A pequena Winchester III

Conversas

Amy Morgam Winchester

Sam e Cass iriam entrar na mente de Dean através de um aparelho que era usado pelos Homens de Letras. O anjo colocava os eletrogramas na cabeça de Dean enquanto eu colocava na de Sam.

- Belo projeto de ciências, acho que vou dar nota 8- debochou Miguel- gosto desse plano, aqui eu estou algemado, mas lá dentro você é meu.

- E o que eu faço?- Jack perguntou.

- Reze- respondeu Cass.

- E não deixe ninguém nos matar- complementou Sam, ele suspirou longamente- pode ligar, Amy.

Liguei o aparelho e os três caíram no sono. Sam tinha conectado aquela máquina velha à um tablet que monitorava a atividade cerebral deles, se algo ficasse anormal, eu deveria desligar. Como se eu soubesse o que era uma atividade anormal no cérebro. 

Aquilo estava demorando demais e eu já estava ficando impaciente, Jack percebeu, veio pro meu lado, acariciou minhas costas e deu um beijo na minha cabeça. Escutamos a porta do bunker abrir, era Maggie e os outros caçadores.

- Gente, tem monstros vindo ai- ela disse desesperada- cadê o Sam? o que ta rolando?

- Tão tentando ajudar o Dean- respondeu Jack.

- Tygar, tranca a porta da frente- ela ordenou, fiquei surpresa- os outros se preparem caso eles atravessem.

- Vou pegar minhas armas- avisei. Corri pro meu quarto e me armei com a faca mata demônio, um facão e minha glock. Voltei até onde os outros estavam, me aproximei de Sam e sussurrei no seu ouvido- irmãozinho, se você estiver me ouvindo, da uma agilizada ai.

Os monstros chegam no bunker e começa a esmurrar a porta. Todos estavam atentos e assustados, porém armados até os dentes.

- Eles não podem passar pela porta- digo.

- Eles não precisam- Tygar fala enquanto encarava Maggie- Tygar não devia ter ido pro bosque sozinho.

Maggie ergue sua arma mas o garoto a desarma e empurra ela pra longe. Chego por trás dele e o acerto com a faca mata demônio, ele cai morto no chão ao mesmo tempo que a porta é arrombada pelos monstros. Ajudo Maggie a levantar. Um monstro pulou do andar de cima e teria caído em cima de mim se eu não tivesse me jogado pro lado.

Chutei sua perna, ele caiu de joelhos, me levantei rápido e decepei sua cabeça com o facão. Atirei na cabeça de um que lutava com a... eu não tinha decorado o nome de todo mundo mas acho que era Lila. Atirei minha faca em um que corria na direção de Jack. E agora só faltava um que lutava com Jeff, apenas atirei em sua cabeça. Era difícil saber se eram vampiros, lobisomens ou qualquer outro monstro, mas todos morreram com prata então fiquei satisfeita.

Subi as escada para poder trancar a porta, e pra minha surpresa apareceu mais um. Ele me empurrou contra o corrimão e eu teria caído se Jack não tivesse usado seus poderes para me empurrar de volta, o que foi estranho por que até onde eu sabia, ele não tinha mais poderes. Cai em cima do mostro e atirei na sua cabeça. Tranquei a porta e desci.

- Até que foi fácil- pus as mãos na cintura enquanto observava os corpos.

...

Sam, Castiel e Dean já tinham acordado, Miguel tinha sido preso dentro da cabeça de Dean, e ficaria lá até conseguirmos dar um jeito de tira-lo. Cass conversava com Jack, sobre o lance dos poderes. Dean tinha ido tomar banho, segundo ele, para tirar todo aquele gel de cabelo que Miguel tinha passado. Sam estava guardando o equipamento que tinham usado para entrar na cabeça do nosso irmão. E eu estava indo ajudar a limpar tudo, tirar os corpos e guardas as armas.

-Amy- era Maggie- pode deixar, nós limpamos tudo.

- Ah, tudo bem então- concordei- vou ver como está meu irmão.

- Espera- me parou- eu queria agradecer, você salvou minha vida.

- Não precisa agradecer. Você foi bem corajosa, fiquei impressionada.

- Obrigada, eu to aprendendo muito- ela sorriu- olha, eu também queria me desculpar, eu acho que começamos com pé esquerdo. Eu sei que agi estranho com você, mas se pudermos recomeçar...

- Claro. Eu também fui má com você, sinto muito.

- Tudo bem, eu mereci- ela estende a mão- amigas?

- Amigas- apertei sua mão e ela sorriu, eu retribui, mas logo sai lá. Fui até o quarto de Dean e bati na porta. Ele demorou para responder.

- Entra.

- Oi maninho- pus minha cabeça dentro do quarto e sorri- vim saber de você, como está?

- Eu to legal- tentou sorrir, mas eu sabia que era pura encenação- mas e você? eu vi a festa que você fez lá na sala, se feriu?

- Não, até que foi mamão com açúcar- entrei no quarto e sentei na cama dele- tirando a parte que eu quase morri.

- Como é que é?- ele me encarou.

- Eu quase fui jogada pelo corrimão- dei os ombros- mas Jack usou os poderes e me salvou. O que é bom, mas estranho...você sabia que ele ainda podia usar os poderes?

- Não, eu não sabia- sentou do meu lado- mas que bom que ele usou. Ele faz bem pra você, não que eu goste do fato de você estar namorando, mas pelo menos não é qualquer idiota. É um idiota bom e que pode ajudar a te proteger.

- Ta legal...- aquela conversa tava estranha- eu acho melhor eu deixar você descansar, você não ta batendo bem das ideias.

- Eu falo sério irmã- ele segurou minha mão- se acontecer alguma coisa comigo ou com Sam...

- Nada vai acontecer com vocês. Não diga isso!

- Amy, não somos imortais, não vivemos para sempre.

- Mas por que tá dizendo essas coisas agora? você acha que não consegue segurar Miguel?

- Não, não é isso- balançou a cabeça- olha, não sabemos o que pode acontecer e a única coisa que eu quero pra você é que seja feliz e esteja segura. E que talvez, no futuro, tenha uma vida normal, com um emprego normal, e construa uma família normal, talvez com o Jack ou outro cara, mas de preferência com o Jack.

- Dean, o que nós fazemos- suspirei- o negócio da família, tudo isso nunca vai ter um fim e você sabe. E eu nunca largaria isso pra tentar ter uma vida normal. Eu nunca abandonaria vocês, vocês são tudo o que eu tenho.

- Eu sei irmã- ele me abraçou e eu retribui- eu sei.

Eu conhecia o Dean e sabia que tinha algo por trás daquilo tudo. Fiquei pensando se era algo relacionado ao que Miguel havia dito sobre sermos apenas rascunhos de uma história criada por Deus. E ao pensar nisso, percebi que se fosse verdade, então tudo o que tinha acontecido, todas as perdas, todas as dores...literalmente tudo aconteceu simplesmente por que ele quis. Minha mãe, John, Cap, Adam, Bruce, Daniel, Jo, Ellen, Bobby...todos eles morreram para satisfazer uma fantasia literária do cara que se diz Deus.

Todos eles morreram por nada.