07

45.8K 4.7K 6.5K
                                    

Não sei em que momento acabei nessa situação, muito menos sei explicar como convenci Taehyung a me deixar fazer isso, depois de ouvir o quanto ele detesta que mexam dessa forma em seu cabelo.

Mas mesmo assim, acabei com ele sentado no chão entre as minhas pernas, me deixando "brincar" de cabeleireiro, enrolando seus cachos e prendendo presilhas coloridas neles.

– Aí! – grunhiu de dor, me olhando feio pelo reflexo do espelho – Você tá puxando o meu cabelo!

– Desculpa – me inclinei para beijar sua cabeça por cima de todo o cabelo, questionando minha ação depois de feita, sem deixar passar batido a forma adorável como Taehyung tentou esconder o sorriso.

– Tá ficando ridículo, Hoseok, você é péssimo nisso.

– Cala a boca, tá lindo – retruquei, prendendo mais uma presilha amarela – Por que você tem essas coisas se você nunca usa? – questiono, me referindo a caixa cheinha de prendedores de cabelo, presilhas, enfeites.

– Porque eu gosto...

– Mas você não usa.

– É, mas eu gosto deles – dá de ombros, tomando nas mãos um prendedor com uma joaninha na ponta.

Abro um sorrisinho, enrolando no dedo um dos cachinhos e o largando logo em seguida.

– Terminei – olho para ele através do reflexo do espelho, para o cabelo cheio de coisinhas coloridas preso nele e Taehyung riu, revirando os olhos.

– Ficou ridículo!

– Não ficou, me deixa ver – o segurei pelo braço e o ajudei a ficar de pé, Taehyung se sentou ao meu lado na cama, olhando nos meus olhos e rindo quando eu ri – Ficou tããoo fofinho – grunhi, o pegando desprevenido quando o abracei com força, o apertando contra o meu corpo.

– Hoseok! – grunhiu – Tá me sufocando! – tentou me empurrar, bufando quando o larguei.

– Você parece um bebê

– Vai se foder – resmungou, virando o rosto.

– Agora não parece mais – sai da frente dele, me jogando no espaço vazio do colchão.

E Taehyung logo tratou de se colocar sobre mim, afundando o rosto na curva do meu pescoço e me deixando sentir o cheiro de pêssego do seu cabelo.

Sua mão se aventurou para dentro da minha camisa, tocando minha pele e acariciando minha barriga.

Permanecemos assim por minutos inteiros, aproveitando o calor e a presença um do outro. A respiração dele estava tão serena que por alguns instantes eu acreditei que ele tinha dormido.

Até ele simplesmente levantar a cabeça, deixando seu nariz tocar um meu. A respiração calma se misturando com a minha, me fazendo arrepiar até o último fio de cabelo.

Para quando nos beijamos de verdade cada pedaço meu se perder nele, e como se eu de fato mergulhasse em Taehyung eu me esqueço do resto do mundo. Me vejo preso nele, como se houvesse acabado de atravessar a atmosfera do seu mundo, é como eu costumo me sentir em todos os momentos como este.

E como tudo o que é bom dura pouco, eu sou praticamente arrancado dele quando o toque do meu celular ecoa pelo quarto. Taehyung para, se ergue e me encara de cenho franzido.

Já vivemos essa situação antes, e não terminou tão bem assim.

Ele se afasta de mim, e se encolhe no espaço ao meu lado enquanto me assiste tatear os bolsos atrás do celular.

Seus olhos irritados não se desviam de mim por nada, creio que se pudesse ele me mataria com o olhar ou explodiria o meu telefone com a força da mente. É difícil dizer para onde está sendo direcionada essa raiva.

VANTE: GIRASSÓIS DE DANTEWhere stories live. Discover now