Assim que chegamos laurinha correu para o quarto afim de trocar de roupa logo desceu as escadas de mãos dadas com seu pai, reparei que eles ficavam lindo junto. No almoço laurinha contou como foi a volta às aulas, as novas amigas que fez, a professora nova que entrou, a nova merenda etc. Juliano apenas concordava, não dizia nada, noto que ele está silencioso demais,será o que aconteceu? tem haver comigo?
Depois de almoço ele me chama para ir com ele até a cachoeira, meu coração salta em meu peito em expectativa . Quando chego na baia juliano já está lá segurando seu corcel negro.
-cadê  a egua castanha? indaguei
-Hoje estou com pressa você vai comigo.
Me aproximei pisei no estribo e fiz força logo estava no lombo do corcel . juliano sentou na minha trás pegou a rédea de minhas mãos, logo estava num galope desenfreado atravessando campinas . Posso sentir o corpo másculo de juliano encaixado ao meu, suas pernas musculosas roçando as minhas que estão nuas. ,sua respiração bafejando meu pescoço, olho pra cima, ele está distraído olhando a paisagem. Em poucos minutos estamos chegando na cachoeira, ele amarra o cavalo no tronco e seguimos a pé por entre as vegetação,desta vez ele não pegou em minha mão. chegamos enfim, o barulho da água caindo parecia cada vez mais alto, eu abaixei e toquei a água que estava definitivamente fria.
-Flor eu te trouxe aqui por que quero conversar sério com  você. indaga juliano
Ele está sentado sobre a relva, ,me sento ao seu lado.
-Qual o problema? indago
-isso que está havendo entre nós tem que acabar!
-Não entendi
-É. ...esses beijos que temos trocado,isso não vai nos levar a nada, você é uma criança ainda, e eu tenho idade para ser o seu pai.
-Primeiro juliano eu não sou uma criança, segundo você não é meu pai, por que não podemos nos beijar se é isso que queremos.
-já imaginou o que dirão as pessoas?
-Quem  liga, o que importa é nós dois.
-Menina, menina .....o que você espera de mim?
-Não sei, só o que eu sei é que não quero parar o que começamos.
-você me quer criança?
-Quero muito.
Num instante ele me puxa para seu colo e quando percebo seus lábios já atacam o meu com fúria ,suas mãos vagueiam pelas minhas costas me causando sensações desconhecidas.Fico sem saber o que fazer, tentando acompanhar seu ritmo frenético. Ele desliza os lábios de minha boca e desce para meu pescoço depositando beijos molhados depois sobe seus  lábios e sussurra no meu ouvido.
-Pode me tocar também eu sou todo seu.







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Amor Improvável Where stories live. Discover now