UMA NOITE PARA ESQUECER

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Era ele

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Era ele. Emílio Santoro.

Merda! Mil vezes merda!

Eu não devia me importar, mas me importo! Não foi muito difícil descobrir que o filho de Emanuelle estava muito mais perto do que imaginávamos, e pior! Eu havia tirado a virgindade dele. A questão é que eu não sabia como sair dessa situação. É claro que Emanuelle não iria esperar pelas minhas ações. Ela também iria procurar o filho, mas eu nunca imaginei que esse garoto fosse justamente o Emílio.

Ele me pertence! Agora mais do que nunca.

Eu não iria permitir que Emanuelle nos afastasse. Isso jamais. Não até eu cansar disso. Emílio ainda era um mistério para mim. Um doce mistério. Eu gostava da presença dele e de fazer coisas idiotas que eu jamais faria se não fosse por ele.

Eu precisava pensar. Sair daquele lugar, e principalmente para longe de Emanuelle, mas não sem Emílio.

— Aonde vamos? — Emílio questionou, enquanto eu dirigia o carro para fora da cidade.

— Confia em mim? — Questiono e ele me olha sorrindo.

— Confio. Mas isso não mata minha curiosidade. — Rebateu, o que me fez sorri. Ele era uma graça.

— Você vai gostar. — É tudo que falo, e ele se cala, assentindo e aguardando a tal surpresa. Na real, eu só queria sair com ele para fora daquela cidade, sem dá muito na cara a minha preocupação. Se Emanuelle descobrir sobre Emílio, vai querer tirá-lo de mim a qualquer custo, mas eu não vou permitir que isso aconteça.

Sei que ela teve seus problemas e tudo o que eu mais queria era que ela encontrasse esse filho perdido e me deixasse em paz de uma vez por todas. Mas a figura mudou de sentido quando eu descobri que Emílio era o filho dela. O meu Emílio. E eu não vou abrir mão dele assim. Não mesmo.

Depois de algumas horas de viagem, chegamos em uma casa na praia, na qual me pertencia. Já estava anoitecendo quando chegamos, o que deixava a casa, a praia e o belo pôr do sol mais lindo ainda. Eu vinha aqui às vezes, quando precisava me isolar do mundo, como agora, no entanto, com uma companhia.

Emílio desceu do carro, sorrindo largamente e retirando os sapatos, correndo descalço na areia até o mar, molhando seus pés e pulando as pequenas ondas. Eu sorri, o observando e me aproximando dele aos poucos. Como ele conseguia me deixar tão louco dessa forma? Por que esse sentimento quente e repentino?

Eu não tinha as respostas, mas tinha certezas. Emílio não sairia da minha vida nem tão cedo. Não importa quem quer que eu tenha que enfrentar.

Sinto a água do mar molhar meus pés assim que me aproximo do mar. Retiro meu paletó e minha camisa, os jogando na areia e abraçando Emílio por trás. Ele riu, tão feliz por algo tão pouco como aquilo. Sim, o mar era pouco para mim. Emílio merecia o mundo inteiro, e se ele me pedisse, eu daria o universo inteiro, só para prestigiar aquele sorriso tão perfeito, e poder ver o brilho dos seus lindos olhos violetas, que ficavam ainda mais evidentes por detrás das suas lentes em grau dos seus óculos.

Beijo seu pescoço, sentindo sua pele arrepiar com o gesto. Minhas mãos estavam possessivamente repousadas em sua barriga, mantendo seu corpo junto ao  meu, enquanto suas mãos pequenas estavam sob as minhas, entrelaçando nossos dedos.

Emílio observava o pôr do sol totalmente maravilhado, como se aquele efeito no céu fosse a coisa mais linda que ele já havia visto em sua vida. Na minha mansão, do meu quarto, eu tinha essa visão todos os fins de tarde, então já não me era tão especial. Mas naquele momento, com ele, eu também de certa forma admirei o pôr do sol, abraçando meu pequeno garoto dos olhos violeta que eu sempre quero ter por perto.

Sim, era estranho agir e pensar assim. Na verdade, era muito assustador. Mas eu decidi que naquela noite, eu não pensaria em nada. Não pensaria na máfia, em Emanuelle ou Anders. Eu só queria pensar que eu era uma pessoa normal e que estava tendo uma noite de descanso com alguém especial. E esse alguém certamente seria Emílio. Não haveria outro ou outra para ocupar esse lugar tão proibido que deixei Emílio chegar.

Deixo um suspiro escapar dos meus lábios, sentindo o cheiro relaxante do mar misturado ao perfume gostoso de Emílio. Uma combinação tão perfeita que estava me enlouquecendo. Beijo o pescoço de Emílio, subindo para sua bochecha e sua orelha, tudo muito lentamente. Eu não estava com pressa. Não queria acabar com o nosso momento.

Emílio fechou os olhos, entortando a cabeça para o lado, deixando o seu pescoço exposto para mim, onde pude me satisfazer em sentir seu sabor e seu perfume, ouvindo seus suspiros baixinhos que me enlouquecia.

Nossos dedos entrelaçados se apertaram mais com o desejo que começava a se fazer presente. Eu já estava visivelmente excitado e não fiz menção de esconder isso. A praia era nossa e eu queria esquecer todos os problemas estando dentro de Emílio, o fodendo de todas as formas e em todos os lugares. No mar, na areia, na mansão...

E naquela noite, eu iria cumprir essa vontade.

NOSSO PERFEITO CLICHÊ - Máfia Negra (Romance Gay) Where stories live. Discover now