REINO TALESIA

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      A enorme Árvore Fundadora, de nome Talesia, dera título a um reino que poderia ser considerado o irmão mais sábio de Literatus

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      A enorme Árvore Fundadora, de nome Talesia, dera título a um reino que poderia ser considerado o irmão mais sábio de Literatus. Parte da alma de Primus estava ali, guardando e alimentando os desejos dos homens perante ao grande conhecimento. Assim, a frondosa Talesia seria vista até os confins das terras talegas, trazendo conforto para o povo e demonstrando quão grande era o amor do criador por seus filhos.

      A Árvore detinha impressionantes 800 metros de altura, além de folhas marrons e caules retorcidos e velhos. Às vezes dava-se até a impressão de que o tronco era composto por um grande acervo de pergaminhos gastos, rabiscados de tinta. Além disso, a magia de Talesia conduzia seu povo nas jornadas de escrita, e despertava neles um espírito de pesquisa insaciável, tudo acompanhado de boas músicas. A Fundadora adorava palavras cantadas, da transmissão de cultura através dos sons melodiosos e sempre auxiliava seus amados descendentes. Graças à Primus!

      Cada pedaço de terra abrigara famílias voltadas para a transmissão da cultura talega por contos fantasiosos, amorosos, misteriosos, realísticos até mesmo repletos de terror. Não importava qual tema escolhessem, um habitante do reino sabia contar uma boa estória.

      Suas terras eram férteis, as colheitas abundantes e o desenvolvimento intelectual perceptível aos olhos de todos — principalmente dos outros reinos

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      Suas terras eram férteis, as colheitas abundantes e o desenvolvimento intelectual perceptível aos olhos de todos — principalmente dos outros reinos. O rei de Talesia ignorou os vizinhos e aos conselhos da grande Árvore, limitando-se exclusivamente aos livros e aos questionamentos. Durante muitos anos isso se sucedeu, até que uma guerra se instaurou entre os reinos de Literatus.

      A guerra sangrenta acabara depois de uma maldição lançada por uma bruxa poderosa, o que contribuiu para uma morte forçada da Grande Árvore. Assim, a realeza e toda sua corte pagaram com a vida pela paz selada entre os reinos de Literatus e, logo, Talesia clamou por novos governantes. Somente novos monarcas traria vida à Fundadora Talesia e reviveria um reino destruído. E, para que fossem escolhidos, a bruxa indicou a talega Grasiele como conselheira, para que procurasse por candidatos honráveis para a realeza.

      Nesse momento, a conselheira observava a colossal Árvore, no jardim real, em profundo silêncio. O castelo estava vazio e a plebe em luto, o momento tornara-se angustiante. Será que teriam bons governantes? O medo os consumia dia após dia. Contudo, Grasiele tinha esperanças de que seu povo voltasse a contar belas estórias e que as páginas em branco recebessem as palavras que circulavam no mundo das ideias. Era um sonho, apesar de tudo. Por isso não perderia a esperança.

      A conselheira pegou sua viola e tocou uma melodia triste para Talesia. As palavras jamais morreriam...

Escrito por: Grasiele Mendes (glmendes)

Ilustrações desse capítulo:

Robb Mommaerts

Concurso Reinos LiteratusOnde histórias criam vida. Descubra agora