Maria flor

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Desde aquele dia não tive  mais um tempo a sós com juliano,  nossa relação se evaporou, não quero ver-lo sempre me escondo ou mudo a direção para não encontrar com ele .Doi demais ,me sinto como se tivesse arrancado meu coração com ferro em brasas. Laurinha voltou da capital, sua avó Filomena veio com ela. Parece que não agrado ela já que desde o início ela se mostrou fria comigo, quanto a renata ela trata como se fosse filha. Descendo as escadas eu encontro Filomena e Laurinha tomando um chá, Laurinha ao me ver larga tudo é vem correndo me abraçar. Eu abraço ela com força, pois ela é um pedacinho dele, são tão parecidos por um instante eu sinto meu coração errar uma batida.
-Estou indo subir no pé de goiaba, vamos?indaguei
-vamooos, ebaaaaaa. indaga Laurinha
--venha já para cá Laura  ,isso não é coisa para menina fazer. fala Filomena
-Mas vovó eu quero ir, papai deixa.
-já disse que não, senta aqui logo.
Laurinha cabisbaixa senta ao lado da avó.
-E quanto a você pirralha pare de chamar minha  neta para suas pilantragem. indaga Filomena
Não digo nada, abandono a sala logo estou sentada numa galha saboreando uma goiaba. vejo boa parte da fazenda daqui, os gados, os carneiros, porcos, salto no chão e vou andando por toda extensão, paro para colher uma flor e depositar no cabelo. Quando passo os peões para o que estão fazendo e me olha com desejo, ignoro o olhar ,para mim apenas um homem importa mesmo que esse homem não me queira. Por falar nele o avisto ao longe no seu corcel negro, penso em mudar de direção mas vejo que isso seria uma infantilidade da minha parte, então prosigo meu caminho. Dou umas duas passadas e me deparo frente a frente com juliano sob o seu corcel. Ele fica ainda mais imponente sobre o lombo do animal, tento tomar o autocontrole.
-O que está fazendo aqui? não sabe que aqui não é lugar de mulheres?
sua  voz sai rouca noto pelo seu semblantes  tenso que ele está com raiva ,quem devia estar sou eu não ele.
-Primeiro não te interessa, segundo eu não estou vendo nenhum letreiro escrito somente para homens.
juliano salta do cavalo no chão e me segura pelos braços.
-Controle essa língua na sua boca ou irei arrancar ela com meu canivete.
-Tá bom ficarei caladinha papai. ..
Ele dirigiu a mim um olhar mortal e saltou em cima do corcel logo só se ouvia o barulho dos cascos do cavalo.
Quando já não podia ver nem sombra dele, cai de joelhos no chão com o rosto banhado em lágrimas.


Amor Improvável Where stories live. Discover now