Juliano vila -lobos

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Papai"" Essa palavra fica martelando na minha cabeça durante o dia todo ,me revira o estômago, injeta minhas veias de ódio.Levo uma colher de comida a boca que desce amarga por minha garganta.
-Que foi menino não gostou
da comida hoje? indaga nana
-Não é isso nana, só que estou sem fome.
Me levanto da mesa deixando o meu prato cheio e vou descansar na rede. Vejo uma sombra se aproximando lentamente.
-Juliano, me perdoe atrapalhar o seu descanso mas preciso lhe falar seriamente.
- Filomena minha cara, diga logo o que quer.
-Eu fiquei sabendo de umas coisas que não me agradaram em nada, eu queria esclarecer com você.
-Fala de uma vez ,sem rodeios
-Me contaram que você está tendo um caso com a pirralha que está vivendo aqui, pelo amor de Deus juliano ela é uma criança. Se você está precisando de mulher vai até a cidade pague uma. ...
Eu a interrompi no mesmo instante, raiva faiscando dos meus olhos .
-A vida é minha não aceito opinião de ninguém, quem você acha que é para vim aqui me insultar dessa maneira, vá para o inferno você e quem está te mantenho a par de minha vida
-só lembrando que não permitirei que minha neta cresça debaixo desse antro de perdição.
A essa hora estou em pé, apontando o dedo na sua cara digo :
-Escuta uma coisa Filomena, ela é minha filha, minha filha entendeu? Nem pense que deixarei você tirar ela de mim antes disso eu te mato com minhas próprias mãos.
saio a longas passadas subo as escadas correndo , ao passar em frente ao quarto de flor percebo que a porta está aberta sem pensar entro que nem um furacão . Logo ela sai do banheiro descalça vestindo um roupão curto que alcança metade de sua coxa, seus cabelos loiros caem em ondas no meio de suas costas, neste instante não vejo uma menina mas uma mulher. Ao me ver ela solta um gritinho, e me manda sair do quarto,eu giro a chave na fechadura e ponho a chave no meu bolso. 
-saia do meu quarto agora! !
-Não saio, primeiro temos que conversar filhinha.
Me aproximo dela que encosta na parede,logo colo meus  lábios   nos delas é dou início a um beijo intenso
. Ela responde com ardor ,suas mãos delicadas agarradas a minha blusa .Paro o beijo e dou um sorriso cínico ,ela me olha confusa .
-- Muito bem, você foi uma boa aluna.
-como?
-Não é isso que você está fazendo, usando o papai aqui para ganhar experiência.
- Não é isso juliano, eu te chamei de pai aquela hora por que eu estava com raiva de você.
-Por que será que não acredito
--sai do meu quarto.
-com prazer! !
Dito isso eu saio do quarto, com um sorriso zombeteiro  ,mas assim que a porta se fecha as minhas costas ouço um choro abafado, e isso é como um punhal enfiado no meu coração.

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Amor Improvável Où les histoires vivent. Découvrez maintenant