Lealdade de Um Consorte - (Drarry)

Capítulo 7

                INTERLÚDIO

"O Um viu o que estava destinado a ver?" A voz perguntou. Leviathan fez uma reverência baixa.

"Sim, Alto Profeta. O Lorde Supremo Lucius viu o que estava destinado a ver. Ele é seu sucessor." A voz incorpórea suspirou e os ventos mudaram. Um homem de meia idade surgiu de detrás de uma cortina e sorriu gentilmente para Leviathan.

"Você pode se erguer, Alto Antigo Leviathan," ele disse delicadamente. Leviathan se ergueu graciosamente do chão e olhou nos olhos azul-gelo do Mais Velho Profeta do Reino.

"Milorde," ele disse. "Foi sábio ter enviado essa visão a Lucius? Ele está mergulhado em escuridão nesse exato momento."

"Foi sábio, essa visão o salvará mais tarde. O filho dele tem outro destino a completar e seu esposo também tem um." A voz do homem ecoou na torre de cristal. Leviathan piscou.

"Outro? Harry Potter já tem um destino que pode tomar sua vida. Ele não irá gostar de ter seu futuro tão decidido."

"O Primeiro Consorte Draconis o acalmará." O homem suspirou e olhou para o céu. "A beleza do Consorte é insuperável, sua sabedoria está além de críticas; seu pai o treinou bem." O Profeta inspirou e então suspirou uma vez mais. "Entretanto, uma grande escuridão cobre os Malfoys. É uma escuridão através da qual nem eu consigo ver. Ela se infiltrou na linhagem bruxa como uma peste sombria; eu não consigo ver o que acontece a eles."

"Eu devo saber algo."

"Pergunte."

"O Consorte Severus e seu esposo estão capturados nessa escuridão através da qual você não consegue ver. Entretanto, o Consorte Severus," Leviathan fechou os olhos em confusão, "talvez eu o esteja lendo errado, mas ele está usando um Encantamento. Eu gostaria de saber por que." O Profeta sorriu sonhadoramente.

"O tempo é sombrio para que tal felicidade seja conhecida por todos," ele disse simplesmente. Leviathan se ergueu, sua boca aberta.

"Tal felicidade," ele murmurou e então ofegou, "Abençoada Deusa, ele está grávido! Mas eu pensei que eles tivessem se encontrado apenas um punhado de vezes, isso não é possível."

"É possível," ele disse sorrindo. "Eles têm sonhado intensamente desde seus últimos encontros; minha culpa." Leviathan deu uma risadinha, levemente surpreso; o Alto Profeta nunca cessava de surpreendê-lo. "A infelicidade deles é escalonada; os sacrifícios que eles fizeram foram muitos, e cada um foi ruim para o vínculo deles, em vez de benéfico." Ele sorriu gentilmente, "Eu pensei em lhes dar um pouco de felicidade." Ele deu de ombros graciosamente.

Leviathan deu uma risadinha. Sua expressão ficou séria, no entanto, e ele disse, "As raças Antigas estão se encontrando."

"Eu sei. Elfos são uma das mais Velhas raças, não somos?"

"Sim, as únicas mais Velhas são os Dragões, e a maioria se voltou para a causa das Trevas." O Profeta sorriu.

"Há alguns poucos que nos apóiam; eles vêm enquanto nós conversamos."

"Oh, e quais são esses?"

"Os poucos que importam," ele respondeu simplesmente. Leviathan riu.

"Os Três Antigos."

"Sim."

"Aqueles da profecia, eles são necessários, não são?"

"Sim, o encontro, que está prestes a acontecer, acontecerá durante as férias de Natal deles."

"Como quiser."

"Não," ele disse baixinho, "como os Destinos exigem. Vá agora." Leviathan se curvou e se foi rapidamente. Quando teve certeza de que o Alto Antigo se fora, o Profeta se virou e voltou a atravessar o fino véu negro. Um espelho se encontrava à sua frente; sua imagem estava distorcida. Ele correu uma mão por seu corpo, e o espelho ondulou e entrou em foco. Mechas prateadas cascatearam por seus ombros, passando sua cintura e se precipitaram para o chão e para a barra de suas vestes. Olhos azuis como o céu mudaram rapidamente para mercúrio prateado. Uma criada surgiu.

"Alto Profeta Demetrius Malfoy," ela disse, fazendo uma mesura. "Me disseram para que lhe encontrasse."

"Sim," ele disse em voz arrastada, sua magia cantou de um lado a outro do aposento. "Eu tenho uma tarefa para você."

"Sim, Milorde?"

"Um de meus descendentes tomará meu lugar, mas antes ele precisa de algo." Ele apanhou um livro coberto por veludo e o pôs nas mãos dela. "Isso deve ser visto por ele, e somente por ele."

"Como eu saberei quem ele é?" Ela indagou e o belo homem à frente dela sorriu gentilmente.

"Ora, ele é igual a mim."