Mary Louca

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Amy Morgam Winchester

- Deixa eu ver se entendi- começo- Mary estava trabalhando com os homens de letras, aí a Lady ali- apontei pra mulher- mexeu com a cabeça dela, Mary virou uma louca psicopata, e agora vamos todos morrer de sede ou pela falta de oxigênio- balanço a cabeça negativamente- ótimo, era tudo o que eu queria.

- A gente vai sair dessa- Sam falou enquanto terminava meu curativo- podemos tentar sair pela garagem.

- Portas lacradas- respondeu a Bevell- parede de aço reforçado.

- Dutos de ar?- continuou Sam.

- Não iriam longe, tem pontos de gargalo no sistema de dutos, nem a loira aí conseguiria passar.

- Amy, meu nome é Amy- tentei levantar, mas falhei- merda.

- Você fica sentadinha ai, vamos resolver isso- Dean mandou- nós podemos matá-la- ele apontou pra mulher- só temos 3 dias de ar, sem ela aqui, nós ganhamos um dia extra.

- Se nós sairmos daqui, fui eu quem programei sua mãe e só eu posso desfazer, precisam de mim- se defendeu.

Minha cabeça doía, eles começam a discutir um plano o qual não prestei atenção. Eu precisava de um analgésico, então tentei me levantar novamente e consegui, eles estavam tão focados no plano que nem me viram saindo.

Fui até a cozinha, mancando e me apoiando na parede, tomei um analgésico e me sentei no chão. Eu não podia morrer aqui, Kelly e o bebê precisavam de mim e eu não iria decepciona-los.

...

1 dia...

Tinhamos 2 dias para tentar sair do bunker, caso contrário, nós morreríamos. Começamos a pesquisar nos livros algum feitiço que poderia nos ajudar.

- Aqui tem uma coisa- Sam chamou nossa atenção- quando o povo Romani foi forçado a se entregar na Europa, Roma usou um feitiço, O Ritual de Revogação, como ato de rebelião contra os perseguidores...os ingredientes parecem básicos, parece que temos tudo aqui, mas...

- Mas o que?- perguntou Bevell.

- Os mecanismos devem ser untados com sangue de virgem.

- Nem chego perto- a mulher logo se defendeu.

Todos os olhares se direcionam a mim. Reviro os olhos.

- Tá, vamos nessa- se aquele era o único jeito se sair, então eu teria que fazer esse sacrifício.

- Melhor não- Dean se impõe- você tá ferida e já perdeu muito sangue, vamos achar outro jeito.

- Tá brincando comigo?- Bevell se revolta- nós vamos morrer se não sairmos daqui.

- Ela tá certa Dean- falo, ele abaixa o olhar- tudo bem, eu dou conta.

Depois de muita relutância, meus irmãos concordam e a mulher começa a fazer o feitiço. Pego uma faca e faço um corte na minha mão, deixo o sangue cair na vasilha e Bevell recita as palavras. Por poucos segundos pensamos que estávamos a salvo, quando as luzes voltaram, mas logo se apagaram de novo.

- Não! Ketch- reclamou a mulher- ele sabia, deve ter posto um tipo de trava mistica no bloqueio do bunker. Mágica não funciona.

- Que beleza- me jogo na cadeira- e agora?

...

2 dia...

Dean pegou o mapa do bunker, segundo ele, iriamos usar a força bruta para sair. Eles pegaram picaretas e óculos e então começaram a cavar a parede do bunker, aquilo ia demorar muito. Me afastei deles e tentei procurar por sinal no celular, eu sabia que era inútil mas não custava tentar.

E de repente escutei uma explosão, todo o bunker tremeu. Corri, mancando, até onde os meninos estavam, havia poeira por toda a parte dificultando a visão.

- Mas que merda foi essa?- perguntei tossindo, o ar já estava ficando rarefeito.

- Dean?- Sam chamou olhando o buraco na parede- droga!

- O que aconteceu?

- Nosso irmão explodiu a parede e sumiu- Sam respondeu passando por mim e indo procurar o Winchester mais velho.

Dei um passo para ajudar, mas acabei caindo de joelho. O ar em meus pulmões estava sumindo, eu me senti tonta e enjoada, minha visão ficou turva. Mas então tudo voltou a funcionar, as luzes acenderam, a ventilação nos concedeu oxigênio. Minha respiração voltou ao normal e corri atrás de Sam.

Dean entrou no bunker, ele tinha a perna machucada mas sorria.

- Eai lunáticos.

- Filho da mãe!- sorri aliviada.

...

Nós ligávamos para todos os caçadores que conhecíamos para avisa-los de que os Homens Britânicos de Letras estavam atrás dos caçadores, porém, quando foi a vez de ligar para a Jody, ela não atendeu.

No caminho para a casa de Jody, troquei mensagem com Kelly, expliquei resumidamente o que tinha acontecido e ela disse que sentiu que tinha algo errado comigo e ficou preocupada, disse à ela que eu estava bem e assim que eu pudesse eu iria vê-la.

Quando chegamos na casa da Jody, a porta estava aberta, corremos até lá e encontramos Jody e Alex sentadas no sofá. Mary estava na frente delas, amarrada em um cadeira.

- Oi, você tá bem?- perguntei quando a abracei.

- Eu estou bem querida, obrigada. Mas você não parece bem, o que houve na perna?

- Levei um tiro- dou os ombros.

Cumprimentei Alex, nós não nos conhecíamos muito bem mas eu gostava dela. Sam trouxe Bevell para retirar a programação de Mary Louca e trazer a Mary Legal de volta.

- Ela mentiu- a mãe dos meus irmãos disse.

- O que?- Sam questiona.

- A programação da Mary é permanente- Bevell percebeu que Dean a olhava confuso- você ia me matar. A Mary que você conhece, a boa Mary, está se escondendo atrás de muros psíquicos impenetráveis. Sua mãe não pode ser salva.

Do outro lado da sala, Mary olhava para nós sorrindo. Ela estava gostando. 

A pequena Winchester IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora