Capítulo 102: Natal parte 2

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Capítulo 102: Natal parte 2

Helsinque passou o Natal no apartamento novo que havia comprado para sua mãe. Parte da família estava reunida, inclusive seu novo namorado, um alemão chamado Karl que estava levando a sério ao ponto de apresentar para sua família como tal. Para sua surpresa nem sua mãe nem seus primos e tios pareciam surpresos com o fato de ele gostar de homens ou se interessavam em saber onde e como ele havia arranjado tanto dinheiro.

- Eu sempre disse que um dia as coisas dariam certo para mim – resumia ele toda vez.

- Bem, eu não posso esperar até a meia noite para dar meu presente, então vou aproveitar que estão todos reunidos aqui na sala para dar o seu – disse Karl de repente.

- Oras, combinamos que não precisava ter presente algum. Estar com todos vocês aqui já é um grande presente – afirmou ele com satisfação, erguendo o corpo de uísque e bebendo-o em seguida.

- Bem esse é um presente para nós dois, de certa forma – comentou Karl fazendo mistério enquanto ia para dentro e voltava com uma caixa azul com uma fita vermelha por cima. Helsinque sem cerimônia tirou a tampa da caixa e abriu os lábios em choque ao ver que seu presente nada mais era que um filhote gordinho de gato. O miado do bicho era tão fraquinho que nem dava para ouvir enquanto estava tampado.

- Ele tem me seguido a semana toda, achei que era um sinal que devíamos pega-lo – explicou Karl.

- Olha a barriga até parece com a sua – comentou um primo enquanto Helsinque tirava o pequeno de dentro da caixa. O filhote era coberto por uma fina camada de pelugem preta e tinha grandes olhos amarelos.

- Sei que não conversamos sobre isso antes mas... – antes que Karl terminasse Helsinque interrompeu:

- Eu sempre amei gatos, sabia? Sempre quis ter uma casa cheia deles e mamãe nunca permitiu.

- Você mal arrumava seu próprio quarto e esquecia de alimentar o peixe – defendeu-se ela.

- Esse aqui provavelmente vai se fazer visto para que eu não esqueça – riu ele. – Adorei o presente – virou-se para Karl que satisfeito limitou-se a tocar o ombro do amado para não constranger a família do mesmo. Afinal ainda era uma família bem convencional apesar de tê-los aceitado.

- Já tem um nome pra ele? – questionou Karl.

- Sim. Ele vai se chamar Oslo, como um grande amigo meu que não está mais aqui – afirmou com ar pensativo.

- Oslo? Eu gosto – ponderou Karl. – É por isso que você quer tanto viajar para Oslo? Porque lembra desse amigo?

- É sim – confirmou. – E já digo que quero ter vários gatos hein? Todos terão nomes de cidades. Já sei até quais cidades – continuou ele, com empolgação.

- Acho que você criou um monstro Karl – lamentou a mãe de Helsinque.

- Também estou achando – concordou o namorado- Bem, vamos deixar o pequeno descansar por enquanto, ele aparece assustado com tanta movimentação.

- É uma boa ideia – concordou Helsinque. – Enquanto você faz isso eu vou ligar para meus amigos antes que fique muito tarde para alguns deles. Por causa do fuso de horário – explicou.

- É claro – concordou Karl enquanto ele seguia para o quarto para fugir do barulho. Pensou que talvez fosse uma boa ideia mandar uma mensagem por áudio no grupo de whatsapp assim eles responderiam conforme pudessem. Então assim o fez.

Helsinque – 10:00PM

Boa noite pessoal, eu espero que todos tenham um natal maravilhoso e confesso que já sinto saudade de estar com todos vocês. É estranho passar esse feriado longe de vocês. Quero também dizer que temos um novo membro da turma: acabei de adotar um filhote de gato e resolvi chama-lo de Oslo. Em breve apresento Oslo a vocês. Bem, é isso, feliz natal galera.

Denver – 3:00am

Feliz natal meu amigo. Só estou vendo sua mensagem agora porque o bebê resolveu passar a noite de natal gorfando e estamos nos revezando aqui. Também acho estranho estar longe de vocês e espero um encontro da gangue em breve. Queremos conhecer o pequeno Oslo, mande fotos!

Nairóbi – 8:00pm

Feliz natal meus queridos, que seja um ano maravilhoso para todos nós. Melhoras ao pequeno Augustin e entro no coro dos que querem ver fotos do novo mascote. Ah, Helsinque seu malandro, mostre de uma vez as fotos do bofe, que estamos curiosos! Se tudo der certo, no nosso próximo encontro, vocês conhecem o meu filho também. Boa noite família.

Helsinque:

O bofe está ajudando a sogra a arrumar a mesa, mas não se preocupem que na próxima festa ele participa.

Tóquio: 3:10pm

Feliz natal povo! Nem fale em sogra, pois a mãe e a irmã do Rio já estão me enlouquecendo com o papo de casamento. Boa noite pra vocês, aqui ainda estamos fritando o corpinho no sol das três da tarde.

Nairóbi:

Sua louca, sai desse sol. Vai ficar tostada!

Tóquio:

Não se preocupe, mamãe eu passei o tubo de bloqueador solar, ou melhor, Rio passou em mim.

Nairóbi:

Poupe-me dos detalhes.

Tóquio

Eu não ia dar nenhum. Até porque não tem. Com a família dele aqui, temos zero tempo sozinhos.

Helsinque:

Vocês dão um jeito. Deram um jeito de ter um relacionamento escondido da gente por meses. Agora vou ter que voltar a interagir com o povo aqui. Boa noite família.

Helsinque desativou as notificações e colocou o celular no bolso, pois agora ele queria dedicar seu tempo às outras pessoas importantes de sua vida, porém a conversa prosseguiu.

Professor: 9:15PM

Boa noite meus queridos pupilos, que todos vocês tenham uma noite de natal como eu estou tendo aqui. Como vocês sabem, estamos na Itália e o tempo não poderia estar mais agradável, como vocês podem ver nas fotos que estou enviando. Denver, melhoras para Augustin, Helsinque, nos mostre fotos do novo mascote. Tenho certeza que Oslo gostaria da homenagem.

Rio: 3:30pm

Um feliz natal recheado de presentes, comilança e bebedeira a todos. Amo todos vocês. MUITO!

Tóquio: 3:31pm

Rio já está bêbado, ignorem tudo que ele falar daqui pra frente. Fui.

Helsinque

Não aguentei e vim aqui conferir as mensagens de novo. Feliz natal professor, lindo lugar, parabéns. Tóquio e Rio segurem a onda ai pois vocês nem chegaram na janta ainda. Prometo que depois mando fotos do bofe e de Oslo, fui.

- Chega de mexer nesse celular – a mãe de Helsinque criticou, batendo no braço dele como se fosse uma criança.

- Prontinho – disse ele colocando o telefone no bolso e dessa vez para valer.

- Prontinho – disse ele colocando o telefone no bolso e dessa vez para valer

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