Capítulo 14

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Faz tempo que não aparecia, não é, galera? Mas eu irei adiantar bastante a história no mês de julho. 

Beijos e boa leitura! 

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LEOMORD

- Em relação a ele você não precisa se preocupar, mãe. Faça seu trabalho o melhor que conseguir, que você vai bem longe. – Sorri em sua direção, tentando espantar os pensamentos ruins de sua mente. – Entretanto eu preciso falar algo com a senhora que é um pouco mais sério do que isso.

- Você está começando a me preocupar, meu amor. – Entramos para dentro de casa após minha mãe ter terminado de regar todas as suas plantinhas e nos sentamos em uns bancos na cozinha. – Vamos, me diga o que tanto lhe aflige.

- Eu estou preocupado comigo mesmo. – Ela me olhou estranhando a pergunta. – Eu me sinto muito estranho, mãe. Eu sinto que não sou mais igual ao que eu era antes.

- Mas isso é normal, filho. Ninguém nunca será a mesma pessoa que era há dois meses ou anos atrás. Faz parte dos processos de evolução de todos os seres humanos e é completamente natural que você mude de ideia com relação a todas as coisas existentes nesse mundo.

- Queria eu estar falando disso... – Respirei fundo e levantei, indo pegar um copo de água, o bebendo de uma vez. – A mudança que eu digo está relacionada ao meu corpo, mãe.

- Explique, querido.

- Eu estou me sentindo... como eu posso dizer isso sem parecer vulgar? – Não conseguia dizer as palavras que eu estava imaginando para a minha mãe.

- Você está com vontade de transar? – Assenti. – E você está nesse estardalhaço todo por conta disso? – Assenti novamente. – Pois não deveria, porque isso é uma das coisas mais naturais que existem no mundo.

- E com duas pessoas ao mesmo tempo?

- Se você gostar delas, sim, é normal, mas se não, na minha opinião não é normal. – Olhei em sua direção com um olhar curioso. – Digo, relações íntimas devem ser frutos de vontades e desejos, mas principalmente, são a ligação de duas ou mais almas, que permanecem conectadas.

- Entendi. E se eu não quiser fazer?

- Você não deve fazer absolutamente nada do que não quer. – Assenti. – Os dois que você diz, são aqueles que chegaram com você?

- Sim, mãe.

- Muito bom... eles me parecem ser rapazes que te respeitam e acima de tudo cuidam de você. – Sorri lembrando de tudo o que eles fizeram por mim, inclusive as piores. Na realidade na maioria das vezes eles só me levaram para comer, mas me conquistaram mesmo assim, porque é uma das coisas que eu mais gosto de fazer. – Agora você vai fazer o almoço para sua mãe, não faz?

- Faço, mãe. Não se preocupe e descanse que eu preparo tudo.

O resto do dia eu passei junto da minha mãe conversando e a mesma me orientando sobre o que ela achava que eu deveria fazer com relação à todas as coisas que estavam acontecendo naquele momento em minha vida e eu usei tudo o que ela me disse como uma escada de aprendizagem. Chega a ser impressionante como eu fico calmo quando eu estou junto dela... parece que tudo o que me aflige ou me deixa com raiva em outros lugares, aqui em casa não me aflige mais.

Aprendi também que eu não devo mais ser deixado me levar pelas provocações de outros alunos, que no caso são a maioria que me fazem isso, porque eu sou mais importante do que eles. Não por eu ter dinheiro ou não ter, mas pelo fato de eu saber que apesar dos apesares, eu conseguir ser educado e não carregar tanta raiva deles como eu deveria carregar. Quanto a Thomás e a Logan, não devo me preocupar tanto, já que os mesmos nunca me forçaram a nada, mas o pior é que eu quero transar com eles.

Enigma (Romance Gay)Where stories live. Discover now