-Mais uma vez sem seu namorado - eu falei tomando um drink rosa de que eu nem sei o quê
-Bixa a senhora bem que poderia parar de me passar na cara que meu boy magia é um embuste – respondeu Gabi – Eu sei que é, mas posso?
-Ainda bem que você sabe que ele é – retruquei – não vou ficar me estressando com você, mas eu acho engraçado você exaltar tanto ele enquanto ele...
-Não sai do armário? – ela me interrompeu com tons irônicos
-Não, não consegue ao menos parar com ataques homofóbicos onde quer que ele vá, inclusive em redes sociais... não sei como você aguenta!
-E seu boy, viado? Estudante? A senhora é pedófila agora? Desceu o nível de suggar daddy para dirty baby boy? – Gabi falou
-Cale essa sua boquinha, e abaixe essa sua bolinha, pois ele é maior de idade e... – parei de falar.
-E...? – Gabi insistiu sabendo o que eu iria dizer, suponho eu...
Na verdade eu imaginava sentir algo por ele... Essa relação é tóxica, e um clichê desmedido... Um patrão, o estagiário... Patrão mais velho, com dinheiro; estagiário mais novo e meio pobre. Bem, pelo menos eu sou passivo e uso lingeries e derivados, algo precisa sair dos padrões de clichês.
-E não é de sua conta – completei.
-Esse nível de Mamma Fama desceu há muito tempo – ironizou Gabi – olha só o nível das bixas... TSK!
-Olha, eu não vou ser complacente com suas ironias – retruquei para Gabi – Eu me vou, não tem nada de interessante aqui hoje, tchau!
-Ai grossa, me liga quando chegar em casa.
Vai sonhando... Hoje ainda estou cansado demais. Preciso tirar essa peruca, meu couro cabeludo está coçando.
Saí de Mamma Fama e entrei no primeiro táxi que vi, fui para casa. No caminho o idiota do taxista perguntou o que uma beldade como eu estaria fazendo ali dentro. Respondi algo de forma grosseira e com voz grave, o que assustou ele. Não me importo com esses otários idiotas que sentem atração por qualquer rabo de saia, e depois quando xavecam uma travesti, trans, drag ou qualquer coisa do tipo, ficam chocados, uns até com vontade de matar.
Na minha cama, tirei o vestido, sapato e adereços. Estava apenas de meia calça do tom de minha pele, unhas dos pés feitas e pintadas, uma calcinha bege específica para a ocasião. No rosto apenas uma expressão de tédio juntamente com batom rosa e uma maquiagem muito, mas muito nude. Nem cílios postiços eu coloquei.
-Sigh! – suspirei profundamente olhando o teto e pensando na possibilidade de um envolvimento afetivo com o fedelho do Emerson. Não temos, praticamente, nada que nos coloque contra o outro, digo, em relação de poder por conta de segredos ou outra coisa.
Na verdade eu ainda sou o seu chefe e poderia usar isso para conseguir o que eu quero dele.
E o que eu quero dele mesmo? Ficar jogando? TSK! Às vezes o nosso brinquedinho perde a graça.
E por falar nele... Ele estava ligando para mim.
-O que é – eu disse atendendo o telefone.
-Seu... Eu... – ele começou a resmungar ofegante.
-O que é que você quer, tenho mais o que fazer, não sou estudante como você – retruquei
-Você... eu te odeio... – ele disse ofegando ainda mais.
-Oh, querido, eu também te odeio – comentei – o que é que você quer? O que você está fazendo? Se masturbando ao ouvir minha voz?
-CALA A BOCA, SEU IDIOTA! EU VOU ME... DEMITIR... – ele ameaçou.
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Femme
Roman d'amourErik Sanches é um jovem de 18 anos e está no último ano do colegial. Por conta do divórcio dos país o rapaz precisou mudar de escola e se cadastrar em um programa de estágio da House Company, uma empresa de arquiterura e engenharia. Seu chefe imedia...