↣ quattordici

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| Três Meses Depois |

Os meses se passaram rapidamente, e a cada dia, Cecília e Robert tinham uma nova surpresa. Sempre que o bebê mexia, Robert vinha correndo tocar a barriga de Cecília, e ficava minutos conversando com o bebê, até sentir-lo mexer novamente.

O peso da barriga começava a incomodar Cecília, e estava difícil encarar uma jornada inteira de trabalho no escritório. Ao completar oito meses de gestação ela entrou em licença maternidade.

Em casa, só o que fazia era cuidar dos preparativos junto com Robert e Olivia para a chegada do seu bebê, comprando todas as roupinhas de cor amarela e branca que via pela frente.


- Você acha que aqui está bom? Não sei, pode pegar muito sol... - Robert analisava o berço montado no quarto do bebê, próximo a janela.

Cecília foi até as costas dele, e abraçou-o sentindo o seu perfume.

- Eu acho que está ótimo e você filha? O que acha?

- Fico esplêndido, eu adorei, eu acho que esse meu irmão ou irmã vai ser mais mimado do que eu gente. - Ambos riram.

- Deixa de ser ciumenta Olivia, a essa altura do campeonato! - Disse Cecília. - Do mesmo jeito que eu amo você eu também vou amar-lo.

- Oh mãe, eu só estava brincando! Não vejo a hora de ver esse pinguinho de gente!

- Não vejamos a hora de ver os pinguinhos de gente de vocês duas. - Disse Robert. - Como você está Olivia?

- Agora bem melhor, demora eu e mamãe estamos completando o nono mês de gestação e eu estou muito ansiosa com isso! - Olivia disse com a emoção estampada em seu rosto.

- E o seu bebê? Como ele está evoluindo? Fiquei sabendo que você também quer descobrir o sexo só no dia do parto igual a sua mãe. - Robert disse sorrindo.

- Sim! Escolhemos juntas isso. E o bebê, bem eu acho que ele está bem, no meu último exame Jacob disse que ele não tá praticamente no peso certo, mais ele está perfeito. - Garantiu ela sorrindo.

- Oh que Deus que bom! Graças a Deus você parou de ter aquelas suas crises, o seu bebê está bem, fico feliz em saber disso, Michael está se dando muito bem com pai?

- Sim, ele pediu um tempo na empresa do pai, só pra me acompanhar nesse processo da gravidez. - Disse Olivia olhando para o quarto.

Era uma manhã de domingo, e o dia do parto se aproximava. Eles haviam demorado para comprar o bercinho, porque se não era Cecília, Robert sempre encontrava algum defeito nos berços que viam.

Só agora, que o bebê estava prestes a nascer, é que encontraram um berço com qual os dois estavam de acordo. O quarto que pertencia a Olivia quando ela nasceu até os dias de hoje estava sendo ampliado, de modo que nos primeiros meses, o bebê ficaria com Cecília e Robert.

Dias depois, os quatros decidiram fazer um piquenique na casa de campo de Robert. E ao acordar em uma sexta feira fria porém ensolarada, Cecília tocou seu ventre, sentou-se na cama e puxou o ar, ela olhou em volta, viu o bercinho do bebê que Robert havia colocado no quarto deles, e seus olhos foram preenchidos de emoção, ela levantou-se e foi até o berço, quando ela passou a mão no bercinho, ela sentiu algo escorrer pelas suas pernas. A bolsa havia sido rompida.

Por amor, amorOnde histórias criam vida. Descubra agora