Tiros e traição

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Amy Morgam Winchester

- Eai maninha, como vai a busca?- Dean pergunta jogando sua bolsa em cima da mesa.

- Nada até agora- minto. Me sentia mal por isso, mas era por uma boa causa.

- Bom, então vamos continuar procurando- Sam se sentou na minha frente.

Castiel me olhava estranho, como se tentasse ler minha mente. Eu sabia que ele desconfiava de mim, mas eu não falaria nada.

- Escuta, to meio cansada. Acho que vou deitar um pouco- me espreguiço. Dou um beijo na bochecha deles e vou para meu quarto.

Tranquei a porta, peguei meu celular e liguei para Kelly. Eu tinha dado à ela um número novo, não rasteável.

- Oi, como você está?- perguntei quando ela atendeu.

- Entediada- ela suspira- mas to bem.

- Se você precisar de qualquer coisa, me liga. Assim que der eu vou ai, mas por enquanto, se cuida.

- Tá, obrigada Amy. Obrigada por tudo que você está fazendo por mim e pelo meu filho.

- Não precisa agradecer.

...

2 meses depois...

-... A minha barriga tá crescendo, eu consigo senti-lo dentro de mim. Ele vai ser bom Amy, eu sinto- ela termina de falar.

- Ele vai ser bom se você ensinar coisas boas, então continue com o ótimo trabalho- sorrio involuntariamente- olha, Sam e Dean irão sair para caçar, Castiel está focado na sua procura, isso me dá a oportunidade de ir te visitar.

- Graças à Deus, a comida já estava acabando...

- AMY, CHEGA AQUI- escuto Dean gritar.

- Faça uma lista do que você precisa e me manda, te aviso quando eu estiver saindo daqui.

Desligo o telefone e vou até a sala onde eles estavam.

- Estamos indo, Castiel saiu atrás de uma pista, você fique aqui e...

- E continue investigando, é eu sei Dean- sorrio sem mostrar os dentes.

Eles se despedem e saem. Corro até meu quarto e pego o necessário, saio do bunker, roubo um carro e dirijo até minha antiga casa em Windom, a viagem demorou 3 horas já que eu tive que comprar suprimentos para Kelly.

- E ai?- falo assim que ela abre a porta, meu olhar foi direto pra sua barriga, já dava para ver que tinha um bebê ali.

- Que bom que você chegou, eu já estava com fome- ela tomou as sacolas das minhas mãos e foi para a cozinha.

- Foi mal, eu vou tentar vim mais vezes.

- Você podia deixar eu sair e comprar minha própria comida, assim você não precisa ficar vindo- responde de boca cheia.

- E deixar você ser um alvo fácil? nem pensar- me jogo no sofá- eu vou dar um jeito nisso, eu prometo. Mas por enquanto, é melhor fazermos um estoque, ah, e isso me lembrou uma coisa- fui até minha mochila e tirei de lá alguns filmes e livros que comprei- eu trouxe isso, pra você não ficar tão entediada.

- Obrigada Amy, é muita gentileza sua- ela sorri. Meu olhar foi em direção aos pulsos dela, estavam com um curativo bem feito.

- O que houve?- apontei pros curativos. Ela escondeu o braço rapidamente.

- Não é nada- ela da as costas.

- Kelly!- repreendi- você tentou...

- Eu estava com medo- confessou, sua voz estava embargada pelo choro- eu estava com medo, medo de que o que Castiel tinha dito fosse verdade, de que meu filho fosse uma aberração- ela limpou as lágrimas e sorriu- mas ele me salvou. 

- O bebê te salvou?

- Eu abri os olhos e os cortes estavam cicatrizados, eu estava viva. Ele me salvou!

...

Assim que entrei no bunker, senti uma sensação estranha, de perigo. Saquei minha arma e desci as escadas silenciosamente, ouvi um barulho a minha esquerda e me virei bruscamente Ketch estava lá com mais dois caras, eles apontavam suas armas pra mim.

- Como você entrou e o que você tá aqui?- perguntei.

- Eu tenho passe livre agora, querida.

Senti uma pancada na cabeça e acabei desmaiando. E quando acordei, eu estava algemada na cadeira, Ketch estava na minha frente com um grande sorriso no rosto.

- Seus irmãos estão prestes a chegar, fique bem quietinha e aprecie o show.

Ele passa por mim e some da minha vista, eu estava virada bem para a escada da porta do bunker. Minutos depois, Sam, Dean e uma outra mulher que eu não conhecia entraram e assim que me viram sacaram suas armas.

- Lady Bevell, você poderia desarma-los- escuto a voz de Ketch atrás de mim. A mulher que tinha chegado junto com meus irmãos tenta pegar a arma de Sam, mas ele atira no cara que estava ao seu lado.

Então um tiroteio começa. Me jogo pro lado junto com a cadeira pra não ser atingida pelas balas, o que foi inútil pois acabei levando um tiro na coxa esquerda, gritei de dor.

O tiroteio para e Dean consegue matar os outros capangas de Ketch e desarma-lo.

- Cadê a nossa mãe?- Dean perguntou.

- Parados!- Mary chega.

Eu não estava entendendo que merda tava acontecendo, e não conseguia prestar atenção em nada além da minha dor. Tentei me soltar das algemas, mas a pontada de dor que senti não permitiu.

- Chegou bem na hora mãe!- Sam disse, ele mantinha de refém a tal de Lady Bevell.

- Fique aí onde está- ela disse apontando a arma- eu falei com você Dean.

Eu estava confusa, aliás, de que lado ela estava?

- Que isso mãe?- o loiro questionou. Mary atirou na parede ao lado dele, Ketch aproveitou para desarmar Dean.

Senti meu corpo enfraquecer, será que ninguém tinha percebido que eu estava sangrando? Sam veio até mim, tirou minha algemas e tentou estancar meu ferimento. Luzes vermelhas começaram a piscar, estávamos presos aqui.

A pequena Winchester IIIWhere stories live. Discover now