Capítulo 9

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Harry observou Draco dormir da porta de seu quarto. Fora uma noite ruim para ele. Acima de tudo, havia em sua mente o sangue, gritos e a risada escarninha de Voldemort enquanto ele e seus Comensais da Morte atacavam Hogsmeade naquela noite. Sua cicatriz pulsava insistentemente com a magia residual de seu pior inimigo. As pessoas do vilarejo não haviam tido aviso.

Fora um banho de sangue.

A bile subiu em sua garganta mais uma vez e ele correu para o banheiro antes de lançar o que ainda havia em seu estômago na privada. Uma faísca de medo e preocupação correu por ele enquanto ele sentia os dedos delicados e sedosos de seu Consorte correrem por seu cabelo, tentando confortá-lo. "Harry, o que está errado?"

"Voldemort... Ele atacou Hogsmeade." Ele disse baixinho. Ele ouviu Draco ofegar e o sonserino o ajudou a se erguer do chão. Draco afobou-se pelo aposento, tão elegante quanto um cisne, dando-lhe água e então uma escova de dentes com pasta.

"Eu vou pegar alguma coisa para acalmá-lo, por favor esteja na cama quando eu voltar." Ele disse educadamente, mas com um tom de aço por baixo da voz; era uma ordem. Harry sorriu gratamente e fez como lhe havia sido dito. Quando Draco voltou, ele estava sentado na cama. Draco sorriu e lhe estendeu um copo fumegante de alguma substância.

"O que é isso?"

"Apenas beba." Ele disse. Harry deu de ombros e bebeu. Seus olhos queimaram com lágrimas reprimidas.

"Merlin, o que é essa coisa?" Draco correu uma mão confortante por suas costas.

"Fire Whisky, vai ajudar em um minuto." Ele disse delicadamente. "Agora deite-se e me conte o que você viu." Harry se sentiu como uma criança; ele estava sendo mimado. Ele deitou-se contra seu parceiro de vida e lhe contou a destruição que vira através dos olhos de Voldemort. "O Pai estava lá?" Ele finalmente perguntou depois de um momento de silêncio.

"Não, ele não estava. Voldemort lhe disse para ficar na retaguarda. Os aurores apareceram pouco depois deles terem começado, tarde demais para salvar algumas vidas, mas ainda assim... Ele deve ter contado a Severus." Draco assentiu e afagou seu cabelo bagunçado.

"Você está bem?"

"Eu queria ter estado lá." Harry murmurou amargamente. A mão de Draco parou brevemente antes de continuar.

"Você teria estado em perigo."

"Estou acostumado."

"Mais vidas teriam sido perdidas; eles teriam feito qualquer coisa para te proteger." Harry engoliu com dificuldade.

"Eu sei."

"Mas você ainda acha que devia ter ido?"

"Sim."

"Por quê?"

"Porquê é meu destino matá-lo, e quanto antes eu o fizer, mais cedo o mundo estará livre dele."

"Se você se precipitar para isso, as conseqüências serão bem maiores do que se você pensar e planejar por mais tempo." Draco disse baixinho. "É melhor assim."

"É melhor assim!" Ele gritou. "Essas pessoas estão morrendo por minha causa! Cedrico morreu por minha causa! Sirius morreu por minha causa! Estou cansado de pessoas morrendo porque eu não estava ali ou por causa de um erro estúpido que eu fiz! Eu quero que o maldito bastardo suma! Morra e suma! E se eu sentar aqui e esperar, nada acontecerá!" Draco sentou-se e aceitou sua raiva; ele não tentou corrigi-lo, apenas escutou. "Dumbledore esconde coisas de mim, porque ele não me quer lá fora. Ele diz que é melhor e isso é besteira e você sabe disso. Eu estou cansado de ser escondido enquanto vejo através dos olhos daquele louco enquanto o mundo inteiro, que eu amo, é massacrado à minha frente. Eu não posso mais suportar isso, apenas não posso."

Lealdade de Um Consorte - (Drarry)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora