Visitando a vovó

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  Quando desceu do carro, Lydia Paker era puro desespero, seu estado era agoniado. Corria pelos corredores do hospital com o coração a mil por hora, James segurava sua mão o tempo todo, lhe transmitindo coragem para enfrentar a situação. Quando finalmente chegaram a sala de espera, encontraram Meredith e Loren, o estado de ambas não era diferente do da sereia.

   A garota estava tentando entender qual motivo seu pai teria para abandonar suas filhas e ir socorrer sua segunda ex mulher. Léo havia mencionado que Megan precisava dele, mas o que poderia ter sido tão urgente? O homem se encaminhava para lá quando o acidente havia acontecido. Enquanto isso, sua caçula gastava suas frustrações e mágoas em copos com álcool e uma pista de dança improvisada. Se sentia péssima.

   - Mãe? - sua voz estava chorosa quando ela chamou pela mulher, que ao se erguer e encarar a filha também parecia arrasada. Meredith até então não havia movido um músculo. - Aonde ele está? Cadê o meu pai?

   Loren fez o que lhe era esperado, caminhou até a menina e lhe envolveu em um abraço familiar e materno. Suas mãos alisaram os cachos da garota.

   - Ele perdeu muito sangue. - murmurou no ouvido dela, a embalando e chorando junto com a outra. - Está inconsciente, meu amor.

  - Sra. Paker? - um homem de expressão fechada e jaleco branco se aproximou, aquilo fez com que as duas se afastassem para ouvi-lo, cada qual com o rosto banhado em lagrimas. - Pode me acompanhar, por gentileza?

  Loren atendeu ao seu pedido. As paredes pareceram diminuir para sua filha, era como se elas fossem esmagá-la, seu coração estava pequeno, o ar quase não chegava em seus pulmões. Definitivamente preparada para o pior. Percebendo isso, James se aproximou, seus olhos se encontraram e pela segunda vez naquela noite, ela fora amparada pelo abraço dele. Mas daquela vez correra para eles, indo ao seu refugio.  O capitão não tardou para envolvê-la quando a menina desabou em seu peito. Ela estava tão frágil e ele queria guarda-la em um potinho para protege-la da dor.

   - Eu não quero perde-lo. - murmurou Lydia, ela teve que erguer sua cabeça para poder olhá-lo nos olhos. Estava em grande desvantagem em relação a altura, ele possuía quase um palmo a mais.

   - Você não vai. - murmurou depois de respirar fundo e negar com a cabeça. Após isso tornou a deita-la em seu peito, abraçando-a como se somente ao solta-la a garota fosse se desmanchar. A dor dela, doía nele e por mais esse motivo, a sereia o amou.

   Quando Loren finalmente tornou a surgir, as lágrimas escorriam ainda mais por seu rosto, ela estava realmente abalada, mas não abalada o suficiente para o luto.

   - E o meu pai, mãe? - ela se alarmou rapidamente, sentia um aperto angustiante pois sabia pela face da outra, que as notícias não eram boas.

  - Ele precisa fazer uma transfusão de sangue com urgência. - aquelas simples palavras aumentaram infinitamente a agonia de Lydia. Pois assim como sua mãe e irmã ela sabia que aquilo não era nada bom, pois seu pai era -O, um tipo sanguíneo raro cujo ele pode doar para todos os tipos sanguíneos mas só pode receber de doadores do mesmo tipo, o que era bastante incomum. Nem mesmo um individuo dos Paker possuía aquele tipo sanguíneo.

   - O que faremos? - seus olhos estavam com ainda mais água, ela estava tensa e sem saber o que esperar. Pois a qualquer momento seu pai podia não aguentar e simplesmente partir.

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