Não toque nele

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Com o tempo, nós três acabamos ficando mais próximos. Eu acabei ficando menos tempo sozinho, já que eu não sabia se aquilo podia ou não acontecer de novo. Também fiz um pedido aos meninos, eu queria ir até a cidade. Eu queria ir, nem que fosse para usar um telefone e voltar.

Jimin não aceitou, pelo menos, disse que demoraríamos alguns dias para fazer isso, mas como iria ter que ir à cidade de qualquer forma, ele me levaria com ele. Aquele dia estava fazendo tanto frio que meu corpo estava arrepiado. Estava ventando tanto. Estava na hora do jantar e estávamos comendo algo sofisticado. Jimin havia comprado um pato. Eu mesmo tratei de assá-lo. Jungkook estava me observando enquanto eu comia e isso me deixava nervoso e tímido. Acabei dando um empurrãozinho nele com meu corpo.

— Para de me olhar assim! — Eu estava comendo minha parte favorita, o peito. Minha mãe sempre me disse que eu era um garoto de classe porque eu gostava do peito e é parte que os ricos comem para não usar as mãos, enquanto os pobres preferem as partes mais suculentas. Claramente Jungkook e Jimin eram os pobres. Comiam com as mãos sugando todo o caldo que a carne soltava.

— Do que você está rindo? — Jimin estava com a boca totalmente suja, e aquelas bochechas gordinhas o tornava tão fofo. Eu acabei gargalhando, ele e Jungkook se entreolharam me achando louco.

— É que... sua cara. Você está muito engraçado.

Enquanto eu ria de Jimin, Jungkook pegou um pedaço de coxa e esfregou na minha boca e ambos começaram a rir de mim. Bonitos, em. Acabei dando um tapa em Jungkook que não parou de rir, mas passou a cobrir a boca rindo.

— Agora você também está engraçado.

— Tá, mas eu sou alguém de classe — limpei minha boca com um paninho. A gente morava no meio do mato, não tinha guardanapo de papel.

— Classe com essa cara suja — fiquei observando ele enquanto eu ainda permanecia indignado.

— Taehyung, você devia apresentar um programa — Jimin começou também, o desgraçado.

— Que programa?

— Aqueles programas de televisão em que as pessoas precisam entender que a realidade e a fantasia delas são bem diferentes.

— Tá, mas pelo menos eu tinha dinheiro — ouvi Jungkook fazer aquele "uhhh" quando você dá uma boa resposta.

— E agora você vive as minhas custas, ômega — Jimin ergueu uma de suas sobrancelhas e, ele e Jungkook bateram as mãos por terem conseguido me deixar sem uma resposta.

Eu fingi não tinha ouvido aquela gracinha, mas ele começou a me cutucar para que eu risse.

— Para, Jimin!

— Não comece uma competição com um alfa se você não consegue ganhar.

Revirei meus olhos e olhei para Jungkook que estava a todos os momentos me encarando. Que merda, os dois eram tão atraentes que eu já não sabia quem eu me atraía mais.

Olhei para a janela e praticamente saí correndo. Me apoiei ali e observei as bolinhas de gelo caindo. O inverno finalmente trouxe a neve. Isso significava que o Jimin ia para a cidade na época de natal.

— Vocês vão me levar para a cidade no natal, por isso que você me enrolou?

Jimin me ignorou enquanto Jungkook acabou piscando para mim, confirmando o que eu pensava. Corri até eles e os abracei os puxando de uma vez, mexendo seus corpos, eu estava tão feliz. Mas Jimin começou a tossir desesperadamente, meu Deus, eu tinha matado um dos meus alfas.

My Sweet ÔmegaWhere stories live. Discover now