Primeira (des) ordem.

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POV Elena Gilbert

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POV Elena Gilbert.

  Elena não sabia se existia alguma organização responsável pela fiscalização de serviços demoníacos no mundo - uma espécie de PROCOM espiritual ou algo do gênero que colocasse seres como o Salvatore na linha e deixasse seres como Elena, tranquilos- mas o fato é que, em sua humilde e importante opinião de cliente, deveria existir.

  Sempre pensou em demônios (Não que antes acreditasse na existência deles, mas sua imaginação era fértil) como seres ardilosos e pouco confiáveis, e um departamento de fiscalização seria muito útil para as vítimas considerando esse ponto.

  O contrato pouco formal também não a agradara muito. Perdeu três gotas de sangue que poderiam ser extremamente necessárias para o seu organismo no futuro (Não, ela não estava exagerando, ela poderia ficar anêmica um dia e sentir falta das suas gotinhas, Ok?); perderia sua alma no final de seis meses, passara por momentos levemente constrangedores por causa do imbecil do seu novo servo (HAHA, chamá-lo de servo era uma parte muito boa dessa história toda!) e em troca não recebera nenhum comprovante de... "Pagamento" autenticado no cartório, ou um controle remoto que pudesse ser usado para que Damon a obedecesse.

  Tinha que admitir, entretanto, que vira – por acidente, ela tinha que deixar claro- nas costas nuas de Damon, um pentagrama invertido igual ao do seu amuleto surgir no momento em que o contrato foi feito. Formava uma tatuagem sexy e imensa que ia da altura dos ombros musculosos até o meio das costas dele e parecia arder toda vez que ela tocava em seu colar.

  Esse último fator era a única coisa que a tranquilizara na semana que se seguiu ao dia fatídico no qual vendeu sua alma. Isso porque Salvatore havia sumido.
Sumido!

  Sem rastros, sem "hey, volto logo"... Sem nenhuma mínima satisfação. Quando ela exigiu saber aonde ele iria, se contentou em dar seu sorriso imbecil e murmurar sarcasticamente:

– É só assumirmos compromissos e vocês se tornam ridiculamente possessivas. Tsc,tsc.

  Elena corou ao perceber que ele ainda comparava a relação deles com a de um casal e, tentando não ficar muito idiota na frente dele, acabou lhe dando a chance de escapar.

  Jurou para si mesma que seria paciente e que seu servo voltaria logo, mas seis dias sem que ele aparecesse foram o suficiente para que entrasse em pânico.

  (Pôde comprovar, inclusive, que aquele papo de "Falando no Diabo... Ele aparece" é uma mentira deslavada).

  Decidira jogar baixo e a cada mísero minuto segurava o medalhão com um sorriso assassino. Esperava de verdade que ele já estivesse com as costas torradas. Só não podia torturá-lo com mais eficiência durante as aulas ou Caroline perguntaria qual era o motivo de tanta obsessão com o colar em baixo da blusa.

Demônios Não Amam. || DELENAWhere stories live. Discover now