Bombas

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Amy Morgam Winchester

Consegui guiar algumas crianças até o celeiro, mas ainda eram poucas comparadas ao que tinham ali. Vi Mary ajudando também, e fiquei aliviada por ela estar bem.

Encontrei uma garotinha encolhida e chorando. Fui até ela e agachei na sua frente. Ela olhou assustada para alguma coisa atrás de mim, era o anjo.

- Amy Winchester!

- Corre- mandei. A menina obedeceu- sabe, tinha um Zacarias no meu mundo, ele era um porre-peguei a arma que Bobby me deu- você me lembra ele.

Me virei para atirar, mas ele estava bem próximo de mim e me desarmou. Ele socou meu rosto e eu cai, senti gosto de sangue na boca.

- O mestiço, onde ele está?

- Ah, deixa eu ver- coloquei a mão no bolso e depois tirei lhe mandando o dedo do meio- ih, que azar. Não tá comigo.

- Engraçadinha- ele me pega pelo pescoço e começa a me enforcar.

- Pare!- ele me solta e olha para o dono da voz- não toque nela!

- Que lindo, veio defender a namoradinha- debocha o anjo. Ele me olha- aprecie o show.

Ele vai até Jack e o mesmo usa seus poderes. Bobby e Mary chegam. Jack transforma o anjo em pó, literalmente.

- Tem mais bombas vindo- informou o velho.

Olhamos para o céu, o nephilim usa os poderes de novo e destrói as bombas antes que elas cheguem no chão.

...

Todos se recuperavam do ataque. Ajudei algumas pessoas que estavam feridas e entreguei água e comida para outras.

- Eu tinha que voltar- escutei Jack falando quando me aproximei, Bobby e Mary estavam lá- Sam e Dean nunca fugiriam, eles ficariam para lutar- sorri sem mostrar os dentes, ele estava certo- o que os anjos estão fazendo...eles não vão parar enquanto Miguel estiver aqui.

- Temos que mata-lo- me pronunciei, os dois adultos me olharam surpresos- é a única forma de pararmos essa guerra.

- Tá e como vamos fazer isso?- questionou Bobby.

- Eu não sei- abaixei a cabeça- precisamos de um plano. Se meus irmãos estivessem aqui, saberiam o que fazer.

- Mas eles não estão aqui- Mary pousa sua mão no meu ombro- nós estamos, e nós vamos cuidar disso, está bem?

- É, tem razão- suspirei- eu vou checar o perímetro, pra ter certeza que estamos seguros.

- Eu vou com você- Jack me acompanhou. Começamos a rondar o acampamento- me desculpe.

- Pelo que?- parei de andar e o olhei.

- Isso é culpa minha. Só estamos aqui por minha causa, por que eu tive medo e fugi.

- Não é sua culpa, só estamos aqui por que você nos salvou dos anjos lá no barco. E graças a você, nós achamos a Mary. Você é um herói Jack, o meu herói.

- Obrigado, Amy.

Ele me olha de um jeito que fez meu coração bater forte. Sua mão vai até uma mecha do meu cabelo, a qual ele coloca atrás da minha orelha. Então ele sorri, eu senti uma extrema vontade de beija-lo.

Eu me aproximei do deu rosto, ele fez o mesmo. Suas bochechas estavam coradas, mas ele não tirava seus olhos dos meus. Sua mão tocou na minha bochecha, enquanto a minha tocou no seu peito coberto pelas roupas.

Nossos narizes se tocaram e logo nossas bocas fizeram o mesmo. Começamos com um selinho que se aprofundou em um beijo cheio de sentimentos. Ansiedade, alegria, êxtase e...amor, tudo junto e misturado. Era uma sensação inexplicável.

Eu sentia que meu coração ia sair pela boca. Tinha sido meu primeiro beijo de verdade, e o dele também. Nos separamos pela falta de ar, nossas testas estavam coladas e eu permanecia de olhos fechados.

- O Dean não vai gostar disso- ele disse, eu não me contive e ri.

- É, mas não importa, por que eu gostei.

- Eu também- abri meus olhos e ele sorriu- gostei muito.

Ele estava vermelho e eu não devia estar muito diferente. Eu não sabia como reagir depois disso e ele muito menos, então apenas continuamos a rondar o acampamento, e depois que tivemos certeza de que estava tudo bem, voltamos.

- Mary deve estar com Bobby, verificando as armas, vou ver se eles precisam de ajuda- falei.

- E eu... eu vou ver como estão as crianças.

- Tá, a gente se vê depois então- ele concorda com a cabeça, me da um beijo na bochecha e sai atrás das crianças.

Vou atrás de Mary, ela estava sozinha limpando algumas armas. Fiquei na frente dela e comecei a ajuda-la.

- O que foi?- ela me perguntou sorrindo- você saiu com o Jack e voltou sorrindo igual uma adolescente apaixonada.

- Eu sou uma adolescente- revirei os olhos. Mas eu não conseguia tirar o sorriso do rosto- tá bom, eu e o Jack nos beijamos.

- É, parece que o garoto metade anjo não é tão anjinho assim.

- Mary!- não consegui segurar e acabei rindo, ela fez o mesmo.

- E como foi?- ela sorria divertida, era óbvio que eu estava envergonhada, era minha primeira vez falando sobre esse assunto com ela- você gostou?

- Não sei explicar a sensação- suspirei- mas eu gostei muito.

- Foi o seu primeiro beijo?

-Não exatamente. Um garoto me beijou uma vez, quando eu tinha uns 10 anos, eu acho, mas foi um beijo roubado e eu não gostava dele. Na verdade, nós éramos quase inimigos.

- Você tem quase 17 anos e a única vez que você tinha beijado alguém foi quando você tinha 10 anos e com um garoto que você nem gostava?

- Você conhece meus irmãos?- brinquei e ela riu.

- É, tem razão. Mas e o Jack? Você gosta dele?

Antes que eu responda, Bobby apareceu. Ele disse que o inverno logo chegaria e que tínhamos que nos preparar, por que aqui o inverno costuma ser bem rigoroso.

Praguejei baixinho. Uma coisa que eu odiava era passar frio.

A pequena Winchester IIIWo Geschichten leben. Entdecke jetzt