Uma pista

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Amy Morgam Winchester

Depois de uma pequena perseguição de carro, Sam acerta o pneu do carro de Luther. Dean para o Impala e nós descemos apontando nossas armas.

- Sai do carro!- o moreno grita. Luther obedece.

- Estão felizes? se vendendo ao puro mal, por que é isso que ele é. O que ele fez comigo, com meu menino...

- Do que você tá falando?- Dean pergunta.

- Meu filho estava doente, morrendo- ele abaixa a cabeça- eu achei Bart, troquei a minha vida pela vida dele. Meu filho melhorou, mas depois de poucos anos, ele morreu. Afogado. E sabe o que o Bart me disse? "acidentes acontecem", que ele não era o responsável.

- E o que você fez?- perguntou Sam.

- Os cães vieram e me levaram para o inferno,eu negociei um novo pacto.

- Como?- perguntou o moreno de novo.

- Um trunfo. Olhe no baú- ele tira uma chave do pescoço e joga pra mim. Sam pegou o baú e colocou no chão, guardei minha arma e abri- são os ossos do Bart. Se os queimar, ele morre. Vocês estão do lado errado.

E de repente a cabeça dele é arrancada com um facão, Bart tinha o matado.

- Luther- ele sorri- não devia ter saído de casa. Acreditem, ele mereceu.

- Você deixou o filho dele morrer?- perguntei receosa.

- Ele não leu as letrinhas, eu sou uma homem de negócios. Falando nisso- ele tira um rolo de dinheiro do bolso- Alice, um bônus pelo trabalho perfeito- ela vai até ele e pega o dinheiro- e para vocês, o feitiço- tira o papel do bolso e nos mostra. Vocês mereceram.

- Não- Sam falou confiante. O encarei, o que ele estava fazendo?

- Deixa eu ver se entendi, vocês três, seus idiotas, querem renegar seu pacto. É a única chance de vocês acharem o garoto, só por que eu matei um chantagista bicentenário. É, isso mesmo?

- É- respondeu Dean- e por que não gostamos de vocês- ele guardou sua arma.

- Vamos reabrir a negociação- ele pega Alice pelo pescoço- passem os ossos e a garota vive, ou tentem queima-los e um segundo antes de morrer eu quebro o pescoço dela.

- Por favor - Alice pediu.

- Tudo bem- confirmou o mais velho. Meus irmãos pegam o baú e colocam perto do demônio, Dean disfarçadamente colocou seu isqueiro lá dentro, e Bart solta Alice.

- Podiam ter ganho isso, foi quase de vocês. Mas vocês não podiam facilitar, não é?

- Pois é, mas eu disse que se alguma coisa acontecesse com a Amy, você ia morrer- Dean fala- Luther machucou ela, e você vai pagar por isso.

- Será que eu vou?- ele ri- anda Alice, vamos embora.

A menina vai até o baú e pega o isqueiro, ela acende e joga nos ossos. Bart começa a queimar, ele grita de dor. 

- Sim, você vai- o mais velho confirma.

Corro na tentativa de pega o feitiço, mas ele tinha pegado fogo. Tento apagar, mas foi inútil. 

- Não, não, não...- choraminguei- merda. O feitiço já era.

- Vamos embora- Dean chama.

Entrei no Impala sem dizer nada. Demos carona para Alice até uma rodoviária, os meninos acompanharam ela até o ônibus, eu preferi ficar no carro. Quando eles voltaram, fizemos nossa viagem de volta para o bunker.

- Tudo bem ai atrás?- o loiro questionou. Olhei ele pelo retrovisor, mas logo desviei meu olhar para a janela- sinto muito pelo feitiço, maninha Mas nós vamos dar...

- Um jeito- interrompi- é, tá.

- A gente vai achar outra coisa, Amy. Não se preocupe- me consolou Sam.

- E se não der certo, a gente pula pra outra- continuou Dean. Mas eu permaneci calada.

Eu não estava brava com meus irmãos, até por que, o que eles fizeram salvou a vida de Alice. Mas acabamos perdendo a única coisa que podia nos levar até Jack. Eu sentia falta dele.

...

Eu procurava nos livros, pela trigésima vez, alguma coisa que pudesse nos ajudar a encontrar o nephilim. Mas como sempre, não havia nada de útil. Sam pesquisava no computador e Dean tinha acabado de voltar, ele tinha saído para comprar comida. O seu celular tocou.

- É a Jody- falou. Ele atendeu e pôs no viva-voz- fala Jody.

- Oi Jody- Sam disse- o que ta rolando?

- Oi gente, eu tenho uma coisa pra vocês. Um amigo da polícia de Bismarck me ligou com uma pista, um artista local achado morto, com os olhos queimados.

- Isso é coisa de anjo- falei dando mais atenção.

- É, foi o que eu pensei. Tem uma testemunha, a namorada da vítima, ela viu alguém no local. Ela deu uma descrição à polícia, eu acho que é o seu garoto.

Nós três trocamos olhares. 

- Vamos- Dean se levanta. 

Me apressei, guardei o livro que eu estava lendo e fui arrumar minha coisas. E então nós caímos na estrada.

...

- É, ele - mulher diz olhando a foto de Jack- disse que seu nome era Jack e era um comprador.

-Um comprador?- Sam perguntou. Ela apontou para os quadros espalhados pela sala.

- Coisa estranha né, Derek tinha muita imaginação- comentou o Winchester mais velho.

- Ele odiava a palavra imaginação- respondeu ela- ele via a sua arte mais como reportagem.

- Reportagem do que?- questionei. Sim, eu finalmente estava dando uma de FBI, esperei esse dia por muito tempo.

- Dos lugares que visitou. Derek era andante em sonhos.

Sam pareceu surpreso e curioso. Dean nos chamou e mostrou um dos quadros do artista, e pelas caras que meus irmãos fizeram, acho que aquele era o inferno.

O que Jack estava fazendo?

Essa pergunta não saia da minha cabeça.

A pequena Winchester IIIWhere stories live. Discover now