Se Entregando

219 22 0
                                    


Capítulo 28

Elaja caminhava lentamente com Adam em seus braços, os corredores parecem ainda mais escuros e os aposentos mais distantes, a tensão é tamanha que chega à ser palpável assim como a impossibilidade deles ficarem sem tocar a pele do outro. O perfume que exala da pele da criatura parece ainda mais inebriante, o aroma doce parece preencher cada corredor que eles passam assim como as chamas em seu olhar parecem aumentar a cada passo fazendo a excitação daquele que o observa aumentar apenas ao imaginar o homem possuidor de tanta beleza e encantos o tomar por completo deixando as tolas morais, manchando seu corpo tanto quanto sua alma com o vermelho vívido do desejo maldito, mais escuro que as rosas e mais feroz que um dragão.

Que as barreiras sejam derrubadas porque já não é possível esperar até cada pedra ruir por completo, o véu da perversidade que o revestia será retirado da forma mais prazerosa que poderia imaginar e aquele que caminha ao lado do mal permitirá isso de bom grado. O olhar fixado na criatura revela total submissão, está em seus braços fisicamente espiritualmente sem temer os traços demoníacos que a beleza carrega corrompendo aquele que foi ferido por suas presas.

Até onde ele o levaria? Estava perdido e não desejava retornar à razão porque aquela noite ele queria esquecer a racionalidade, se imaginava como Elaja, com uma fera enjaulada em seu interior urrando pelo outro e ele abriria a porta da jaula sem se importar com o estrago que os desejos selvagens pudessem trazer. Caminhando para a perdição, sendo carregado pelo preferido das sombras era tão poético que ele começara e imaginar que aquele encanto era tão doce quanto maligno, pensava se estaria tão entregue se ele fosse humano e finalmente chegara a conclusão que aquele ser o fascinava, não desejava que absolutamente nada mudasse nele, cada traço, até os mais horrendos e trágicos faziam dele um quebra-cabeça repleto de mistérios e tão viciante quanto o álcool que era doce nos vinhos e licores porém, poderia ser o penhasco daquele que desejasse sua calmaria dia e noite, se afundando nos barris por mais daquela sensação.

Pensava se desejava embebedar-se aquela noite, se afundar na doçura viciante de Elaja ou prová-lo com moderação. Independente de sua escolha estava viciado, beijá-lo a primeira vez foi o começo de um caminho sem volta do qual não se arrepende, sua casca humana era mortal e ele não desejava se arrepender por tudo que não fez, já estava entregue e agora apenas sentiria.

A porta dos aposentos foi aberta, a luz das velas era fraca e seu corpo foi deitado nos lençóis vermelhos já bagunçados, ele havia adormecido ali e agora isso não era o que está prestes a acontecer, seu coração bate como louco e sua pele se assemelha a uma fornalha que apenas se atiça pelo toque frio de Elaja, cada toque é como lenha na fornalha e aos poucos ele se sentiu nas terras onde o criador de seu amado governava.

Suas vestes foram delicadamente retiradas, cada botão foi aberto sem pressa pelas mãos pálidas que agora deslizavam pelo peito desnudo de Adam que ofegava, seu peito subia e descia e aquela visão agradava Elaja, ele deixava sua mão percorrer a pele que tanto o fascinava sem pressa descendo até as calças que ainda cobriam o corpo fervescente do jovem. O tecido foi deslizado por suas pernas enquanto o mesmo arqueava suas costas claramente desesperado para se livrar de suas vestes que pareciam o aprisionar.

O corpo nu de Adam era a mais bela das obras de arte que Elaja teve o prazer de ver, era um deleite apenas ter aquela visão de seu ser desarmado e entregue, os traços delicados de seu corpo que pareciam ter sido esculpidos pelas mãos mais graciosas, jamais vira um humano como ele, tinha muitos séculos e caminhando entre suas aventuras de puro prazer nunca tocou um corpo como aquele. Sua boca salivava para pintar aquela pele com marcas e assim fez, seus lábios vermelhos veneravam e beijavam cada centímetro daquele pele, suas presas estavam surgindo arranhando levemente a superfície sem marcas tendo como resposta suspiros longos e um corpo cada vez mais entregue e maleável em suas mãos.

A Mansão Escarlate (Romance Gay)Where stories live. Discover now