FANFIC - Bella Ciao (La casa de papel Fanfiction)

95: Outra parte da história

- A primeira coisa que vocês precisam saber é que tenho um sobrinho.

Com essa frase o professor começou a contar tudo que fez desde que eles deixaram aquele bunker em Madrid.

Ele contou que tinha um sobrinho de trinta anos chamado Pablo, filho do primeiro casamento de Berlim, quando ainda tinha dezoito anos. O casamento terminou quando o menino ainda era pequeno e como não terminou bem, Berlim nunca mais viu o filho, já que a mãe do mesmo ameaçou denunciar Berlim por seus crimes caso o visse novamente.

O Professor só descobriu tudo isso ao enterrar o irmão, pois o rapaz apareceu alegando que o homem era seu pai. Como forma de compensa-lo pelas dificuldades que ele e a mãe passaram durante todos esses anos, Sérgio comprou uma vinícola na Itália atendendo o desejo de seu irmão e deixando em nome do filho que ele havia abandonado há mais de vinte anos.

- E esse sobrinho é confiável mesmo? – quis saber Tóquio com sua desconfiança habitual.

- Depois de meses de convivência descobrimos muitas coitas em comum, mas obviamente a mãe dele não sabe como eu adquiri esses bens ou meu nome verdadeiro. Por isso peço que vocês não comentem nunca nada sobre isso perto deles. Ela ainda não confia em mim, por isso eles não passaram o natal aqui.

- Que linda história familiar Professor, mas o que isso tem a ver com o sequestro de Raquel e da irmã? – questionou Helsinque indo direto ao ponto.

- Achei que estava claro. Vamos mandar Laura para Florença. Pablo vai ajuda-la a se estabelecer lá, pensei em coloca-la trabalhando na vinícola também.

- Quem diria que alguma corajosa engravidou de Berlim – comentou Tóquio.

- Na verdade não me surpreende. Ele parecia ser muito contra eu engravidar você – lembrou Rio.

- E ele vivia se gabando que tivera várias mulheres – completou Nairóbi.

- Bem, não é a vida amorosa dele que está sendo discutida aqui. – O professor cortou o assunto pois embora admitisse os defeitos do irmão, não gostava de lembra-los especialmente estando este morto.

- Bem e quando vamos conhecer esse novo membro da gangue? – perguntou Denver com curiosidade.

- Eu espero que em breve. Vamos ver.

A curiosidade sobre Pablo demorou a cessar, mas quando finalmente eles se acalmaram, o professor pode finalmente repassar as informações para Raquel, que estava nervosa com a ideia de virar uma fora-da-lei.

- Você tem certeza que isso vai dar certo? Se algo der errado posso perder minha filha para sempre – lembrou ela de forma apreensiva.

- Você não vai perder sua filha. Confie em mim – garantiu o professor.

- Eu confio mas...

- Sem mas, ele a interrompeu aproximando o celular do rosto enquanto falavam pelo facetime. Olhe pra mim, acha que eu colocaria você em risco à toa? – perguntou de modo sério.

- Sei que não – afirmou ela com um sorriso. – Não aguento mais de saudades – confessou.

- Eu também mal posso esperar para ver você. Pode confiar no nosso plano. Deu certo da última vez, não deu? – ele a lembrou com um sorriso vaidoso.

- Quase não deu – provocou ela.

- Mas no fim deu tudo certo – garantiu.

- Porém eu espero que esse plano tenha menos surpresas desagradáveis. Eu não sou uma boa mentirosa – explicou.

- Você não vai precisar mentir, não se preocupe.

- Espero que não mesmo – alertou num tom amoroso. – Bem, preciso ir colocar Paula para dormir. Eu te amo.

- Também amo você. Tenha bons sonhos – respondeu mandando um beijo.

- Sonharei com você.

Ela desligou o celular e colocou Paula na cama. Depois quando ela mesma estava na cama fez algo que não fazia há muito tempo: ela rezou. Rezou e pediu aos céus que os planos funcionassem para que nem ela nem sua irmã precisassem ver Alberto nunca mais. Mas principalmente para que ficasse segura sabendo que nenhuma mulher que conhecesse ou viria a conhecer pudesse ser violentada por aquele homem sem caráter.

- Tudo vai dar certo... Tudo vai dar certo... – repetiu feito mantra até pegar no sono.