Juliano vila -lobos

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'''Uma selva de concreto ''''Quem assim definiu as cidades grandes estava coberto de razão, o barulho intermináveis, o  trânsito caótico, motoristas mal educados, o calor exubitante. Me sinto asfixiado vestido uma calça jeans preta ,uma blusa social azul escuro, um coturno. Pulo da minha saveiro e adentro aquele monstro de concreto pálido que é o hospital. Caminho lentamente pelos corredor brancos, pego informações na recepção e marcho para o quarto designado. Fico parado na porta com a mão na maçaneta, me pego querendo voltar, esquecer  ,a quanto tempo não a vejo. 
-Pode entrar
Me viro encontrando cara a cara com uma enfermeira baixinha '''',bom talvez ela não seja tão baixa, pela minha altura todo mundo fica baixo perto de mim. Eu respirei fundo e abrir a porta, caminhei lentamente até a cama, não se ouvia nada além do bip, bip dos aparelhos. Sofia estava  dormindo serenamente, seus cabelos negros espalhados pelo travesseiro, se pode notar várias rugas em seu rosto,.Posso notar através dos lençóis que ela engordou, não é mais a garota franzina de anos atrás. Ela se move na cama,logo seus olhos azuis me miram surpresos.
-Juliano, você veio !!!!!.
-Sofia. ....
Olho ao redor, vejo as paredes do quarto extremamente brancas, me pego indagando o por que tudo em hospital tem que ser branco .Tenho fobia a hospital, lembro que a um ano atrás eu praticamente vivia aqui.
-Achei que não veria, !!
-Na verdade eu deixei muita coisa para trás sem fazer para estar aqui.
-continua o mesmo bruto de sempre.
-e você a mesma cobra
-Na verdade não a mesma, estou velha e acabada agora.,mas você continua lindo.
-Me diga logo o que  você quer?
-você me odeia né querido?
-Tenho motivos de sobra para isso
-se passaram tanto tempo.
-Eu ainda sinto  como se fosse hoje 
-como está a sua filha?
-Muito bem.
-Não acreditei quando você resolveu se casar com  aquela mulher, logo ela, por que não podia ser outra.
-Ninguém manda no coração. .
-por tantos anos eu te amei, eu merecia seu amor juliano, eu apenas eu. ..
-você é louca Sofia, eu era uma criança.
-Eu te esperei durante anos, eu deixei de viver esperando você. Aí quando você cria idade suficiente você se apaixona por uma qualquer, só por que ela era fina, educada por grandes mestres.
-Não foi por isso, eu a amava
-me diga se você trocaria a gran fina por mim, a sua babá?
-Sofia sempre te vi como minha babá, só isso.  Eu te amava como a uma mãe, você cuidava de mim .
Sofia tinha o rosto em lágrimas, e o bip, bip do aparelho estava  acelerado . Me toquei que ela estava doente, não podia passar por estresse, como sempre  não consigo controlar deixo o homem frio e impiedoso me guiar. Passo a  mão no cabelo, gesto que faço quando estou nervoso.  Levo as mãos até o rosto  enrugado de Sofia e seco suas lágrimas ,subo minha mãe e acaricio seus cabelos pretos, com mechas brancas.
-se você tivesse sabido primeiro dos meus sentimentos teria ficado comigo apesar de nossa diferença de idade?
- claro que sim
-Eu tô feia né?
-está linda
-Está falando isso porque estou doente.
-claro que não
-Eu era bonita naquela época, mas quando eu senti que jamais o teria eu parei de me arrumar, não havia motivo mais, me tornei carrancuda, jamais permitir que alguém aproximasse, com isso a juventude se foi e fiquei assim uma velha solitária.
Não disse nada, olhei para ela mais uma vez, sentia pena, sofreu tanto, eu queria dizer que se o tempo voltasse nos teríamos ficado junto mas seria mentira, sempre a verei como minha babá, !!!!!
-sabe, eu não te chamei aqui para chorar picuinhas do passado, eu chamei aqui por que preciso de um favor.
- sei que vou morrer, e bom esse é meu último desejo, diga que vai acatar meu último desejo.
-Que é sofia?
-sou diretora em um orfanato e tem uma criança que precisa muito de um lugar para morar ,estabilidade sabe, eu preciso de que você a abrigue
-como? você quer que adote uma criança?
-não necessariamente, ela é adolescentes.
-Adotar uma adolescente? você está brincando comigo .
-Ela é uma boa garota, educada, eu devo isso a ela, foi ela que me salvou quando eu estava tendo o ataque cardíaco. Por favor não me negue isso.
-Quantos anos tem ela? não pode continuar no orfanato?
-Juliano, ela tem 18 anos só  deixamos ela ficar no orfanato para formar primeiro. . Ela terá que ir embora pra dar lugar para órfãos novos. Quero recompensar ela por ter me ajudado ,e só por um tempo até ela conseguir um emprego.  Ela pode te ajudar na fazenda, ela é uma menina esforçada .
Eu passo as mãos no cabelo,ando pelo quarto repetidas vezes, martelando  na cabeça, o que fazer.
-Tudo bem sofia, mas será por um tempo apenas,depois ela irá embora. entendido?
-claro, claro pequerrucho
Sorrio, ela me chamou pelo apelido que  me chamava  quando era criança.
-vou redigi uma carta, para você entregar a ela,explicando tudo.
-Qual é o nome dela?
-Maria flor! !!!!
-tchau sofia.
-tchau pequerrucho, obrigado
-disponha
-Me dá um beijo! !!!
-como?
-Sempre sonhei com meu primeiro beijo, era você quem me dava.
-sofia......
-será meu primeiro e meu último. ... por favor
Eu me vi sem saída, mas ao olhar aquela mulher decadente que um dia foi tão importante para mim  me fez tomar uma decisão. Eu me curvei e depositei um singelo selinho nos seus lábios.    Ela sorriu, seus olhos brilhando.
.-Te amo pequerrucho
Me virei e sair o mais rápido possível dali.










Amor Improvável Where stories live. Discover now