INIMIGOS DECLARADOS

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— Ema, não fique assim

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— Ema, não fique assim... — Leandra aconselhou, tocando meu ombro. Respiro fundo, acabando por rasgar a capa daquela maldita revista.

— Como?! Como ele pode ser tão bem visto na mídia?! Aquele desgraçado não tem vergonha na cara mesmo depois de tudo que me fez e ainda faz?! — Exclamo, incrédula.

— Bem... você declarou guerra entre as facções. Ele... se defendeu... — Encaro Leandra com um olhar mortal.

— Não o defenda na minha frente! Ele foi um covarde, e usou a forma mais baixa para se vingar! Eu o odeio com todas as minhas forças e quem estiver com ele, é considerado por mim da mesma laia! — Vocifero, passando as mãos nos cabelos nervosamente.

— Você vai encontrar seu filho, Ema. Não se corroa de ódio. Precisa ficar calma e pensar na melhor forma de encontrá-lo novamente.

— E como vou fazer isso?! Não tenho nenhuma pista! Ele ainda era bebê quando foi arrancado de mim. Como posso ter esperança?! Sabe-se lá Deus o que aconteceu com meu menino... — Murmuro, entristecida.

— Você conseguiu passar por tantas coisas, Ema. Conseguiu o poder da máfia italiana que tanto queria. Use isso ao seu favor, e busque se vingar do que Aaron te fez.

— Claro! — Exclamo, agora sorrindo. — Uma fraqueza. Da mesma forma que ele tirou o que eu mais amo, também vou tirá-lo dele alguém que ele ama muito! — Leandra revirou os olhos.

— Aquela pedra de gelo ama alguém? É mais fácil encontrar uma agulha no palheiro. — Comentou, irônica. Suspiro, passando as mãos no cabelo.

— Ele não vive sozinho. Claro que não. Preciso saber da rotina dele. — Pego as chaves do meu carro, indo diretamente para a garagem, sendo acompanhada por Leandra, que não parava de me perguntar o que eu estava aprontando.

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Observo pela janela do carro Aaron saindo de um dos seus hospitais, parando encostado em um carro. Talvez esperando alguém. Só em vê-lo, eu tinha vontade de puxar a arma em meu coldre e matá-lo ali mesmo, mas não poderia. Até mesmo a “justiça” o defendia.

Depois de alguns minutos, um garoto saiu do hospital. Pelo o uniforme, imagino que trabalhava lá. Aaron sorriu, guardando o celular e indo em direção ao garoto. Meu queixo certamente foi ao chão ao vê-lo acariciando o jovem e beijando o rosto do menino, que por sinal, era muito bonito e fofo.

Será que ele tinha a menor noção de com quem estava se metendo?

— Não acredito no que meus olhos estão vendo! Aaron é gay?! — Leandra questionou, até tirando os óculos escuros para ter certeza do que via.

— Ele pode ser bissexual, Leandra. — Falo, séria. Meus olhos não desviavam do garoto que Aaron jogava seu charme. Eu não estava nem aí para quem Aaron paquerava ou não, mas aquele garoto me chamou a atenção de alguma forma.

Era tão parecido com ele...

Ambos entraram no carro, que logo deu partida. Imediatamente resolvo seguí-los, talvez agora não somente por Aaron, mas pela curiosidade que despertei sobre o garoto também.

— Eles parecem serem bem íntimos. — Leandra comentou, olhando para os dois conversando em frente a uma casa, que imagino ser do garoto.

— Acha que estão namorando? — Pergunto, duvidosa.

— Ainda tem dúvidas?! Olha a troca de olhares dos dois e da cor vermelha no rosto daquele menino, que por sinal, é muito fofo. Parece que estou vendo uma versão BL da Chapéuzinho vermelho e o Lobo Mau. — Comentou, o que me fez rir. Só ela mesmo...

— De qualquer forma, se aquele garoto for mesmo tão importante para Aaron... então já temos nosso álibe. Aaron vai me pagar por tudo que me fez. — Declaro, voltando a observar os dois. Aaron beijou o rosto do garoto novamente e em seguindo claramente roubando um selinho do menino, se despedindo e esperando o garoto entrar na casa. — Fique aqui! — Ordeno, saindo do carro e abordando Aaron, que ao me ver, soltou um sorrisinho debochado.

— Quanta coragem andar assim na rua, Emanuelle. Não tem medo de ser pega pela polícia? — Zombou, enfiando as mãos nos bolsos da calça.

— Cínico! Isso tudo foi culpa sua! Nunca esqueci o que me fez! E pelo visto, aquele garoto pareceu ter te conquistado, não? — Provoco, vendo seu sorriso morrer, dando espaço a uma feição desgostosa e ameaçadora.

— Nem pense em chegar pelo dele. O garoto não tem nada haver com isso! — Sorri, finalmente encontrando seu possível ponto fraco.

— Então ele não sabe quem você realmente é? — Aaron crispou os lábios, suspirando.

— Ele não sabe de nada. É vai continuar sem saber. Nem se atreva a colocá-lo entre nossas desavenças. Ele é muito inocente e uma coisa dessas iria assustá-lo.

— Claro que é! Você sempre se aproveita dos inocentes que não conhecem o monstro que você é. — Ele sorriu, dando de ombros.

— Nisso, somos iguais, querida. Não é? — Engulo em seco, sendo atingida por seu comentário. Odeio admitir, mas também fui uma que caiu no seu joguinho de sedução que eu nem conhecia. Flores todo dia, me buscava sempre em casa quando eu precisava sair. Era um verdadeiro cavaleiro. E eu tonta, acreditei que aquele era sua verdadeira forma. Estava devidamente enganada.

— Eu perdi meu filho por culpa da sua família! Foi uma covardia depois de tudo que fiz por vocês!

— Não ponha essa culpa em mim. Não tive nada haver com o sumiço do seu filho. Eu ainda era iniciante na máfia.

— Mas não fez nada para impedir o infeliz do seu pai! Você matou meu marido e ainda me colocou na boca do mundo! Você vai pagar por cada dor que me fez passar, Aaron! Nem que eu morra para conseguir isso!

— É o mais provável que aconteça. Você morre se continuar tentando. Sabe disso. Anda, some daqui e não apareça mais na minha frente! — Ordenou. Suspirei, assentindo.

— Eu vou, Aaron. E espero que aproveite muito com seu novo cachorrinho. Porque isso não vai durar. — Ameaço, lhe virando às costas e indo embora, prometendo que voltaria para acabar com esse romance falso entre ele e o garoto.

NOSSO PERFEITO CLICHÊ - Máfia Negra (Romance Gay) Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora