Capítulo 6

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Oh quem voltou... PRA SACANAGI!

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LEOMORD

Olho para aquele ser em minha frente que ainda não tinha falado nada, apenas ficava com um sorriso estranho para o meu lado e isso estava me dando nos nervos. Não sou muito calmo, como devem ter notado até agora e nem acho que deva me manter calmo em uma situação de sequestro. Depois de um pouco de tempo que estávamos lá, ele se vestiu com uma roupa que surgiu debaixo de nós, que era apenas um calção jeans e mais uma espécie de armadura prata, que era pontuda em cima dos ombros.

- Você não precisa ter medo de mim, Leomord.

- Como não? – Pergunto com escárnio. – Eu estava quieto no meu canto sem saber que você existia e encontro um corpo na floresta com os órgãos para fora e ainda pingando sangue, para que logo em seguida você começasse a nos cercar, e eu não preciso ter medo? – Ele assente com a cabeça e eu sorrio confiante. – Você tem razão, pois eu não tenho medo de você.

- Eu sei que não. Consigo sentir sua aura confiante e devo ressaltar que ela brilha muito e vejo que no seu futuro, você será uma pessoa muito poderosa. – Ele começa a chegar perto de mim e eu não baixava meu olhar, sempre olhando em seus olhos. – Sua mãe, com certeza, criou você muito bem e você não a decepciona, sendo mais poderoso do que ela!

- O que você sabe da minha mãe? E, aliás, quem é você? – Pergunto o olhando confuso e transferindo o peso de uma perna para outra, logo em seguida o olhando de cima a baixo.

- Eu fui a pessoa que ela invocou naquela noite junto do irmão. – Abro minha boca em surpresa, deixando escapar um som e o mesmo sorriu, mostrando seus dentes perfeitamente alinhados em sua boca, colocando o dedo em seu lábio, passando a língua por cima do mesmo. – Todos podem se enganar, mas eu tenho a certeza de que não me enganei nenhuma vez, quando transferi, ao longo do tempo, muitos de meus poderes para você.

- Você está querendo dizer que é meu pai?

- Claro que não! Seu pai é aquele vampiro molenga, que não tem a coragem de assumir um filho e nem tratar o mesmo como ele merece. Desde que comecei a acompanhar sua mãe, ela se mostrou alguém honesta e que não era como o irmão, que se fazia de bom moço, mas no final planejava uma coisa muito ruim, por saber que seu poder não se comparava ao de sua irmã. – Ele novamente volta a andar e chega a outra extremidade de onde nos encontrávamos. – E quando seus avós a expulsaram de casa, cuidei para que ela não ficasse com fome ou frio, e que você também conseguisse se criar, mas isso tem de ficar em segredo entre nós.

- Você já falou, falou e falou, mas até agora não chegou na parte mais importante, que é quem você é.

- Meu nome é Éberus e sou quem representa toda a escuridão do mundo e do submundo.

- Ah, eu sei quem é você. – Digo e ele me olha com atenção. – Minha mãe já me contou que você subestimou alguns outros deuses e que eles te jogaram em um rio, que nele você perdeu os seus poderes. Mas como os recuperou? – Pergunto com curiosidade e o mesmo me olha e sorri estranho.

- Os deuses que me prenderam lá são tolos de acharem que perdi meus poderes. Hades me disse que era melhor que todos achassem isso, já que quando eles fossem atacar, eu poderia ser uma das melhores armas secretas na batalha.

Isto realmente faz sentido. Em uma batalha, um dos fatores que mais podem influenciar na vitória ou derrota, é o fator surpresa. Ninguém se prepara para algo que não sabe estar lá e enquanto os outros deuses não soubessem, melhor para os deuses do submundo.

- E você não tem medo de que eu conte para alguém desses segredos? – Indago com os braços cruzados, vendo que o mesmo sorriu outra vez, porém desta vez surgiram garras em seus dedos e ele chegou até mim rapidamente, colando suas garras na parede invisível.

Enigma (Romance Gay)Where stories live. Discover now